Capítulo 6

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Carlos Fernando Kannenberg

- Você foi incrível ontem... - Margare, Mari ou Maria diz ao sair do banheiro.

- Hã? - me faço de desentendido.

- Ontem...aah, esquece, vou te apresentar aos meus pais hoje, eles nunca foram chegados aos meus namorados, mas você com certeza vai gostar deles. - diz com um sorriso apaixonado no rosto e engasgo com o suco em minha garganta rindo.

- O que foi? - ela coloca a mão na cintura segurando a toalha em seu corpo.

- Cara, foi só uma noite, porque vocês não entendem isso? Se eu quisesse compromisso te pediria em namoro! - me levanto colocando a jaqueta de couro marrom.

- E o que está esperando pra fazer isso? - ela diz sorrindo atirada, qual o problema dessas garotas?

- A pessoa certa. - me direciono a porta e deixo um maço de dinheiro na bancada da cozinha. Saio e fecho a porta do hotel, vou a recepção e pago a estadia de apenas algumas horas. Coloco os óculos e saio sentindo a brisa de Nova Iorque.

    Viajo pelo mundo desde meus dezesseis anos, quando meus pais morreram. Aquele dia foi a última vez que os vi, e também foi a última que vi Crystal. Meus pais não podiam mais ter filhos, e como eu queria muito uma Irmã e eles uma filha, a adotaram. Crystal era magra, muito magra, tanto que eu podia ver suas costelas através das roupas quando respirava. Nunca me importei com o fato de ela não ter o mesmo sangue que eu, mas sempre me importei em protegê-la, de tudo, de todos e falhei. Me martirizo todos os dias por tê-la deixado no Brasil, sem ninguém a não ser...

    Ouço uma buzina e viro o rosto com os óculos escuros nos olhos para o automóvel, mas o que?! O carro vem em minha direção e antes que eu posso fazer qualquer movimento com o corpo, já estou colidindo com o carro. Meu celular toca me trazendo de volte à realidade, onde estou sentado em um banco de madeira de frente para um lago, problemas. Só tenho esse tipo de "visão" quando há problemas. Me aproximo do lago a minha frente e encaro o meu reflexo, enfim pego o celular e suspiro.
Que não seja Crystal, que não seja nada com ela.

- Alô?! - escuto a respiração de alguém e franzo o cenho.

- Carlos. - Ooh, não. Lance. Ele nunca me liga, com certeza Crystal está no meio.

- O que foi, Lance? Fala logo, estou meio ocupado. - digo ríspido mentindo e me viro.

- E quando é que não está? - ele suspira do outro lado.

- Quando não estou falando com você, fala logo o que quer. - isso foi verdade.

- Você não mudou nada, sempre sendo egoísta, mas ok. Eu vim te dar uma informação, não quero nada de você a não ser distância, mas considerando que isso também afeta Crystal que está em coma, pensei que você quisesse fazer uma visita a ela. - Claro que ele colocaria Crystal no meio, fico em silêncio.

- Cara, diz para Crystal que eu não quero nenhuma festa surpresa ou sei lá, ela não precisava exagerar para chamar a minha atenção de volta. - umedeço a língua com os lábios e sorrio de lado, Lance ri triste do outro lado da linha.

- Carlos, Carlos... isso não se trata de você e sim da sua irmã, ela está em uma maca nesse exato momento, lutando pela vida. Ela acabou de ter dois ataques cardíacos e a única coisa que saiu da boca dela além do nome de Jake, foi o seu. Então, por favor, me ajude a te ajudar salvando a minha irmã. - arfo e começo a rir sem parar, não, isso não está acontecendo.

- Olha, é um choque, mas ficar rindo do outro lado do mundo não vai ajudar nada na recuperação dela. Jake está morto, morreu, capuff. A única pessoa que pode ajudá-la é você. - sento no banco e escuto tudo o que ele fala atentamente parando de rir.

- Não...como isso foi acontecer? Você é um irresponsável, porque não cuidou dela? - grito e algumas pessoas me olham, ignoro. Lance dá uma gargalhada exagerada e eu espero ele acabar.

- É sério? Você tá olhando pra um espelho e falando isso, né? Ela é sua irmã também, você é o primeiro irmão, foi por você que ela chorou noites e noites, por você que ela se culpa todos os dias por ter ido embora e por você que ela precisa sair desse coma. Então para com essa merda de birra e venha para o Brasil, porque senão eu mesmo pego você e não vou ser educado, Cinderela! - ele grita. Assinto mesmo sem ele ver e digo por fim:

- Estou chegando.

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Nota da autora:

Heey, amores, estou sem tempo de postar no momento por causa do Instituto, mas vou tentar postar nesse sábado o capítulo sete, enquanto isso LEIAM E RELEIAM, pois não tem muito pistas do que vai acontecer no futuro shshs, aquelas, sério, tem coisinhas aí que SENHOR, por favor VOTEM, COMENTEM E INDIQUEM, fico triste que tenha poucos comentários, assim não sei se o livro tá bom ou não, a opinião de vocês é sempre bem vinda!! Um pouquinho do novo personagem, espero que gostem e entendam

beijos,
K.

AMOR PSICOPÁTICOOnde histórias criam vida. Descubra agora