Capítulo 19

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Onça-Pintada (Pantheraonca) ou apenas onça: felino americano de grande porte, de pelagem malhada. Variedades melânica conhecida como onça-preta.

Pelo menos é assim que o ser humano retrata esse animal. A onça não é um simples felino , mas sim um animal fascinante. Ela pode atacar os humanos , mas ela consegue fazer o que eles não conseguem , ela é fiel , não mente.

(...)

Nessa última semana estive muito com a Unse. Consegui lembrar de algumas coisas. As meninas andam me ajudando , conseguimos o endereço da minha vó. O James disse que vai me levar até a casa dela.

Já está noite eu vim trazer comida para Unse. Ainda não sei como minha mãe não percebeu que as carnes do congelar tem sumido.

"Hey Unse, pelo visto estava com fome" falei enquanto via o animal devorando a carne. "Sabe se eu pudesse lhe levava para minha casa , mas minha mãe iria surtar"

Me deitei na selva verde e fiquei olhando as estrelas. Me levantei num pulo quando ouvi um barulho. A Unse foi para minha frente. Por entre as árvores apareceu um bicho , mas não um bicho comum , tinha um físico forte , com pernas e braços , a pele branca com veias grossas roxas. O rosto era deformado , nas costa asas negras.

Me virei na direção contrária daquela coisa e corri o máximo que pude. Percebi que a Unse corria atrás de mim me dando proteção. Acabei por tropeçar e cair no chão. Quando estava tentendo me levantar , senti alguma a criatura me jogar longe.

"AHH..." gemi de dor. Olhei para o alto e vi alguém lutar com a fera. Era James ele estava com uma espada de prata. Quando ele cortou a criatura a mesma se desfez em cinzas.

"Você está bem?" perguntou ele se aproximando de mim.

"Dói.... muito" disse com dificuldade.

"Aonde dói?" apontei para as minhas costas e ele levantou um pouco minha blusa para olhar. "Eu vou tocar, me diz se queima"

"AHHH" gritei.

"Queima?"

"Sim"

"Isso não é bom" me olhou preocupado. "Vamos ter que visitar a sua vó mais cedo do que esperávamos" ele me pegou no colo evitando tocar no meu machucado e me levou até seu carro.

"James o que era aquilo?"perguntei enquanto ele se sentava no banco do motorista.

"Um demônio" suspirou.

"Como?!" perguntei assustada.

"Demônio. Mas o que não faz sentido ele estar aqui. Quer como ele conseguiu passar para o nosso mundo?"

"Por que?"

"Que eu saiba a passagem para esse mundo estava fechada por algum feitiço que duas pessoas poderiam realizar"

"Quem são essas pessoas?"

"Você e Anastásia Hensen" arregalei os olhos. "O grande problema é que Anastásia Hensen está presa e você não sabe nem reconhecer um demônio. Então quem abriu a passagem"

"Aonde ela está presa?" perguntei num sussurro. Ele me olhou com uma sombrancelha levantada.

"No diário , que era dela" droga.

"Fui eu" ele freiada que me jogou contra o vidro.

"Alícia , você abriu o diário?" perguntou ele tentando se controlar.

"Abri..." ele simplesmente ligou o carro e ficou em silêncio. No lugar dele gritar comigo ele ficou totalmente em silêncio.

Finalmente chegamos não aguentava mais ficar dentro daquele carro. Tentei sair do carro e cai de cara no chão. O James veio rápido e me segurou.

"Obrigada" disse a ele.

"Vamos?" perguntou. Olhei para frente e vi uma casa meio antiga.

"Vamos" disse com um pouco de medo.

"Não precisa ter medo Ally" disse e eu sorri para ele. Seguimos até a entrada da casa. O James bateu na porta que se abriu segundos depois revelando uma senhora de cabelos brancos. Ela nos olhou e paralisou totalmente.

"Ally..." disse num sussurro.

"Oi vó" sorri. Ela sorriu de volta e me olhou de cima a baixo até parar no sangue que estava sobre a camisa.

"O que aconteceu?" perguntou ela.

"Ela foi atacada por um demônio" ela olhou para o James e depois para mim.

"Você abriu o livro?" assenti com a cabeça. "Vamos entrar , vou te dar uma coisa que vai lhe curar rapidamente"

Entramos e ela me deu um chá para tomar.

"Eu não entendo , o que esse chá pode fazer?" perguntei.

"Beba" respondeu.

Tomei o chá , ele tinha um gosto amargo, por isso tomei de uma vez só. De repente não vi mais nada tudo ficou negro.

Alicia - ParadaOnde histórias criam vida. Descubra agora