Capítulo 10 - Esperanças inconclusivas

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No manicômio, Aria acabara de acordar... Dessa vez não sonhou com Evans e nesta manhã ficou sabendo que ele não apareceria novamente.
Apesar de já esperar tal atitude, um fio de decepção percorreu seu corpo, gerando um desânimo que a abateu.

Durante toda a manhã e parte da tarde, a jovem se recusou a sair do quarto inclusive para tomar sol. Todas as suas expectativas haviam sido destruídas e ela só queria se isolar.

A fome não apareceu assim como a vontade de tomar um banho de sol ( uma de suas atividades favoritas ) porque o motivo de suas tardes de alegria e êxtase não a desejava mais.

Passou horas na cama, deitada com o olhar vago direcionado a parede a esquerda da cama, olhando as marcações na parede, usando sua imaginação ao visualizar desenhos em cada deformidade ali encontrada.

Hannah bateu na porta, adentrando - a pela quarta vez com um lanche diferente, desta vez, a comida favorita dela, pizza!

Por alguns segundos o cheiro a desconcentrou e a fez olhar na direção da bandeja nas mãos da enfermeira cuja face ostentava traços de preocupação constante com sua pequena - mas foi por pouco tempo, nem o cheiro do queijo derretido sobre a massa foi suficiente para despertar a fome porque a decepção e os cacos de esperança ocupavam cada milímetro do seu corpo, a preenchendo por completo.

Hannah sentou - se ao seu lado na cama e acariciou seu rosto suado, e molhado pelas lágrimas.

A angústia era tão grande que exigia muito dela ao resistir tentar o suicídio e a automutilação e aquilo a machucava por dentro, e estava corroendo todos os seus sentimentos e testando sua sanidade.

-Hannah? - ela sussurrou num tom quase inaudível sem mover - se para olhar para a mulher ao seu lado - o que eu fiz? Sou tão repugnante assim? Por que ele me beija e some assim? - sua voz possuía um tom de choro que cortava o coração da enfermeira que a considerava como uma filha.

- Querida, você não fez nada. Não foram erros seus, ele está confuso. Entenda que o relacionamento entre pacientes e médicos é proibido e isso pode custar a carreira dele, por isso ele deve estar confuso e pensando em um jeito de resolver essa situação... escuta, eu nunca vi o Evans tratar alguém assim, com carinho e preocupação; ele normalmente é frio e indiferente, mas com você, ele mudou até o olhar.

-Você acha? - ela se virou um pouco com uma esperança surgindo no olhar com um brilho que só aparecia na presença do psiquiatra e Hannah sofreu mais por conhecer a personalidade de Evans e rezava para que ela não se tratasse apenas de um caso para ele, porque ela havia se apaixonado e sem ninguém para lhe amparar, a jovem se apegaria a cada demonstração de sentimento que lhe é cedida.

- Sim, ele te... ama! - ela travou quando disse isso porque lhe doía mentir para sua pequena, mas faria de tudo para tornar sua afirmação uma verdade que a tiraria daquela casa de loucos.

Living in a dream - Chris Evans Fanfic (1ª temporada) - Completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora