4- Infancia parte 2

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A vida é bela.

Quem criou essa frase deveria ta no mínimo bêbado.

Acordei aos gritos da megera, eu estava deitado ao lado da casa do cachorro, chamávamos de bolinha, ela disse que precisava sair e eu olhar asi minhas irmas.
Enquanto ela foi ao mercado no fim da rua eu olhava suas filhas, e ao mesmo tempo me questionava, pq não tinha o amor da minha mãe e nem do meu pai, podia não entender se certo o que era aquilo na época,aos não pedi pra nascer. Elas tinham as melhores bonecas, os brinquedos do momento e eu? Apenas o meu eu .
Quando ela voltou vou fazer o almoço,ela não tinha carinho por mim,mais me gritava,me chamava de peste, eles dormiam em camas e eu apenas em um colchão velho.
As vezes eu a olhava e via a forma que ela tratava as filhas, amor , afeto, carinho. Eu creio que ela se compadeceu com minha situação, pois eu tava num estado que não podia sentar direito e a febre tinha voltado e eu não falei nada. Ela pós a minha refeição dizendo que não era pra eu acustumar.
Comi pois eu estava com muita fome, me arrumei pra ir a escola, ir e voltei quando cheguei em casa, ela estava a fazer o jantar. Semana se passou e chegou o sábado , já táva acustumado a acordar pela madrugada, quando a mesma me chamou eu já tá de olhos abertos e ela só falou bata a porta.
Lá fora a chuva caia e eu lá fazendo de tudo pra nao me molhar, e olhei pro sobrinho em frente e lá estava a vizinha, me olhando apenas acenei,
O dia amanheceu e a chuva ainda caia, era sábado e ela acordou a uma da tarde eu molhado e com fome.
Quando ela abriu a porta ela já estava arrumada e suas filhas tbm
Disse que sairia e voltaria antes de meu pai chegar.
Cai na besteira de falar tô com fome.
Se está com fome vai fazer comida, vou almoçar fora e não bagunce a casa.
Eu pergunto a vcs o que uma criança sabe cozinhar? Nada.
Passei o dia com o corpo estranho,mais febre , dor de cabeça e a garganta ardendo.
Quase no fim da tarde ela chegou com seu irmão, e eu estava deitado desde a hora que ela saiu.
Não tinha força pra levantar, não tinha força nem pra falar.
Meu pai chegou e perguntou a ela pq eu tava deitado, ela disse que eu não levantei hoje pra nada , que nem quis ir ao mercado comprar o pão, e foi falando e meu pai começou a se irritar dizendo que eh não prestava pra nada, e ela falando mentiras, quando ele foi me pegar pra me bater mesmo eu deitado ele percebeu que eu estava com febre alta.
Ele perguntou a ela se ela havia percebido desde que horas eu estava naquele estado.
Ela disse que não
E durante muitos meses era a mesma coisa . Era uma rotina já tava acustumado a apanhar. Muitos se vcs se pergunta, pq ele não fala ao pai.
Ele não acreditaria, tentativas não faltou.
Seis meses havia se passado.
Era um domingo e eles decidiram sair, iam ao shopping , por dentro eu tava uma alegria, mais mesmo baixinho eu ouvir ela falar. Não quero que ele vá.
Ele fica olhando a casa.
Os olhos compridos vi eles saindo e eu em casa.
Passei mais um dia sozinho, quando chegaram com sacolas de shopping,cada uma das meninas no colo dormindo.
Comentários do filme que assistiram,eu cada dia morrendo por dentro, com saudades da minha casa.
Quando meus avós ligavam e falava com ela a saudade doía,mais ela sabia que eu não tava bem, ela perguntava e eu sempre omitia pq sempre Dayse tava do meu lado.
Passando um tempo, eu estava só. Casa e o irmão dela chegou perguntou por ela e eu disse saiu, ele me olhava com malícia desejo.
Ele sempre falava que um dia, ele ia me dá um pássaro pra por na minha mão.
E saiu.
E maio faltando poucos dias pro meu aniversário, na escola o mural com aniversariantes e meu nome lá.
No dia do meu aniversário perguntei ao meu pai se eu teria uma festa , ele disse que não tinha dinheiro e dois dias após o meu minha irmã fazia aniversário , foi uma festa temática com direito a atração e tudo. Muitos convidados, mais ela me avisou que eu não ficasse com as outras crianças e se me chamasse que não era pra ir pois era pra dizer que eu não queria.
Vcs perguntam pq os meus tios não percebia nada, o meu tio saia tbm as 4 e a mulher dele fazia faxina as vezes por fora e ainda dava conta do lar.
Meus tios chegaram e eu estava sentado olhando as crianças se divertir e ainda sentindo o amargo da surra que ganhei de presente de aniversário por deixar , um copo cair.
Vieram falar comigo perguntou se eu tava bem e eu dizendo sim.
Antes de cantar parabéns fui ao banheiro e tava ela é o irmão, meu pai lá fora com a aniversariante. Ela me disse vai deitar , já chega por hoje.
Fui deitar e lá ouvir os parabéns, ouvir alguém dizer tirar a foto da família, KD o menino ? Ela disse fui chamar mais tá dormindo.
Realmente ali fui dormir.
As coisas com o tempo foi piorando.
Um certo dia ela saiu cedo e disse que só volta a a tarde. E eu fiquei só e não podia sair nem pra ir ver meus primos.
O irmão dela chegou, disse que veio pra ficar comigo.
Sentou e me colocou em seu colo, passava a mão na minhas costas.
Não sabia nada sobre aquilo, sentir algo duro , na minha bunda, ele dizia que eu estava o deixando cada diaaia louco, mais ele ouviu um barulho no portão eletrônico saiu pro banheiro.
Meu pai chegou e foi conversar com o cunhado..

