Capítulo 6

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Primeiramente eu quero me desculpar pela demora em que está saindo os capítulos, acontece que eu trabalho e estudo, então fica difícil pra eu escrever em dia de semana, de qualquer forma, espero que goste. ♥️

•••

As batidas começaram, e eu já estava preparada para meu show exclusivo em meu quarto.

"All I am is a man
I want the world in my hands
I hate the beach
But I stand
In California with my toes in the sand
Use the sleeves of my sweater
Let's have an adventure
Head in the clouds but my gravity's centered
Touch my neck and I'll touch yours
You in those little high-waisted shorts, oh"

(Tudo que eu sou é um homem
Eu quero o mundo em minhas mãos
Eu odeio a praia
Mas eu permaneço
Na Califórnia com os meus pés na areia
Use as mangas do meu suéter
Vamos ter uma aventura
Cabeça nas nuvens, mas minha gravidade é centrada
Toque o meu pescoço e eu tocarei o seu
Você nesses pequenos shorts de cintura alta, oh)

Eu cantava com o meu microfone, vulgo celular, enquanto pulava na minha cama, como se estivesse realmente em um show.

"She knows what I think about
And what I think about
One love, two mouths
One love, one house
No shirt, no blouse
Just us, you find out
Nothing that I really wanna tell you about, no"

(Ela sabe no que eu penso
E o que eu penso
Um amor, duas bocas
Um amor, uma casa
Sem camisa, sem blusa
Apenas nós, você vai descobrir
Nada que eu não queira te contar, não)

É agora.

"Cause it's too cold
For you here and now
So let me hold
Both your hands in the holes of my sweater"

(Porque está muito frio
Para você aqui e agora
Então me deixe segurar
Suas duas mãos nos bolsos do meu suéter)

Eu saltei da cama, e comecei a pular e cantar, eu já estava fora de mim, a música no último volume, ao som das batidas meu coração vibrava.

Queria muito saber como a polícia não veio bater na minha porta, já que é a quinta música do meu show particular.

"And if I may just take your breath away
I don't mind if there's not much to say
Sometimes the silence guides our minds...."

(E se eu pudesse somente tirar o seu fôlego
Eu não ligo se não tem muito o que dizer
Às vezes o silêncio guia sua mente)

Fui cantarolando e remexendo até a cozinha, enquanto a música tocava no andar de cima.

Estava bem plena pensando em que faria para comer, quando me assustei com alguém que não sabe o que é bater na porta, talvez fosse um serial killer tentando invadir a minha casa, porque pelo espancamento na minha porta, é bem provável que esteja tentando invadir.

Sem me importar com a pessoa que estava do lado de fora, fui andando calmamente, as vezes parando para dançar um pouquinho, enquanto as batidas iam piorando.

Eu realmente espero que seja algo importante. Se não eu vou ficar bem furiosa.

Assim que abri a porta, a minha cara de furiosa se tornou em surpresa, quando um Dylan apareceu todo ensanguentado em minha frente.

- Meu Deus, Dylan, o que acontec...- antes mesmo de terminar ele caiu, metade do seu corpo para dentro, metade para fora. Ainda chocada com tudo isso, peguei em seus braços, e com toda força que tinha, puxei-o para dentro da minha casa.

Assim que consegui ao menos fechar a porta, suspirei. Meu primeiro ato foi correr para pegar o kit de primeiros socorros, assim que voltei, ele continuava na mesma posição em que o deixei. E isso só estava me deixando mais apavorada.

- Merda, merda merda, o que eu vou fazer. - eu fui para perto dele, e chequei o pulso, pelo menos ele estava respirando, mas eu não sabia por quanto tempo. O desespero já tomava conta de todo meu ser. - E se ele morrer?! - eu falei num sussurro, como se fosse algo proibido de se dizer.

Eu me agachei ao seu lado, e o balancei. - Dylan, Dylan! - nenhum sinal. - Dylan pelo amor de Deus, acorda.- porém, nada ainda. 

"-Pensa Emma, pensa!"

Tentei manter a calma, e peguei o kit, peguei em uma almofada que estava no sofá, e apoiei sua cabeça, o acomodei do jeito mais confortável que consegui.

Ele estava sangrando, e tinha uns cortes que provavelmente precisariam de pontos, eu já havia feito um curso extracurricular de enfermeira geral, mas eu nunca pensei que iria usar isso, aliás, eu não pretendia usar para nada, muito menos com Dylan.

Parece que meus planos de não costurar uma pessoa de novo, foi por água abaixo.

"-Vamos lá Emma, hora de votar em prática, o Dylan precisa de você."

- Ele precisa de mim. - sussurrei para mim mesma, tentando controlar meu nervosismo e focar no que iria fazer.

Molhei o algodão no álcool, e passei suavemente pelos cortes, preparei linha e agulha.

É agora ou nunca.

Com as mãos ainda trêmulas, aproximei meu rosto do seu, e assim, dei o primeiro ponto em seu supercílio, e mais um, e outro, ao total, 6 pontos.

Peguei na gaze e fiz um curativo ali, analisei com cuidado os outros cortes, e fiquei aliviada ao ver que mais nenhum precisaria de pontos.

Terminei o restante dos curativos, e corri para cozinha pegar um pouco de gelo, enrolei em um pano, e com cuidado, coloquei nos locais que estavam roxos.

Estava com a mão em seu abdômen, e foi aí que reparei que minha mão estava melada.

Gelei completamente.

- Que não seja sangue. - pedi com os olhos fechados, me virando lentamente, abri os olhos, e dei um pulo para trás ao ver a poça de sangue que se encontrava em sua camisa.

Peguei na tesoura, e cortei sua camisa, um furo, mais precisamente um corte, ao que me parecia ser de uma faca ou estilete.

Se antes eu estava desesperada, que tal agora?

Peguei no tubo de álcool e despejei ali, vendo o sangue estacar por alguns segundos, peguei na agulha novamente, e tentei ser o mais breve possível, a cada ponto, uma lágrima escorria. - Eu não quero te perder Dylan, por favor. - limpei os olhos para pudesse enxergar com clareza, até que finalmente terminei.

Fiz o curativo e me sentei ao seu lado, ainda em choque com tudo que tinha acontecido.

Aí vocês me perguntam, porque não chamei a ambulância ou a polícia? Simples. Até eles chegarem, Dylan provavelmente teria sangrado até morrer.

Bom, eu não me lembro mais o que aconteceu, assim que terminei de o examinar, pois apaguei completamente.

•••

Só avisando que vai ter capítulo do Dylan. Não sei quando, mais vai. 🌝

Sad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora