VII- A cada decepção, uma lição.

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    Ao receberem alta foram para casa no carro de Alfredo. Mark olhou para o seu pai que estava dirigindo dizendo-lhe:
- Eu... -Mas antes que falasse foi interrompido pela ignorância de Alfredo.
- Pare! Nem precisa dizer, pois já sei o que dirá.
- Pai, por favor não foi minha intenção, você precisa entender.
- Não, eu não preciso entender nada.
- Por que você é tão arrogante?
Alfredo continuou olhando para frente e não disse mais nada até chegarem em casa.
   Ao saírem do carro Mark ainda estava mancando por conta de sua perna. Quando chegaram em casa uma surpresa os esperava, pois seus amigos e parentes estavam lá com uma maravilhosa festa de boas vindas.
- Sejam bem vindos! -Gritaram todos juntos em coro.
Heliza olhou para Mark e Helizabeth, que puseram a mão na boca:
- Que surpresa maravilhosa. -Disse Heliza emocionada.
- Tivemos a ideia de vir aqui fazer essa surpresa pra vocês porque sentimos que vocês precisavam, por conta do que aconteceu. -Disse tia Mary."Uma mulher de cabelos abaixo dos ombros, com uma pale parda e uns olhos cor de mel com um tom esverdeado."

- Gente, muito obrigada. -disse Heliza ainda espantada.
  A casa estava repleta de pessoas da família, da escola de Helizabeth e até da família de Catherine.
Helizabeth observou a casa olhando cada coisa, para ver se não havia esquecido nada, quando olhou para a tia Mary perguntando-lhe:
- De quem foi  essa ideia maravilhosa? mesmo que não seja o momento ideal.
- Foi da Catherine, ela mandou um email para toda a sala. -Disse Nina toda empolgada.
- E ela me ligou, pedindo que eu avisasse aos outros parentes o que havia acontecido e para virem aqui animar um pouco esse dia, pois mamãe era uma pessoa muito especial em nossas vidas e não ia querer nos ver tão tristes. -Disse a tia Lívia. -Essa menina é um exemplo ela fez isso tudo sozinha.
- É verdade Catherine? - Perguntou Helizabeth boquiaberto.
- Bom...foi meio que isso, mas Lívia e Mary também ajudaram.
- Mas como fez isso? -Perguntou Heliza.
- Nem me pergunte. -Falou Catherine com um sorriso surpreendente e curioso.
- Bom só sei que te agradecemos muito de coração. -Disse Mark.
   Enquanto todos se distraíam com conversas, uma voz triste e baixa é ouvida:
- Bom, já que trouxe todos em casa preciso ir para minha. -Disse Alfredo.
- Papai não vá. Fique conosco, por favor.
- Muito obrigado, mas prefiro passar meu luto só, em minha casa, já que não tenho mais ninguém pra me apoiar, já que alguém fez questão de acelerar a morte da minha esposa. -Disse Alfredo duramente e lançando um olhar enfurecido para Mark.
- Papai, por que está falando isso?
- Por favor, não se faça de coitado. Sabe muito bem que a morte de sua mãe foi sua culpa.
- Papai o senhor sabe que não. Por favor não fale isso, não vê que está magoando Mark. - Disse Lívia com um olhar enfurecido para seu pai.
- Não, eu não vou falar mais pois estou indo. Tenho mais o que fazer do que ficar aqui discutindo com um garoto mimado. Por favor me deixe em paz.
- Papai!  
 
Assim se foi Alfredo angustiado, muito nervoso e se sentindo culpado ao mesmo tempo.
  Todos ficaram olhando para Mark sem mover um músculo. Enquanto Helizabeth saiu correndo para seu quarto chorando e Catherine foi atrás com as outras colegas.

  Heliza pra não deixar a casa triste, consolou-os dizendo que tudo ficaria bem e iria pedir muitas pizzas.
- Eba! -Disse a linda Dulce.
- Minha filha, por favor isso não são modos. -Disse Ellen olhando para pequena Dulce.
Heliza olhou para Dulce dando uma piscada e um beijo em sua bochecha.
   Depois de uns 15m chegaram as Pizzas e Heliza pediu a ajuda de Mark e Mary para pegá-las e levar todas para cozinha para depois servir a todos:
- Mark cuide dos convidados que vou ir chamar  Helizabeth e as meninas.
- Está bem, meu amor.
- Por favor Mark seja forte, ela precisa mais de você do que você precisa dela.
- Eu sei minha querida.
- Pois bem, vou ir lá.
Heliza subiu para chamar a filha mas ao chegar lá todos estavam na porta enquanto, Helizabeth estava no quarto trancada:
- O que houve?
- Não sei senhora ela não responde, não quer deixar ninguém entrar. -Disse Nina.
- Até você Catherine?
- Sim, mas eu respeito a decisão dela. Não vou ficar implorando para entrar se ela não quer.
- Tem razão. -Heliza foi até a porta e falou- Filha por favor, abra a porta para a mamãe.
Mas Helizabeth não disse nem uma palavra.
  
Quando Guilherme subiu e viu a situação de sua amiga ele resolveu cantar com Catherine uma música da cantora Dany Vince. Eles cantaram então um trecho que dizia:
"Não desista ao que te faz ser feliz, pois lagrimas são para limpar nossa visão da maldade, da escuridão e de tudo que nos faz infeliz.
Não desista pois você é vencedora dentro e fora da sua colmeia, você é a abelha rainha de sua história.
Nunca desista, linda menina"

HelizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora