Prólogo

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As botas de couro rapidamente entravam em contato com a poça de água que estava centralizada na rua, logo atrás, mais passos, também apressados.

Vamos logo! Apressem esse passo! — Ordenou o homem de cabelos castanhos e bota de couro que liderava um pequeno grupo de quatro pessoas.

— Porque tanta pressa? — Perguntou com uma respiração ofegante uma mulher loira de olhos azuis.

— Você quer ser pega por aqueles mercenários e ser torturada até a morte? — Disse o homem.

caminhos estavam tapados por carros destruídos ou postes caídos. Não existia nenhuma rota a não ser continuar seguindo em frente. O cenário era de apocalipse total. As criaturas com um aspecto flores nas cabeças que caçavam a noite não eram o maior dos problemas. O maior dos problemas eram os próprios seres humanos. Desde de quando a tragédia ocorreu, uma boa parte da população se dividiu em grupos, tudo em nome da sobrevivência. Algumas pessoas praticavam o bem, outras, matavam por puro prazer. O maior dos problemas era um grupo de mercenários, mais especificamente um grupo de mercenários russos que tinham um único objetivo. Um jovem garoto de 14 anos de idade.

Após muito tempo seguindo em linha reta, finalmente encontraram um local onde poderiam descansar, um extenso beco. A direita, existia uma porta, aparentemente, arrombada.

— Rebeca, vem aqui. — Pediu o homem de cabelos castanhos.

Rebeca, a mulher loira de olhos azuis respirou fundo e foi em direção a porta onde estava o homem. Ela retirou de seu bolso uma lanterna e ligou-a, iluminando a porta.

— Não sei quem passou aqui, mas seja lá quem for, ela foi violenta em abrir essa porta... — Disse Rebeca, investigando minuciosamente a porta.

— Acha que devemos investigar?

— Não sei, tem chance de ser arriscado, se a porte está nesse estado, com certeza alguém entrou aqui. — Respondeu ela.

— E se forem sobreviventes?

— Cris... Eu não tenho certeza...

— Arthur! — Chamou Cris. — Venha aqui.

Arthur, um homem negro, forte, de mais ou menos um metro e noventa de altura se dirigiu onde Cris e Rebeca estavam, não soltando as mãos de sua sub – metralhadora.

— O que você acha? — Perguntou Cris, apontando para a porta.

— Se tiver algum tipo de suprimento ou algo do tipo, por mim, valeria a pena. — Respondeu Arthur, sendo curto e grosso em sua resposta.

Enquanto Arthur, Rebeca e Cris decidiam se valeria a pena entrar ou não, uma mulher de cabelos ruivos escuros ficava de olho na rua, esperando qualquer tipo de movimentação suspeita, preparada para avisar e atirar, atrás dela, estava o garoto de catorze anos.

— O que tá acontecendo? — Perguntou o garoto, visivelmente amedrontado.

— É algo que você não deve saber, guri. — Disse ela com a arma próxima aos olhos, mirando e preparada para atirar em qualquer coisa que se mexesse.

O dia estava escurecendo. O pôr do sol era pouco visível devido a neblina e ao tempo frio misturado com a neve que caía dos céus e entrava em contato com o chão e com as poças de água. Havia dias em que a neve não caia do céu, o que caía era uma forte chuva que contrastava com o cenário apocalíptico e melancólico.

— Thalia, Vik, venham! — Ordenou Cris.

— Vamos, menino! — Disse Thalia, a mulher dos cabelos ruivos escuros pegando a mão de Vik, que obedeceu sem titubear.

APOCALIPSE SAGA - LIVRO 1: The CureOnde histórias criam vida. Descubra agora