01 | Caneller

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Caneller Jeller.

Sabe quando você sente que todos estão contra você? E pra piorar, seus pais não te entendem? Poisé, me sinto assim, e acredite, se você sente o mesmo, não há pessoa que te entenda melhor do que eu.

Continuo andando sem rumo, enquanto tento me aquecer somente com minhas mãos em volta de meus braços. Eu deveria ter pego uma blusa, mas quem pensa em blusa quando se briga com os pais na frente de toda família e sai de casa?

As ruas de Los Angeles estavam completamente desertas hoje, e pra piorar, o céu estava ameaçando chover, legal.

Sou tirada de meus pensamentos assim que ouço uma buzina alta, acompanhada de uma freada brusca.

Olho assustada para os faróis do carro a minha frente que estavam há centímetros de mim. Minha visão vira ao motorista assim que o mesmo sai do carro.

— VOCÊ NÃO OLHA POR ONDE ANDA? — parece irritado, completamente irritado. Não conseguia enxergar seu rosto direito por causa dos faróis que estavam ligados no último. — hey, eu te conheço — fico mais assustado ao ver se aproximar. Penso em correr, mas meu corpo está completamente paralisado.

— N-não conhece — é tudo que consigo dizer.

— Te conheço sim — finalmente consigo ver seu rosto — você é aquela garota do Instagram, né?

— Não sei, há tantas garotas no Instagram.

— Caneller, certo? — Assinto — eu sou o Cameron, Cameron Dallas — olho-o desconfiado — você não deve me conhecer, mas sempre curto suas fotos — continuo em silêncio. Um silêncio surge. Vejo o mesmo coçar a nuca ao perceber minha ausência de fala. — então, quer uma carona?

— Não — falo.

— Ah qual é, é tudo que eu posso fazer depois de quase te atropelar — me estende a mão — vem — sorri.

Ok, talvez não seja uma boa idéia, mas ele parece ser uma boa pessoa.

Dirigo-me para a porta do passageiro e vejo Cameron abrir para que eu possa entrar. Entro e logo sinto o doce perfume masculino que estava inalando por todo carro. Cameron da a volta no automóvel e entra na parte do motorista.

[...]

— Pode encostar aqui — falo ao ver minha casa. Cameron estaciona e desliga o carro.

— Então, eu quero me desculpar mais uma vez — murmura tímido.

— Ok — sorriu de leve e levo minha mão a maçaneta.

— Espera — chama-me a atenção. Encaro o mesmo — posso te dar um abraço?

Estranho, porém, o que custa, é só um abraço, certo?

— Tá bom — dou um abraço no mesmo. Sinto seu perfume doce masculino. Aquele estava sendo o melhor abraço que eu já havia recebido. Saiu de meus pensamentos assim que percebo que aquele abraço estava durando tempo de mais — ok, já chega — me desgrudo de Cameron — tchau.

Saiu do carro e sigo em direção a porta. Não faço questão de olhar para trás. Entro para dentro e tranco a porta atrás de mim. Vou para tirar meu casaco, quando vejo um mini papelzinho cair do bolso. Pego o mesmo do chão e imediatamente o abro:

Aqui está meu número: XXXXX-XXXX
CD.

Um sorriso bobo escapa de meus lábios. Ok, por que eu fiz isso? Com certeza Cameron deve ter colocado enquanto estávamos no abraçando.

Racism ू Cameron Dallas {Finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora