Capítulo 4 - Irreparável

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Alguns dias antes...

O sol começava a se pôr

— Ei, David, trate de vir logo para cá e tira o rifle da parte de trás do pick-up . — Disse um homem com um forte sotaque caipira. Este homem estava dentro do veículo com um boné azul surrado da cor azul, com um pinheiro estampado no meio. Sua mão esquerda estava jogada do lado de fora do carro e entre os dois dedos ele estava com um cigarro aceso, com as cinzas caindo no chão. O homem usava um colete vermelho que possuía uma touca na parte de trás, por baixo deste colete, usava uma camisa xadrez de manga comprida.

Seu físico era velho, a barriga destacava na camisa, possivelmente pelo uso excessivo de álcool nos últimos anos, uso este que o acompanhava a vida inteira. Os cabelos, que escorriam por baixo do boné eram velhos e ressecados. Os olhos azuis demonstravam cansaço — Anda logo, moleque!

David saiu do carro. O vento no dia estava forte e fazia seu cabelo balançar para trás, estragando o seu penteado. David era cerca de uns quinze anos mais novo que o homem que estava dentro do veículo. Seus olhos eram de uma coloração verde escura; O cabelo não demonstrava nenhum sinal de estar grisalho e seu físico era, com certeza, melhor que o homem que estava dando ordens dentro da pick-up

— Você como chefe deveria me ajudar a fazer as coisas, não é, Russell? — Perguntou David, tirando o rifle da parte de trás do automóvel — Me vê duas balas.

— Eu tô poco me fodendo para o que você acha, garoto. — Disse o homem pegando tirando duas balas da caixa de munições que estava dentro do porta malas do veículo. — Você só vai fazer e pronto. — Terminou de falar enquanto abria a porta do veículo e se encaminhava para entregar as duas balas para David.

— Você sabe que esse lugar é proibido, não é? — Perguntou David, pegando as duas balas da mão de Russell.

— Caguei e andei para as ordens do estado, por mim eles poderiam explodir sem problema algum. — Respondeu.

— Eu juro que se acontecer alguma coisa comigo aqui, você fodido.

— Só mata a porra de um animal e vamo vender a porra da carne, caralho.

David olhou para frente, fitando as árvores das montanhas de Womsville; Cada vez que as árvores apareciam com frequência, mais escura e densa a floresta ficava; O local era um dos pequenos e únicos pontos turísticos da cidade, era por essas redondezas que a sede da Ekos Pharmaceutical se encontrava. Mais precisamente alguns metros fundo ao norte. Existia outra estrada que dava acesso direto ao laboratório e suas dependências, porém, era exclusivo para funcionários e seguranças do local, o restante da área era restrito a entrada por se tratar de um local com um alto risco químico. Tanto David como Russell estavam acima do ponto mais alto que um civil poderia passar de carro. De alguma forma o guarda que costumeiramente ficava por lá impedindo a passagem de civis não estava, era uma visão perfeita para as árvores, não tão perto de não tão longe da vida animal;

— Você botou a armadilha? — Perguntou David, terminando de recarregar o rifle;

— Claro que eu botei seu animal, usa a cabeça. — Respondeu Russell apontando para o chão, perto da entrada de densa floresta, onde um pedaço de carne estava colocado

— Se você diz...

Foram poucos minutos de espera; A grama do chão na extremidade norte começou a farfalhar, e lentamente, da escuridão e densidade da floresta tomada pela falta de iluminação do início da noite e pela quantidade de arvores, um cervo saiu de lá. Seu aspecto era saudável, seu pelo meio marrom não estava tão sujo, os chifres bem cuidados. Ele havia sido atraído pelo cheiro da comida. Foram necessários apenas poucos segundos para David tê-lo na mira e dar um tiro certeiro, diretamente no rosto do pobre animal. Ao atingir a bala, a cabeça jorrou sangue para todos os lados.

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⏰ Última atualização: Aug 15, 2019 ⏰

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