three ○ dust

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O wattpad havia trocado a versão desse capítulo por uma antiga (com os nomes todos trocados) e eu só percebi isso hoje com a ajuda de uma leitora (KatherineGreenguard, obrigada!) perdão por ter confundido vocês

[YOON]

Uma semana depois, já na manhã de segunda feira, eu abro os meus olhos com dificuldade.

Argh... — gemo, tomando impulso para me sentar na cama e esfregando meus olhos — Oh, merda! — levanto-me num sobressalto e pego o meu celular em cima do criado mudo, checando as horas.

7:40 AM, o que significa que tenho exatos 20 minutos para me arrumar e sair de casa. Desesperado, corro até o banheiro para fazer as minhas higienes matinais, volto para o quarto e vasculho o meu guarda-roupa, pegando quaisquer peças que prestassem por ali e as vestindo.

— Jungkook-ah...? — chamo ao sair do quarto, ele não responde.

Não o encontro, mas vejo um bilhete sobre o balcão assim que passo pela cozinha:

"Pela primeira vez, acordei mais cedo para o trabalho que você. Venci! Enfim, só avisei para que você não achasse que me sequestraram ou algo do tipo.

(PS: retribui à sua divina gentileza e deixei alguns sanduíches no pote roxo dentro da geladeira. Me agradeça depois, tampinha!)"

Rapidamente vou verificar se isso é verdade, e realmente encontro o pote na geladeira. Sorrio em satisfação e logo o coloco dentro da minha mochila marrom, correndo para deixar um beijo em Miri que dorme tranquilamente no sofá. As chaves de casa estão bem ao seu lado, por isso, agradeço aos céus que hoje não precisarei passar uma meia hora procurando essas malditas.

Assim que abro a porta de entrada, uma rajada de vento fria estapeia o meu rosto, fazendo um arrepio correr pela minha espinha. Percorro todo o caminho desde o elevador até o térreo, começando a correr assim que eu dou meu primeiro passo para fora do prédio.

[...]

Quando finalmente ponho os meus pés na veterinária, são 8:01. Poderia ser pior. Sem perder mais tempo, corro para os fundos para buscar o meu jaleco em uma pequena sala onde só há uma arara comprida com outros jalecos e alguns casacos pendurados. Logo, encontro uma colega de trabalho no setor de banho dos cães.

— Yoongi-oppa! Você chegou na hora!

A garota de cabelos castanhos bem longos e sorriso doce à minha frente se chama Sana, a qual entrou para a clínica quase no mesmo período que eu, e com isso, damo-nos bem até hoje.

— Quase morri para isso, mas, sim... — rio sem graça, ainda tentando recuperar o fôlego.

— Pelo menos! — ela ri — Aliás, como está Miri? Você não a traz aqui já faz um tempo... — diz, parecendo preocupada por um momento.

— Está melhor do que nunca, a ponto de quase me levar à falência por ter que comprar tantos sacos de ração. — eu respondo e Sana ri novamente.

— E você preocupada por ela não ter com muito apetite... parece que o jogo virou!

Solto um riso nasal e, subitamente, alguém põe a mão no meu ombro, interrompendo a nossa conversa:

— Yoongi-hyung! — rapidamente me viro e vejo outro colega, Hyojong, com suas típicas madeixas claras caindo em frente ao seu rosto — Chegaram algumas caixas de produtos para os cães agora mesmo e... digamos... tem bastante coisa... — ele ri sem graça — Enfim, eu preciso de uma mãozinha, você pode me ajudar com isso?

— Hm... Sem problemas. — assinto, fazendo-o sorrir com minha resposta.

— Ótimo, vamos! — ele sai na frente e eu o sigo, dando um breve aceno de cabeça para Sana.

[...]

Carregamos caixas de diferentes tamanhos desde a portaria até a dispensa por longos 10 minutos. Extremamente aliviado, sorrio para Hyojong assim que o trabalho está feito.

— Obrigado mesmo, hyung! Eu precisava terminar isso antes da chefe chegar, e não sei se teria conseguido sem a sua ajuda.

Após a própria fala, ele me lança um sorriso doce. Eu o retribuo.

— Está tudo bem, não tem nada demais em dar uma mãozinha... — rio, passando uma mão pelos fios de cabelo em minha nuca, um pouco sem graça.

Hyojong sorri sem mostrar os dentes, logo se preparando para deixar o depósito repleto de caixas de papelão.

— Bem, obrigado de novo. Agora, preciso voltar ao trabalho. — diz e eu apenas assinto em concordância. Quando ele sai, eu permaneço ali dentro por alguns momentos para checar se todas as caixas que carregamos estavam ali presentes. No entanto, acabo percebendo algo:

Está faltando uma.

Saio da sala rapidamente para buscar a tal caixa que ainda deveria estar na frente do prédio, cuja existência eu acabei esquecendo completamente. Por sorte, quando eu ponho o pé para fora do estabelecimento, ela ainda está lá.

Seguro a mesma, cujas extremidades estão repletas de poeira. Ugh, eu odeio isso! Agoniado com a sensação das pequenas partículas dançando contra as minhas mãos, apresso-me para carregá-la até a clínica.

Justamente nessa hora, uma voz me para:

— Oppa! Eu já estou indo lá para dentro, deixe que eu levo! — viro-me e me deparo com Sana, vindo em minha direção. Graças a Deus. Eu agradeço a ela com um pequeno sorriso e lhe entrego a caixa, assistindo a sua silhueta desaparecer para dentro do prédio logo em seguida. 

Assim que percebo que todo o trabalho acabou, suspiro de alívio e distraidamente limpo as mãos em meu jaleco.

No entanto, um segundo depois, finalmente percebo a burrice que acabo de fazer.

— Não acredito! — deixo escapar assim que vejo as pequenas manchas marrons marcando o tecido branquinho do meu querido traje. Como posso ser tão idiota?!

Por instinto, tento retirar a poeira com as minhas próprias mãos empoeiradas, o que só faz com que a situação piore ainda mais. Agora, é claramente possível ver as marcas de dedos ao longo do tecido. Solto um grunhido, frustrado comigo mesmo.

Aqui, pegue.

Subitamente, ouço uma voz masculina suave pelas minhas costas e me viro de imediato para encarar o seu dono. De início, meus olhos pousam em uma mão delicada segurando um lenço, branco como neve, e então, percorro o olhar por todo o caminho acima até o rosto do sujeito. 

Para a minha irritação, imediatamente reconheço aquele olhar indiferente inconfundível.

Era só o que me faltava...

Permaneço por um tempo encarando o fundo daquelas órbitas escuras sem nem mesmo ousar em desviar o meu olhar, antes de aplicar toda a minha indignação em apenas uma palavra:

— Você?!

sob flores de cerejeira ○ myg + jhs (yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora