Cap.34 - Voltando pra casa.

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Acordei no modo automático,  arrumei minhas malas ,  pois Lucas  apenas jogou as roupas  dele e fechou o zíper.
Ele me deu um bom dia meio emburrado por ontem , mas mesmo assim me deu um beijo. Nos trocamos e resolvemos tomar café  em algum posto da Beira da estrada,  era apenas 4:00 horas da manhã  e não  estava com muita fome.
Aproveitei para dormir o caminho todo até chegar em algum lugar para  comer.

- Julia,  Julia!  - Lucas  tocou em meu rosto.  Abro os olhos e olho para os lados.  Estamos em um posto,  ainda bem estava morrendo de fome!
Lucas trava o carro e pega em minha mão,  entramos no estabelecimento e fizemos nosso pedido.
Ele se senta na  minha frente,  mexendo no celular,  logo as fotos de Kelly veem a minha mente. 
Resolvo ignorar a sensação de ciúmes e mando uma mensagem para Alex:

Eu: Me desculpe por ontem, Lucas é  um idiota! 

Resolvo ir ao banheiro,  faço  um coque em meu cabelo e lavo o rosto,  queria chegar logo em casa.  Saudades da minha família e minha vida.
Meu celular começa  a tocar.

- Julinha?  - ouço  a voz de Alex.

Eu : Alex,  aonde você  esta? 

Alex : Na pista,  por que,  aconteceu algo?

Eu : Não ,  Não . Só  Estou ligando para perguntar se está tudo  bem? 

Alex :  Esta sim e você ? 

Eu : Estou indo,  as fotos de Kelly ainda não  saíram da minha cabeça. - confesso a ele. 

Alex : Fique tranquila ,  depois conversamos beijos! 

Eu : Tabom,  dirija com cuidado beijos.
Uma senhora entra no banheiro e sorri gentilmente para mim,  logo sorrio para ela também.
Saio do banheiro após  conversar um pouco com aquela senhorinha simpática.
Volto para a mesa e nosso pedidos ja Haviam chegado.
Como em silêncio sem olhar ou muito menos trocar uma palavra com ele. 
Ainda estava chateada por ontem,  Não  é  por que ficamos no final da festa que tudo estava  certo entre nós,  na verdade nada estava  certo.
Terminamos de comer e ele paga a conta, enquanto caminho para o carro.
Paro para olhar o lugar a minha volta,  alguns funcionários estavam por ali,  fazendo um ajuste ou outro, um grupinho de crianças brincavam de chutar uma  lata de lixo qualquer.

Olho para a minha barriga,  será  que o meu filho seria igual? 
Não  me importo como as pessoas irão  ficar,  se o teste der positivo eu vou amar meu filho como nunca amei uma pessoa antes.

- Tá parada ai por que?  - Lucas pergunta.

- To olhando as crianças  - falo sem olhar  para ele. 

- Ah - Foi tudo o que eu ele disse.

- Vamos embora - digo Grossa e entro no carro.

- Daqui uma hora estaremos em casa - ele liga o carro e segue o caminho.

Coloco meus fones de ouvido, escolho  uma música calma e começo  a ler o livro que estava em minha bolsa.

♡♡♡

Não  sei por quanto tempo li,  só  sei que cai no sono e só acordei quando senti  o carro parar.
Abro os olhos agitada, finalmente estava em minha casa.
Desço correndo e Toco a campainha,  queria fazer uma surpresa para ela. 

Ela abre a porta,  limpando a mão  em um pano de cozinha.  Assim que me vê  me abraça  desesperada,  enquanto  beija  meus cabelos.

- Que saudades minha filha!  - até  parece que passei tanto tempo tão  longe,  só  foram três  semanas.
Tá  eu também  estava com saudades.
Quando minha  querida mãe  finalmente me solta, é  a vez do meu pai,  mas pelo o  alívio do meu corpo   seu abraço  dura pouco.

- Lucas,  querido!  - minha mãe  comprimenta Lucas.

