(Reaproximando de Matt)
Matt disse que aquele mês sem Brayan teria sido bem puxado. Aliás, eles já haviam se acostumado a fazer quase tudo juntos. Enquanto os dois conversavam ouvindo seus Rocks, Brayan estava sentindo alguma coisa no quarto, uma presença.
-Mano, me diz que só eu estou sentindo isso?-Brayan pergunta para Matt.
-Sentindo o que, exatamente?
-Uma presença, além da nossa, óbvio!
-Mano, eu não to sentindo nada. -Disse Matt.
Mais tarde, Brayan foi ao banheiro. Ao lavar as mãos, levantou a cabeça e viu um homem no espelho atrás dele. Assustado, virou-se com os punhos armados para soltar logo o soco no indivíduo. Mas, não havia ninguém.
Ele não sentiu medo, mas claramente foi estranho isso. Perguntou para Matt se teria problema dormir na sua casa, jogaram muito vídeo game, jogaram conversas fora e se atualizaram dos acontecimentos da vida do outro. Matt estava perplexo de como Brayan teria conquistado tanta coisa tão rápido em Virginia.
-Impressionante como você sempre faz as coisas funcionarem, não é Brayan?
-Ah, como dizia Nietzsche, é a vontade de poder. Tudo vem da força de vontade meu caramada! -Exclama Brayan.
Até que foram dormir...por volta das 5:30 da manhã, Brayan acorda tonto e com dores fortes de cabeça. Levantou-se e foi em rumo ao banheiro. Olhando para o chão e se atrapando na parede. Fechou a porta e olhou para o espelho...Não houve outra reação a não ser gritar muito alto. A mãe de Matt por sorte não acordou por ter sono pesado. Mas em questão de segundos Matt estava na porta do banheiro olhando Brayan no chão com a respiração ofegante e os olhos arregalado como se tivesse visto um monstro. Não que ele realmente não tenha visto algo parecido, né?
-Brayan, que diabos foi isso?
-Matt não olha pra minha cara, sai daqui!-Diz Brayan com as mãos no rosto.
Matt se aproxima e tira as mãos de Brayan da frente do seu olho e...Estava normal. Não havia nada.
-Mano, qual é? -Diz Matt com cara de sarcasmo.
Brayan se levanta e olha no espelho novamente. E percebe que não tinha modificações em suas pupilas.
-Matt, tava vermelho mano! Que droga foi essa?
-Ta fumando erva, carai? Me acorda no susto desse jeito. Ta parecendo louco!
-Matt, eu to falando, porra. Meu olho tava vermelho!
-Ta...beleza! -Matt deu sinal de positivo e virou as costas indo para seu quarto. Brayan ainda pálido, também voltou pro quarto calado. Quando Matt acordou, Brayan tinha feito dois sanduíches para eles.
-Desculpa pela madruga, mano? -Diz Brayan
-Tranquilo, mano...mas eu espero que esteja tudo bem contigo.
-Vai ficar...to indo pra Virgínia.
-Espera ae! Vou escovar os dentes e vou contigo até a estação.
-Ta!
-Chegando na estação, um garoto da escola que os dois odiavam trombou com Brayan e disse "Olha os rosqueiros". Brayan ficou muito irritado, e simplesmente voou pra cima desse garoto. Segurou pela camisa e ao tempo de dar dois socos na cara dele, Matt puxou Brayan com força pedindo para se acalmar. O garoto saiu correndo, quando Brayan vira o rosto para Matt, ele definitivamente entendeu o porquê do espanto na madrugada. Seus olhos estavam vermelhos.
-Brayan, seus olhos, cara. -Diz Matt para Brayan.
Ele irritado, com uma expressão de ódio e olhos vermelhos, lembra da cena que viu mais cedo e corre para o banheiro. Matt vai junto e se trancaram lá. Sem palavras, os dois ficaram um bom tempo até que seus olhos voltassem ao normal. E sem falar nada, eles foram até o metrô e quando Brayan entrou, virou-se e disse "-Desculpa mais uma vez, eu não sei o que esta acontecendo." Matt retruca "Como isso é possível?" E antes da resposta de Brayan a porta fecha e ele estava a caminho de Virgínia novamente.
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Era um demônio
Historical FictionEra tudo quase normal, um garoto que queria apenas viver sua vida, descobre que tem algo de errado contigo. Sem pai, sem mãe, e finalmente sem bisavô...até que um dia um desconhecido disse que estava na hora de acordar o "ser" que existia ali...entã...