Eu observava já de longe a prisão, o nosso lar, sendo consumida pelo fogo e por walkers. Lágrimas escorriam pela minha face. Eu não queria ver isso, não queria que isso estivesse acontecendo.
Corra, Hannah, corra! Foi o que Carl gritou para mim entr...
"Estamos aqui, agora. Não podemos apenas sermos felizes com isso?" (PrettlyLittleLiars)
Carol está olhando para mim, como se estivesse vendo um fantasma, e talvez, eu seja isso mesmo para ela. Alguém que a meses ela não vê, alguém que ela não sabia se estava viva ou não. De qualquer forma, é o que eu penso dela.
-Hannah, o que tá acontecendo? -Jake murmura ao meu lado.
-Eu não sei -Murmuro de volta.
E eu realmente não sei o que está acontecendo aqui. Está tudo tão claro e confuso ao mesmo tempo. As pessoas do meu antigo grupo estão bem aqui tão perto de mim, mas eu não sei como.
Por dolorosos meses, eu achei que todos estavam mortos.
E aqui estou eu. E aqui estão eles. Frente a frente. Vivos.
Carol desce os poucos degraus da casa de Jake e começa a andar até mim. De início são passos curtos, depois ela está correndo.
Carol está chorando, está soluçando alto. Ela me abraça tão forte contra o seu pequeno corpo, que sinto falta de ar.
Eu não choro, não retribuo o abraço dela, meus braços estão caídos ao lado do corpo.
-Oh, meu Deus! -Ela se afasta de mim, seus olhos procuram os meus e depois percorrem o meu corpo, para uma última conferida. -Hannah, eu achei... -Ela para abruptamente de falar, ela não quer dizer a palavra.
Está tudo bem, Carol, eu também achei.
-Você está viva!
Você também.
Ela se vira para o grupo ainda na varanda e grita:
-Vejam, é a Hannah. Ela está viva!
Carol volta a sua atenção para mim novamente e eu posso ver a pergunta em seu olhar agora sério: como?
Dou um passo para trás, me afastando dela, da sua mão na minha bochecha. Lágrimas ameaçam a cair, sinto o toque de Jake no cotovelo, ele sente que estou mal.
Carol está aqui e junto com ela o pior momento da minha vida: a morte de Sophia.
Se fecho os olhos posso vê-lá saindo do Celeiro, morta, mas andando.
E a dor de perde-lá, a dor de ter sido eu a matar a minha irmã, bate de frente comigo como uma avalanche.
E Carol deveria saber disso. A dor ainda é presente. Eu não quero ela perto de mim. Eu não quero que ela me toque.
Carol é o fantasma aqui, percebo agora. O fantasma que voltou para me atormentar.
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