As noites antes de dormir eu imaginava se seria assim todos os dias, esse sofrimento. Esses dias de dores.
Na quinta feira cheguei e meu pai já estava em casa, ele procurava uma corrente de prata e Dayse disse que vou eu com ela na mão , falei que não havia pego pois eu não tinha visto.
Mais nada adiantou apanhei tanto que foi feito água com sal pra passar em minhas feridas.
Outro dia não poderia ir a escola estava roxo, minhas costas doíam, minhas pernas pareciam peso, e ela ria dizia que não era obrigada a criar filho de ninguém.
Não tive condições ,ela arrumou as filhas e saiu e passei o dia com fome e febre. Muitas dores...
Enquanto isso a vizinha já tinha entrado em contato com meus avós e tinha chamado meus tios pra uma conversa sobre o que ei estava passando.
A semana foi passando e eu me recuperando, não havia ido a escola,pois não tinha fechado as feridas.
No domingo eles saíram mais suma vez e eu fiquei em casa.
Pedro chegou, eu estava deitado e ele deitou comigo,sentir algo duro entre suas pernas, ele pegou minha mão e colocou em cima da sua rola dura
Eu não sabia até então o que era aquilo, e ele me disse que era um pirulito, que hoje eu provaria o pirulito dele, ele tirou da bermuda e me ameaçou dizendo que as eu chupasse ele contaria a meu pai.
Eu já chorando pedindo que não fizesse aquilo ele colocou na minha boca , eu não sabia como fazer e ele foi colocando eu fui engasgando, derrepente começou, algo gosmento da sua rola melando meu rosto, e ele colocava a cabeçinha em minha boca.
Ele vestiu se e foi embora e antes disse que eu deveria ficar calado e não falar a ninguém se ele me bateria pior que meu pai.
Fui tomar banho e esfregava meu rosto com nojo e lembrava de cada palavra.
Eles chegaram rindo,com sacolas e ali sentindo nojo de mim, Pedro chegou em poucos instantes, juntando ao casal é estava mal, ele olhava pra mim e piscava o olho.
Fui deitar nada ali cabia a mim, só felicidade da família .
Segunda chegou minha rotina começou.

Na quarta assim que ela me pôs pra fora, na madrugada me sentir sendo observado.
Eu fui deitar com bolinha.
Mais aquela sensação de ser observado não passava.
As 10 Dayse já havia acordado, porém não abriu a porta,
Mais alguém batia no portão.
Ela abriu o porta e falou que ia ver quem era que era pra eu ir pegar minhas roupas e lavar.
Quando ela abre o portão.
Meus avós,eu tio, sua esposa e minha tia.

Dona Wal a senhora aqui?

E agora meu povo?
O que vai acontecer?
Obs: amores pra quem não tá entendendo precisei contar a minha infância pra que vcs saibam, o que vai acontecer da minha adolescência em diante.
Breve outro capítulo da infância o capítulo final.

O Diario de uma BonecaOnde histórias criam vida. Descubra agora