two ○ karma

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O wattpad apagou metade do capítulo... essa é nova, hein -_-

[SEOK]

A Lei do Karma consiste basicamente em ação e consequência. Ou seja, se nós fizemos o bem em supostas vidas passadas, receberemos o mesmo bem em nossa vida atual. Inversamente, pessoas com má sorte já praticaram o mal em suas vidas anteriores e consequentemente passarão por inúmeros episódios de azar em suas vidas atuais.

Este é o meu caso. É a única explicação lógica para uma pessoa como eu ser tão mal recompensada pelo mundo, independente do grau de esforço que eu coloco sobre as coisas.

Entretanto, antes de choramingar sobre os meus problemas, irei me apresentar primeiro:

Meu nome é Jung Hoseok, um mero professor universitário formado em literatura e história.

O problema já se inicia na minha profissão: trabalho como um escravo para receber o reconhecimento de no máximo 10 pessoas entre salas de até 40 alunos, ao mesmo tempo que o resto tenta de qualquer forma possível me tirar do sério.

Suponho que isso explique o meu jeito — quase sempre — mal humorado. Porém, eu tenho ótimos motivos para ser assim.

Certo, talvez isso não justifique o fato de às vezes eu descontar o meu estresse em pessoas inocentes. Mas, em alguns casos — e com certos tipo de gente —, não há como evitar esse tipo de coisa.

Um ótimo exemplo disso é o que aconteceu hoje cedo:

Eu estava fazendo o meu caminho até a universidade onde trabalho. Para variar, comprei um copo de suco de morango e decidi atravessar o parque canino perto da minha casa. Ah, se arrependimento matasse...

Detalhe: eu estava de bom humor. Tive uma longa e tranquila noite de sono, além de Seo Hee — uma senhora simpática que contratei para cuidar da minha casa, já que sou sou um desastre para essas coisas — ter deixado o meu almoço pronto. Logo, eu não tinha muito com o que me preocupar.

Pelo menos era o que eu pensava.

Ao caminhar pelo parque, deparei-me com a típica cena: adultos e crianças brincando com os seus cachorros dos mais variados tamanhos, formas e cores. Acostumado, continuei andando tranquilamente.

Quando, de repente, um vulto — ou melhor, dois — passou diante dos meus olhos e praticamente me atropelou. Logo em seguida, a tal pessoa estava caída no chão, e eu permanecia no mesmo lugar.

Até aí, tudo bem, até eu sentir algo molhado grudar o decido da minha camiseta de botão contra a minha pele. Só então, eu pude ver o estrago que aquele suco fizera.

Não, pelo amor de Cristo, tudo menos isso!

Pensei, logo sentindo a raiva subir por todo o meu corpo. Meu olhar amaldiçoava a maldita pessoa a cada segundo que ela demorava a se levantar do concreto, e só então, virar-se para me encarar.

No primeiro momento em que vi o seu rosto, automaticamente pensei que era uma garota. Ao julgar pelos seus olhos pequenos e delineados, lábios finos avermelhados e madeixas loiras — uma aparência tão delicada quanto a de uma mulher.

Porém, ao prestar mais atenção, percebi que se tratava de um garoto, um pouco mais baixo que eu. Quando ele finalmente percebeu o estado em que me deixou, seus lábios imediatamente se entreabriram, deixando escapar um suspiro de surpresa, ao mesmo tempo pousava sua mão direita sobre eles.

sob flores de cerejeira ○ myg + jhs (yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora