Patrick's attempt to apologize and a happy ending

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Pete não aparecia nos ensaios da banda, não respondia às mensagens, não atendia o telefone e nem a porta. Ele havia se isolado completamente de tudo e todos.
Seus pais tentaram convencê-lo a pelo menos descer na sala para jantar, mas ele se recusava a sair do quarto.
Apesar de tudo, Patrick sabia que tinha parte da culpa. Pois, quando Pete se entristeceu e disse algumas coisas ruins sobre sua namorada, ele simplesmente gritou de volta e expulsou o baixista de seu apartamento.
Ele justifica como sendo o calor do momento. E durante ele saíram alguns você é um idiota Patrick, além de corno é claro de Pete. E isso magoou Patrick, lá no fundo.
O ruivo não queria ter dito o que disse em seguida, algo que soava como a culpa não é minha se você se apaixonou.
Isso foi o suficiente para uma lágrima cair dos olhos do baixista, o que apenas resultou em muitas outras virem também.
Ele soube no mesmo segundo que havia pisado na bola, e tentou ir atrás dele. Mas, era tarde demais.
Tem sido assim as últimas três semanas, e o ruivo já está de saco cheio de esperar. Acordou decidido a ter uma conversa com Pete, nem que ele precise escalar a árvore e entrar pela janela.
Depois de ser recebido na casa dos Wentz, Patrick seguiu para o quarto do melhor amigo. Bateu diversas vezes na porta, o chamou, ameaçou arrombar, mas lá dentro o de cabelo preto espetado nem se moveu.
Já frustrado, o ruivo seguiu para fora da casa. Olhou para a árvore no quintal da família, que dava na sacada do quarto de Pete. Com um pouco de dificuldade, e muita paciência, cinco minutos depois, ele entrava pela porta da sacada. Dando graças por seu amigo ter esquecido de trancar.
"Pete"- chamou o rapaz que estava estirado na cama, parecia morto, mas seu peito ainda se movia para cima e para baixo.
O baixista estava com fones de ouvido, tocando Led Zeppelin no último volume, então não ouviu Patrick entrar. E também não o viu, já que seu braço direito repousava sobre seus olhos.
O ruivo tentou se mover com cautela, pra não causar um ataque cardíaco no outro. Mas falhou quando tropeçou no skate jogado e caiu de cara no chão.
Amaldiçoou essa bendita mania que Pete tinha de deixar as coisas jogadas pelo quarto. Não tinha uma roupa dentro do armário, estavam todas espalhadas pelo cômodo.
A única coisa que era mantida e guardada com o maior cuidado do mundo, era seu baixo. O instrumento musical era o bem mais precioso do jovem. E ele o tratava como tal, exposto na parede do quarto, bem distante do desastre que era o resto de seu quarto.
A vibração despertou Pete de sua exclusão social, o dando um belo susto. Abriu os olhos a tempo de ver Patrick ainda no chão, grunhindo de dor... ou de raiva, talvez os dois.
"Mas que merda"- xingou, arrancando os fones do ouvido-"Como você entrou aqui?"- seu cenho franzido em uma expressão confusa e também frustrada.
"Sacada"- apontou, se levantando em seguida-"Eu juro por Deus, Peter. Vou queimar suas coisas"- ameaçou, enquanto ajeitava sua roupa-"Você não consegue ser nem um pouco organizado?"- perguntou, revirando os olhos incomodado com o verdadeiro chiqueiro em que seu amigo vivia.
"Desculpa, mãe"- disse, dando ênfase na figura materna. Se encostou na cabeceira, com um olhar nem um pouco feliz, e encarou o ruivo-"O que você tá fazendo aqui?"-
Patrick respirou fundo, isso ia ser difícil. Era complicado lidar com uma pessoa tão teimosa quanto Peter. Normalmente, ele só levava o rapaz para comer pizza quando ele ficava bravo. Mas, ele sabia que ia ter que fazer muito mais dessa vez.
"Eu quero me desculpar pelo que eu disse aquela noite"- disse calmamente, se sentando na beira da cama. Focando seu olhar num ponto fixo no chão.
"Tudo bem, agora vai embora"- respondeu impaciente, ele não queria ter aquela conversa. Não agora. Não estava pronto.
Veja, durante essas semanas em que ficou trancado, ele se deu o dom da reflexão. Pensou muito e reviu diversas decisões erradas que tinha tomado no passado.
Mas, ele não reviu suas decisões em relação ao Patrick. Ele se proibiu de sequer pensar no vocalista. Já havia se machucado o suficiente. Refletir sobre o que disse, ou o que ouviu, iria o deixar pior ainda. E ele não precisava disso.
Portanto, tudo o que ele queria, era que Patrick desse o fora dali e o deixasse em paz.
"Pete, por favor"- pediu, mas o outro não deu ouvidos. Não era como se ele se importasse mais. E o ruivo ficou ali, uns longos quinze segundos depois o baixista se encheu.
"Você não pode me pedir isso. E não pode me pedir nada. Você não é mais meu amigo"- aquilo poderia ter sido o fim, mas Patrick foi até lá tão determinado, que essas palavras não o abalaram.
"Por que? Eu cometi um erro, e eu sinto muito, Pete. Eu realmente sinto"- reforçou, e mesmo o outro parecendo nem ter sido tocado, ele não desistiu.
"Eu sinto como se você nem me conhecesse mais"- Pete deixou escapar, não era um argumento e não se encaixava ali, mas era algo que ele guardava desde o começo do ano.
Embora era verdade. Aquelas pequenas coisas que você compartilha com seu melhor amigo, aquelas risadas, aqueles momentos, não existiam entre eles há um bom tempo. E Pete sentia falta disso, falta de Patrick saber absolutamente tudo sobre ele e vice versa. O seu peito apertava de nostalgia ao se lembrar de o quão grandiosa um dia sua amizade foi, até que ele se apaixonou.
"Eu não conheço você?!"- Patrick disse, em seguida riu pelo nariz-"Petey, eu conheço você melhor do que eu mesmo"- seu sorriso cresceu-"Quer que eu prove?"- um movimento milimétrico da cabeça de Pete afirmou.
Tomado por uma onda de animação, o ruivo deu um pequeno pulo, na beira da cama.
"Ok, eu sei que você sempre deixa a porta do banheiro aberta durante o banho, tem medo de que você caía lá e quem tá do lado de fora não consiga entrar"- começou, enumerando nos dedos-"Você não consegue ficar cinco segundos em um carro em movimento sem usar o cinto de segurança"- número dois-"Você ama Comprar livros, não lê metade deles, mas gosta de colecionar"- número três-"Seu Filme favorito os intocáveis, mas você diz que é assim na terra como no inferno. Você acha que te faz mais durão"- número quatro-"Você Sempre vai no mesmo restaurante e sempre pede o mesmo prato"- número cinco, essa particularmente fez Pete rir pelo nariz.
"Essa não conta, é sempre você que me leva"- comentou
"Tudo bem, então cinco é que você odeia visitar lugares desconhecidos"- número cinco, novamente-"Você Adora panqueca, sem recheio, só a massa"- número sete-"E Sua comida favorita provavelmente é aqueles macarrões largos com molho branco"- número oito.
"Pappardelle"- Pete corrigiu, sem evitar o sorriso no rosto.
"Esse mesmo. Eu sei que você Odeia todos os tipos de bebidas alcoólicas"- número nove-"E que Seu animal favorito quando era pequeno eram lagartos"- número dez-"Você costumava odiar comida japonesa quando era criança, hoje é um dos seus tipos favoritos de comida"- pegou nas mãos de Pete e começou a contar nelas, número onze-"Sei que você Quer conhecer o mundo. Especialmente lugares misteriosos, como a ilha da Páscoa"- número doze-"O lugar que você mais quer visitar no mundo todo é o Egito, você quer isso desde pequeno"- número doze-"Sempre foi fascinado por mitologia grega. Sua história de amor favorita é a de Orfeu, você adora a maneira como ele não conseguiu manter os olhos longe amada"- número treze-"Sua criatura mitológica favorita é o grifo, mas suspeito que prefira o centauro"- número quatorze-"Você tem uma paixão por Esparta e Tróia, e as antigas batalhas"- número quinze-"Sei que Pompeia e o Vesuvio te encantam, e você quer visitar a cidade, mas acha que não aguentaria a emoção"- número dezesseis-"E também tem a história da Anne Frank, você sabe tudo sobre ela. Já leu o diário varias vezes, e chorou cada uma delas"- número dezessete-"A segunda guerra mundial te emociona demais, e visitar os campos de concentração é uma das coisas que você mais quer fazer antes de morrer"- número dezoito-"Seu seriado favorito é Doctor Who, e seu doutor favorito é o décimo"- número dezenove-"Você Odeia sua aparência, mas eu sou fascinado por como seus olhos tem um tom mais claro envolta de um castanho. Faz ele parecer uma cor de mel"- número vinte. Patrick agora segurava firme as mãos de Pete, as levou perto de seu peito e olhou no fundo dos olhos e seu melhor amigo-"Eu sei tudo sobre você,eu noto todos os seus movimentos e todos os seus tiques"- Pete sorria largo agora-"A forma como você olha pra outro lado e enfia as mãos no bolso quando esta mentindo. E também como você sorri estranho quando está desconfortável"- fez uma tentativa falha de imitar o amigo, e os dois acabaram rindo-"Sempre que você da risada, todo o seu rosto se ilumina, você fica mais bonito"- elogiou, depositou um beijo na mão do de cabelos pretos-"Eu adoro essas coisas em você.
Eu te conheço há anos, e eu te amo"-
Pete se viu a beira de chorar, nada na sua vida se comparou a esse momento que acabara de ter com Patrick.
Foi a coisa mais linda que já lhe foi dita, a mais significativa e mais tudo de bom. Seu coração se aqueceu de amor. E suas bochechas já doíam de tanto sorrir.
"Eu também te amo, Trick"- os dois se abraçaram, os dois choraram. E então se olharam. Uma troca de olhares profunda, como se estivessem observando cada detalhe um do outro naquele momento.
E então, Patrick tomou a iniciativa, fechou os olhos, molhando seus lábios e em seguida os grudando com o de seu melhor amigo. Pete ficou surpreso, mas o beijou de volta com todo o afeto e com toda a paixão que tinha pra dar.
Eles sorriram no meio do beijo, e quando abriram os olhos outra vez, se admiraram.
"Então é um sim?"- o baixista perguntou, passando a mão no cabelo ruivo de Patrick.
"É um sim"- recebeu um selinho molhado-"São dois sim"- dois selinhos dados em uma boca sorridente-"Quantos sim's você quiser"-
Os dois ficaram deitados se beijando e aproveitando a companhia um do outro o resto do dia.
Nada é mais agradável do que se apaixonar por um melhor amigo, e até mesmo depois de tanto sofrimento, Pete entendeu isso.
E Patrick, decidiu deixar de lado um relacionamento sem emoção, para viver as aventuras com alguém que ele realmente amasse estar junto. Levou tempo para que ele pudesse se adaptar a ideia, não que ser gay fosse um problema. Mas, porque se apaixonar nem sempre é como você imagina que vai ser.

É um processo longo, e muitas vezes doloroso. Mas quando acontece, não há nada no mundo que se compare a um beijo apaixonado




The End


•••The End•••

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