Lia estava parada  no meio da sala,  chorando.

- Ei meu amor,  por que estas  a chorar?  - pego ela no colo.

- sadade - ela afunda a cabeça  em meu seio.  Beijos seus cabelos.

- Também  estava morrendo de saudades!

- Oi minha garota - Lucas chega atrás  de mim e beija seus cabelos.

Ela olha de canto de olho para ele e sorri,  mas não  desgruda de mim.

- Sua mãe  deve estar com saudades também,  é  melhor você  ir - falo sem olhar para ele.

- Esta tudo bem?  - ele pergunta confuso.

- Não  sei mais - falo seca.

- Depois conversamos - ele beija Lia mais uma vez e sai,  deixando minhas malas na porta.
Reviro os olhos e vou até  a cozinha ajudar a minha mãe.
Almoçamos  em meio a risadas e muitas perguntas  da parte deles.
Ajudo a arrumar a cozinha e depois sentamos  todos na sala para  abrirem os presentes que trouxe.

Lia adorou o novo vestido,  meu pai e minha mãe  ficaram sem graça,  mas agradeceram. 

- Não  precisava lembrar da gente filha,  mas mesmo assim obrigada - minha mãe  sorri sem jeito.

- Claro que precisava,  vocês  São  os meus pais,  foi o mínimo que eu poderia fazer - beijo seu rosto enquanto subimos as escadas.

Agora seria a hora de eu contar a minha mãe  o que está acontecendo.
Respiro e me sento em sua cama.

- O que queria falar de tão  importante?  - ela se senta ao meu lado. 

- Não  sei como começar - passo minhas mãos  nervosamente em minha perna.

- Fala logo,  já estou velha e não aguento ficar esperando - seus olhos vão de encontro ao meu,  me passando  confiança. 

- Eu não sei como isso aconteceu,  eu tomo remédio e....

- Você  esta grávida ?  - ela pergunta antes de eu mesma falar. 

- Não  sei,  ainda não  fiz o teste.  Mas tudo indica que sim - fecho os olhos,  impulsionando uma lágrima a cair. 

- Vamos na farmácia,  se isso ser realmente verdade o pai vai ter que assumir.  Espera !  - ela para brutalmente - quem é  o pai? 

- O  Lucas mãe  - falo desanimada.

- Isso significa  que vocês  estão....

- Sim,  estamos juntos,  se é  isso que você  queria ouvir - Reviro os olhos,  enquanto ela pegava a chave do carro.

- Amor  vou sair,  se precisar me liga!- ela grita no meu ouvido,  que ódio.

Respiro fundo e entro na carro junto a ela,  que parecia aflita. 

- Grávida aos 17 anos,  julia achei que seria mais responsável!  - ela mantém os olhos na estrada,  mas sua expressão  não era uma das melhores.
- Não  era para acontecer  e eu ja falei que eu tomo remédio !  Aliás  nem sabemos se vai dar positivo - Me estresso.

- Os remédios  podem falhar - Fala mas calma.

- Eu só  quero o resultado logo,  se eu realmente estiver grávida vou cuidar do meu filho - falo cansada.

- E eu vou te ajudar minha filha - ela toca meu rosto e me aconselha.Ela  desvia o olhar do caminho  por um momento pra olhar para  mim,  mas já é  o suficiente.
Me sinto acolhida.

Paramos  em uma lanchonete e praticamente corremos para o banheiro.
Minha mãe  me entrega o teste ,  entro em uma cabine e faço xixi naquela fita.

Por favor não ,  Por favor não ! 

Era o que a minha  mente gritava sem parar.
Acabo de fazer o necessario e me visto.
Saio da cabine e entrego  a minha mãe.  Minhas mãos  soavam de
nervosismo.

Depois de vários minutos,  Que pareciam a eternidade minha mae olha para o resultado do teste.

- Filha,  você  não  Esta grávida!  - ela pula de alegria.

Sorrio, mas ao mesmo tempo uma forte dor no abdômen me atinge e eu vejo tudo apagar novamente. 

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