Era início de semana, uma terça-feira para ser mais específico, quando Louis acordou com gritarias e sons de coisas quebrando. Mais uma vez.Levantou-se da cama não dando muita atenção a briga que ocorria no outro cômodo.
- VOCÊ ACHA QUE VOU DEIXÁ-LO COM VOCÊ? NUNCA! – Seu pai estava alterado, Louis já sabia do que se tratava.
Mãe...
- ELE É MEU FILHO E EU VOU LEVÁ-LO HOJE MESMO! – A voz estridente da beta fez-se presente na sala.
Louis era filho de betas, porém era um miserável ômega. Tomlinson odiava cada parte de seu pequeno e efeminado corpo... Tudo. Mais precisamente, o pequeno Tomlinson odiava viver.
Quando isso acaba, Senhor!? Quando eu terei meu fim?!
Louis, como todo adolescente que é abusado sexualmente, maltratado com socos e tapas, ele tinha pensamentos de acabar com sua vida.
Só mais três?
Contou os remédios de depressão dentro da caixinha.
Desde que perdeu sua irmã, Lottie, em um acidente de carro a dois anos atrás, Louis tinha começado a tomar remédios para uma forte e angustiante depressão.
A gritaria em sua casa deminiu, seu pai conseguiu persuadir Johannah. Mais uma vez.
Quase ninguém sabia pelo o que o pequeno ômega passava... E ele queria que isso mudasse, queria que seu príncipe encantado chegasse em seu cavalo-alado e o levasse dali.
Podia ser seu pior inimigo, mas Louis seria eternamente devoto à ele, se caso esse homem fosse embora. Ele queria, algumas vezes, que seu pai morresse, que ele próprio não tivesse nascido. Assim, não precisaria passar por tudo o que passou.
⚓
- Louis William Tomlinson? – O professor chamou.
- Presente. – Levantou-se de sua cadeira para responder.
- Seu teste, venha até aqui pegá-lo. – Acenou confirmando e andou até a mesa de seu professor, pegando seu teste. – Parabéns, obteu a nota máxima novamente. – O professor sorriu em sua direção e Louis correspondeu, logo se retirando.
- Então? – Assim que se sentou, seu amigo de infância/primo, Niall Horan foi logo perguntando.
- Nota ma–
- Não é sobre isso que estou falando, Tommo. – Louis sorriu. – Ele te bateu de novo?
- Não vamos falar sobre isso aqui, Nialler. No refeitório conversamos. – O loiro de orbis azuis concordou.
Niall Horan era primo de Louis e eles praticamente cresceram juntos, Niall presenciou tudo o que ocorreu com Louis nos últimos dois anos, desde a morte de sua irmã ao início dos abusos de seu pai.
Niall sabia o jeito de Louis, o modo que ele reagia quando estava bem, e modo que ele atuava quando estava machucado. E hoje era mais que óbvio para o loiro, que Louis estava bem machucado.
Até mesmo o Horan se perguntava quando o alfa que fará seu amigo feliz, resolverá aparecer.
E tanto ele quanto Louis, rezavam para esse alfa aparecer logo. De preferência naquele mesmo dia.
⚓
Harry levantou para mais um dia de trabalho, era terça-feira e ele acordou com um péssimo humor.
- Filho? – Anne bateu na porta de seu quarto.
- Entre. – Logo uma ômega de corpo mediano entrou no quarto onde o alfa se encontrava sentado na cama.
- Vim ver se estava tudo bem, Alfred me ligou ontem dizendo que você bebeu. Há algo acontecendo? Você não costuma beber em dias de semana, ainda mais numa segunda. – Harry sorriu para sua mãe.
- Não, nada de mais. Estou apenas incomodado com algo. Minhas presas estão querendo dar sinais de vida, mas meu rut já passou e sinto que não há nenhum ômega no cio aqui por perto. – Levantou da cama, o peito com tatuagens pouco comuns e a calça moleton davam-lhe um aspecto de homem preguiçoso.
- Ora ora... – Sua mãe sorriu, muito contente. – Parece que está chegando a hora, não é?
- Hora? De quê? – Perguntou enquanto ia ao banheiro que se localizava na outra extremidade do quarto.
- Seu parceiro destinado, Harry. Você é um alfa de linhagem pura, só alfas de linhagem pura têm parceiros destinados.
- Assim como o Ed, o Liam, a Gemma... Somos todos alfas de linhagem pura, e nenhum tem isso de parceiro destinado. Isso não existe, mamãe. – Falou grosso, logo entrando debaixo do chuveiro para uma ducha rápida.
- Diga isso ao seu pai. Eu e ele somos parceiros destinados, Harry. – O alfa revirou os olhos. – Você saberá quando encontrar o ou a escolhida.
Harry já sem paciência de contestar sua mãe, mesmo sabendo que essa coisa de par destinado era uma farsa, decidiu entrar na onda de sua mãe e surfar junto com ela.
- E tem algum sinal de que esse ser é meu parceiro? – Perguntou indo ao closet e pegando uma boxer e um terno preto com uma gravata azul.
Ultimamente Harry amava a cor azul.
- Claro que tem. – Anne se animou em contar. – O efeito é diferente para cada um, para os ômegas eles são muito mais fortes, aparenta ser um infinito cio, eles estão sempre querendo que você o preencha com seu nó... – Harry se engasgou com o que sua mãe falava, mas não a interrompeu. – Eles entrarão em êxtase quando lhe verem, começarão a liberar o seu feromônio natural dez vezes mais forte. Além de quê, assim que encontrar seu parceiro destinado, nenhum alfa ou ômega será capaz de lhe satisfazer. Para o alfa os efeitos de encontrar seu parceiro são poucos, mas nem por isso são fracos, pelo contrário... Os alfas sempre pensarão que querem ficar ao lado do ômega, e depois de encontrar seu parceiro, tê-lo longe de você será algo parecido como chibatas com pregos lhe chicoteando segundo após segundo. Os efeitos de ter seu alfa ou ômega longe deles podem levar até a morte. E só a mordida pode amenizar esses efeitos.
Harry se interessou no assunto, de verdade.
- E como posso saber que ele está chegando?
- Ah, isso? – Ela gargalhou alto. – Não há como saber.
- Que porra...?
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Half a Heart • ABO [EM REVISÃO]
FanfictionLouis: 16 anos, ômega, pobre e maltratado. Harry: 22 anos, alpha, rico e dono da Styles Jewelry. Onde Louis passa por dificuldades e acaba sendo levado para a casa de Harry após desmaiar na rua.