Capítulo 22

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"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."

Albert Einstein

Já faz uma semana desde que eu comecei a treinar com o James. Ele sido um ótimo amigo. Nesses últimos dias foram registrados vários casos de pessoas mortas misteriosamente.

" (...) a única verdade é que vivo.

Sinceramente, eu vivo.

Quem sou?

Bem, isso já é demais(...)" dizia o professor. " Este é um trecho de um texto da Clarice Lispector. Nascida Haya Pinkhasovna Lispector numa família judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkhas Lispector e de Mania Krimgold Lispector. Nasceu na cidade de Chechelnyk enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia  fugindo da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1920, chegando ao Brasil quando tinha um ano e dois meses de idade."

"Professor ? Não tinha uma história em relação a nacionalidade dela?" perguntou o Oliver.

"Sim. Ela foi para o Brasil ainda bebê. Ela dizia , que ela não podia pertencer a uma terra que nunca pisou." respondeu o professor. " Então..." ele foi cortado pelo sinal. "...Esquece , até semana que vêm."

Me levantei da minha carteira e segui as meninas para fora da sala.

"Hey , Ally? Vai para casa comigo hoje?" perguntou a Liz.

"Não. Tenho que ir para o centro comprar o livro de biologia." disse para ela.

"Ok. Então adeus."

"Tchau Liz. Tchau meninas." disse à elas.

Sai da escola e fui até o ponto de ônibus (paragem de autocarro). Peguei o ônibus (autocarro) , que estava praticamente vazio. Assim que cheguei no centro desci do ônibus. Ainda tive que andar um quarteirão até a livraria.

A livraria era enorme , tinha livros desde o chão até o teto. Estava tão encantada com o livraria que acabei por trombar em um rapaz e cai com tudo no chão chamando a atenção de todos na livraria.

Senti uma mão no meu ombro e levantei meu olhar vendo um belo par de olhos cinzas me olhando. Segurei na mão do rapaz e me levantei.

"Me desculpa...eu não estava prestando atenção." tentei no babar , mas ele era muito lindo.

"Tudo bem...Até porque seria ótimo poder trombar com garotas como você todo dia." tenho certeza que agora eu estou como um tomate. "Então , como se chama?"

"Alicia , mas pode me chamar de Ally." disse e sorri.

"Belo nome , sou Ashton."

"Obrigada."

"O que você acha de eu lhe pagar um lanche." aceitar ou não aceitar? Es a questão? "Eu sei que você deve me estar achando um completo louco , mas não custa nada tem um Mc logo aqui na frente."

"Ta bom , mas eu tenho que comprar um livro antes." acabei por aceitar.

"Qual é o livro? Talvez possa lhe ajudar." perguntou.

"Entorno do ser vivo , acho eu."

"É por aqui...vêm?" ele esticou a mão.

"Ah...sim." segurei na mão dele.

A mão era gelada , muito gelada. Mais gelada que a mão do James.

"Sua mão é gelada."

"Haha. A sua que é quente demais." riu.

O riso dele é bom de ouvir , mas nada comparado ao riso do James. O James não ri muito , mas teve um dia que ele soltou uma gargalhada tão boa... Ai meu deus! O que eu estou fazendo? O James é só um...

"Está tudo bem?" olhei para o James. Quer dizer , Ashton.

"Sim..." acho que enlouqueci de vês. "Por que?"

"É que você ficou estranha de repente." disse ele." Aqui está o livro." me entregou o livro.

"Obrigada , eu vou lá pagar."

"Ok. Vou com você."

Segui com ele até o caixa. Paguei e sai da loja. Atravessamos a rua em direção ao Mc.

"Então o que a senhorita vai querer?" perguntou enquanto eu me sentava na mesa.

"Um Mc chicken e um suco de uva." disse e ele foi buscar os pedidos.

Ele volto rapidamente. Comemos enquanto ele me conta um pouco sobre ele. Me disse que era filho de pais separados e que morava com o pai.

"As vezes é meio chato morar com o pai. As mães costumam ser menos rígidas."

"Pelo menos você tem pai..." sussurrei.

"Er...o que houve com seu pai?" perguntou.

"Ele teve câncer e morreu."

"Meus pêsames." ele passou a mão no pescoço. "Onde você mora ? É que o meu carro esta aqui na rua. Eu posso te levar."

"Moro um pouco longe daqui."

"Sem problemas , eu te levo. E assim eu fico sabendo aonde você mora para te ver mais vezes."

"Eu não sei..."

"Vamos lá? É melhor que andar de ônibus. E já está escuro é perigoso."

*****
E ai? Será que ela deve confiar no Ashton? kkk vamos ver.

Eu sei que eu demorei um pouco mais a postar , mas é que com a copa parece que está tudo mais confuso. Enfim , parece que essa copa parou o Brasil.

Continuem votam e dêem sugestões também.

Dany xx





Alicia - ParadaOnde histórias criam vida. Descubra agora