A Casa Maldita

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Londres, Julho de 2008.

Alguma coisa sempre acontecia depois da meia noite, era como se não houvesse ninguém em casa, nem mesmo o bebê chorava reparou Leslie. Sempre fora um menino observador e perceptivo, mesmo que tivesse apenas 14 anos de idade.

Alguma coisa naquela casa o assustava quando ia dormir, sentia calafrios desde que fora morar ali com sua família. Tinham se mudado a apenas cinco meses, no início pensara ser apenas impressão sua pelo fato de ainda está se acostumando a nova casa.

Mais não, não era só impressão sua, realmente havia alguma coisa errada na casa, e isso estava deixando-o preocupado, primeiro encontrara seu cachorro morto nos fundos da casa, lembrava de ter ouvido o cão latir sempre depois da meia noite, e durante o dia ele sempre olhava para a janela de seu quarto e rosnava como se visse algo ou alguém.

E depois de alguns dias ele morrera enquanto dormia na garagem da casa,  pensara ser devido ao ferimento causado por algo enquanto ele brincava na rua ou durante a mudança, mais agora nada mais fazia sentido.

Nem mesmo a morte de seu gato,  o animal morrera afogado na pequena piscina, e fora encontrado por Mackenzie sua irmã caçula. A garotinha tinha dito ver alguém afogar o gato mais os pais haviam dito que ela apenas havia criado a ilusão em sua mente por ser muito pequena.

Mais Leslie não acreditava, não depois de começar a ouvir passos no corredor depois da meia noite, na primeira vez pensara ser sua mãe, Ronda tinha insônia, e as vezes costumava andar pelo apartamento antes de irem morar ali.

Mais conforme os dias foram se passando ele notou que os passos aconteciam depois da meia noite, e depois da morte do gato e do cão, estava ficando difícil suportar o silêncio.

Nunca fora de acreditar em histórias de fantasmas, mais estava começando a se questionar sobre a história daquela casa, então em um certo dia decidira fazer uma busca na internet sobre o imóvel e acabara descobrindo que o local havia sido palco de uma tragédia três anos antes.

Uma família com a mesma quantidade de pessoas que a sua haviam morrido no local e a causa das mortes não haviam sido descobertas.

Tentara perguntar aos vizinhos,  talvez soubessem de algo, se não haviam notado algo estranho, mais todos sempre elogiavam a maldita casa e diziam que a tragédia que havia acontecido ali fora apenas uma fatalidade do destino.

__ Não conseguiu dormir Leslie.__ Ouviu alguém dizer e observou quando seu pai adentrou seu quarto.

__ Eu estou sem sono.__ Disse e sorriu, acendeu as luzes do quarto e se sentou em um lado da cama.__ O que houve? Tem estado distante nos últimos dias.

Em resposta ele apenas se sentou sobre a cama e sorriu, queria muito contar aos pais sobre a tragédia que acontecera na casa e que não se sentia bem, que sentia que havia algo de errado com o lugar, mais tinha medo de que pensassem que ele era medroso.

Ou que rissem dele, como os vizinhos da casa ao lado haviam feito, mais não tinha coragem para isso.

__ Eu estou bem papai, é só que sinto falta do Bill e do Arnold.__ Disse ele ao se referir aos animais de estimação.__ eu gostava do nosso apartamento, não gosto dessa casa.

__ Filho eu sei que é difícil, mais devemos aceitar as coisas como elas acontecem, o que aconteceu ao cão e ao gato é natural, tudo que é vivo morre quando é sua hora.__ Disse o pai e se levantou, ainda vestia as roupas do trabalho.

O terno amassado, a gravata torta para o lado, seu pai estava tão cansado quanto sua mãe, os dois eram advogados e estavam trabalhando em um caso difícil, por isso aparentavam sinais de exaustão.

Contos do Terror Vol.IOnde histórias criam vida. Descubra agora