Do Inferno ao Paraíso

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AS ROSAS TAMBÉM TÊM ESPINHOS.

De joelhos, chorava Margareth, seus filhos ainda estavam dentro de casa, em estado de choque, estavam como estátuas, os únicos movimentos presentes eram das lágrimas correndo sobre suas faces. Era possível ouvir a gargalhada do Ancião Bjorn e os sussurros da população tomar todo o local.
- Que arruaça é esta?! - Uma forte voz vinda do meio da multidão soava, desviando a atenção de todos ali para o lugar de onde vinha o som. Era George, com a movimentação ele decidiu ir checar o que havia acontecido.
- Connor! - gritou espantado o soldado ao ver o velho estirado no chão - Rápido, alguém traga algum médico!
Olhou em volta na esperança de ver algum suspeito e lá estava, pronto para apagar o soldado também.
- Ancião? Que porra está pensando para sair matando pessoas desse jeito, sem motivos? E o pior, dentro da vila na frente de seus parentes?!
- Cala essa boca! Eu trarei a paz a esse mundo. Esse resto de humanoide está com algo que me pertence. - Colocando as mãos na direção do soldado - Saia da minha frente! Ou então dizimarei você e todos que ousarem me atrapalhar!
- Ancião por favor, se controle. Não queremos usar a força para fazer você parar. Pois já terá que responder sobre a morte do senhor Hotwhold.
- Não quer usar a força? Tudo bem, eu uso! -Jogando assim uma esfera de energia na direção do soldado, a mesma que apagou Connor, forçando George à se defender com seu escudo, repelindo a magia e dizimando-a.
_Chega! Agora já passou dos limites!
O soldado saca sua espada- " Realça a alma da justiça!".
George partiu para cima do Ancião, as palavras ditas fez sua espada expelir chamas brancas que começaram a rodear a lâmina. Desviando das esferas vermelhas de energia do velho mago, chegou próximo suficiente para tentar apunhalar o golpe final que o mesmo chamava de "Golpe da Misericórdia". Ao tentar errou, Bjorn flutuou no ar fazendo com que a espada passasse por debaixo de seus pés, apontou a mão com os dedos abertos para o guerreiro e raios vermelhos saíram delas. O reflexo de George fez com que o mesmo se defendesse novamente com seu escudo, parece que aquele escudo não era como qualquer um.
O contra-ataque do soldado foi preciso, conseguiu saltar alto o suficiente para alcançar o Ancião, deu-lhe um chute fazendo com que o mago caísse e ao descer, George foi na intenção de matar, porém sua espada havia encontrado outra no último centímetro que faltou para matar o mago. Era Jarl, àquilo realmente tinha chamado atenção da Vila, estavam quase todos os residentes dela no local da confusão.

- O que você está fazendo?! - Disse Jarl enquanto impedia o avanço da espada de George.

- Ele matou seu pai! Na frente dos seus filhos!
Jarl olhou em volta, viu sua esposa e filhos chorando sobre o corpo de Connor.

- Mesmo assim, deve ser julgado como qualquer outro que cometeste infrações como esta.

George recuou, o Ancião tentou reagir e fora nocauteado por Jarl com um golpe na nuca, que logo em seguida retirou a Joia que estava com Bjorn e ordenou que o levassem para prisão. Os soldados em volta dispersaram a multidão e a Joia foi para as mãos do general do exército, Semin Netheridge, que deixaria a mesma sob proteção dentro de um dos calabouços mais vigiados da Vila.

Jarl e George foram em direção à Margareth que estava junto do corpo caído de Connor:

- George, - disse o herdeiro Hotwhold - leve meu pai à curandeira da vila, foi um ataque mágico e creio que ainda há possibilidade de salvá-lo. Enquanto isso vou para a casa com minha esposa e filhos.

- Pode deixar, Jarl - colocando Connor em seus braços e indo em direção à tenda da curandeira da vila.

- Papai! - Surge de dentro da casa do pai de Jarl, Heitor e Nicolas correndo desesperadamente para os braços do pai. - O vovô vai ficar bem? - Perguntou apreensivo Heitor.

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