Capítulo 2 - DIA D

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Alguns Anos Depois

O bar estava movimentado naquele dia. Era fim de semana na cidade de Womsville, o único bar grande do local, não ironicamente, era o bar mais atrativo, onde havia as melhores bebidas, os melhores tira gostos da cidade. Tudo de destaque havia lá. O local era chamado carinhosamente pelos moradores de: "A Taverna de Womsville." O local estava lotado, era início da madrugada de sexta para sábado. Fim de semana, as pessoas estavam despreocupadas de trabalhar no dia seguinte, exceto aqueles que trabalhavam em setor público, como policia e afins. A música alta tocava no local, um rock de estilo redneck entrava no ouvido dos frequentadores do bar. O jukebox que tocava a música era comandada por uma gangue local, que estava no canto direito jogando sinuca, bebendo cerveja e comendo amendoins sem tirar a casca. Na parte do balcão, perto dos barmans, estavam as pessoas comuns, trabalhadores assalariados sem nenhuma passagem por crimes ou assaltos em lojas de conveniência de posto de gasolina.

— Eu venci mais uma, seu fodido! – Berrou um dos homens que estava jogando sinuca.

Sua aparência era amedrontadora, ele era enorme, não de músculos, e sim de gordura. Sua careca reluzente refletia a luz do local. Sua barba, era apenas no queixo. Mas se estendia mais para baixo, formando uma barba pontiaguda. No braço esquerdo, perto do ombro, tinha uma tatuagem de caveira envolvida no meio de folhas secas.

— Seguinte, finaliza essa partida pra mim John. – Disse ele repassando o bastão para outro colega de gangue. – Preciso ir no banheiro dar uma mijada. – Disse, rindo.

O homem gordo entregou o bastão e foi em direção ao banheiro, que ficava no segundo andar do local. Do lado de fora, um jipe cinza estacionava na porta do local. Pelo vidro limpo e transparente, deu pra ver quem sairia do carro. Um homem de cabelos castanhos, uma franja repartida para os dois lados. Um cabelo que ameaçava escorrer pelo pescoço. Seus olhos eram cinzas como o céu nublado. Ele saiu de seu jipe olhando para os dois cantos do local. Vestia o uniforme da delegacia de polícia. Sua arma estava pendurada em seu coldre. Provavelmente não estava em seu horário de trabalho, uma vez que não estava com o veículo da patrulha. Ele adentrou o local, empurrando a porta suficientemente para fazer um barulho que bateria de frente com a música.

De imediato, a gangue que jogava sinuca parou e encarou o policial que havia acabado de entrar. Algumas pessoas deram uma breve olhada para saber o que estava acontecendo. O homem se encaminhou até o balcão, pediu licença, e se encaixou em um lugar. Seus olhos foram diretamente para uma barman de lá, uma mulher loira de olhos azuis.

— Oi, Rebeca. – Disse ele sutilmente, com um sorriso vacilante no rosto.

— Tudo bem, Cris? – Respondeu ela, também com um sorriso no rosto, enquanto limpava rapidamente o copo para servir o cliente. – O de sempre?

— Me conhece bem, hein. – Brincou Cris. – Sim, o de sempre.

— Você que manda, senhor policial. – Falou ela, virando as costas para pegar a bebida.

Cris olhou para o local onde a gangue estava. Ainda parados do mesmo modo que ficaram quando ele entrou. Ele deu uma leve acenada, e alguns da gangue acenaram novamente para ele.

Cris não era um tipo de policial intimidador. Respeitava o espaço e a cultura de outrem, desde que esse tipo de espaço e cultura não interferisse no seu espaço e também de uma parte da população. Cris sabia que os Fallout Bikers, motoqueiros de Womsville eram encrenqueiros, e que não seria bom puxar uma briga com eles sem nenhum tipo de reforço policial e estando em desvantagem.

APOCALIPSE SAGA - LIVRO 1: The CureOnde histórias criam vida. Descubra agora