Insônia

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__ É hora de acordar Hebe.

Hebe ouviu alguém sussurrar próximo ao seu ouvido e abriu os olhos. Olhou a sua volta e tremeu ao se deparar com uma cena assustadora, piscou algumas vezes e tremeu.

Não era real, estava na verdade sentada em uma cadeira de rodas no jardim de um sanatório, observou vários pacientes e funcionários e sorriu quando alguém tocou seus cabelos.

__ É. É ela. Hebe Molina. __ Ouviu uma enfermeira dizer ao longe.

__ Pobre mulher. Alguém torrou sua mente a ponto dela não saber o que é realidade e ficção.

__ Ela confundiu o doutor Gale com um tal Pitter. __ Disse a mulher. __ Era o ex-namorado dela. O desgraçado matou várias pessoas em um prédio e fritou o cérebro dela. Mais ela disse que foi o doutor Gale em um hospício. Tadinha.

__ Não escute o que eles dizem. Você vai ficar bem querida.

.....

4 meses antes....

Hebe estava assustada com todos as seis mortes que tinham acontecido nas últimas três semanas. O assassino era totalmente desconhecido e poderia ser qualquer um dos pacientes do sanatório, qualquer um dos funcionários.

Talvez, tudo não passasse de sua imaginação. Talvez estivesse vendo coisas devido a exaustão e a insônia. Tinha sentido e visto coisas estranhas. Até mesmo o fantasma de uma das vítimas em um corredor.

Mais não acreditava em fantasmas, isso era loucura e talvez estivesse cansada depois de horas de trabalho. Os pacientes também haviam alegado ver um fantasma a noite, que uma garota havia atravessado a porta do quarto de um dos pacientes e arrancado seu fígado. Mais ninguém naquele lugar era considerado alguém sã ou confiável. No entanto, alguns dias depois do boato, coisas estranhas vinham acontecendo.

O comportamento dos pacientes estava cada vez pior. Mesmo os menos problemáticos estavam eufóricos e alegando verem coisas. Alguns enfermeiros e até mesmo um guarda haviam notado os tais acontecimentos. Ela era a única ainda a não acreditar nas histórias. Até a noite em que ocorrera o primeiro crime.

Realmente uma das vítimas havia sido morta de forma brutal, e seu fígado fora encontrado do lado de fora do sanatório. Sabia que havia algo de errado com o lugar, e não era obra de um fantasma todos os acontecidos estavam ligados a alguém real. Pelo menos era nisso que queria acreditar.

Também não era obra de nenhum dos loucos internados naquele lugar. Tinha investigado todo o passado dos pacientes e funcionários, mais nenhum se assemelhava a exatamente o perfil do mistérioso assassino da ilha. E mesmo que a vítima houvesse sido morta pelos pacientes às câmeras de segurança do local registrariam o ocorrido. E a julgar pelos registros no horário do assassinato, todos os pacientes estavam em suas celas cujo a segurança era restrita.

Porém agora, ela já não sabia mais em que acreditar, no início as pistas apontavam para um assassino em carne e osso, um louco insano que matava e aterrorizava por prazer. Mais havia mudado de opinião.

Até aquele momento em que estava sendo perseguida por ele, ela estava exatamente como ele queria, sozinha e com medo. Assustada e desprotegida. Correndo pelos corredores feito louca gritando, depois de encontrar o que restara dos pacientes mortos.

Depois que seus colegas e alguns outros funcionários haviam tirado suas merecidas férias, ela e outros sete funcionários haviam decidido ficar no local. E então depois de cair e bater a cabeça ela havia sido sedada para que descansasse.

Mais quando acordara, e começara a encontrar os corpos, o sangue pelos corredores, começara a surtar. A polícia havia sido acionada e uma investigação havia sido feita, mais tudo que conseguiriam fora apenas as digitais de um paciente que havia sido transferido para outra unidade há pelo menos três meses, e ele havia se suicidado uma semana depois de ser transferido. Talvez seus digitais já estivessem lá.

Contos do Terror Vol.IOnde histórias criam vida. Descubra agora