Capítulo 8

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"Lately, I've been, I've been losing sleep
Dreaming about the things we could be
But baby, I've been, I've been praying hard
Said, no more counting dollars
We'll be counting stars
Yeah, we'll be counting stars"

(Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono
Sonhando com as coisas que poderíamos ser
Mas, querida, eu tenho, eu tenho rezado muito
Eu disse: Chega de contar dólares
Nós vamos contar estrelas
Sim, nós vamos contar estrelas)

Counting stars - OneRebuplic

P.O.V Dylan Moore
(Point of view)

Vê-la ir embora chorando, doeu, como nunca antes, e eu sabia que parte das lágrimas eram direcionadas a mim.

Eu não dormi naquela noite.

Emma ecoava em meus pensamentos, era como se estivesse viciado nela, como quando viciamos naquelas musiquinhas que damos graças a Deus quando se quer conseguimos esquecer.

Mas eu não queria esquecê-la.

Os olhos dela me facinam, eu nunca vi nada parecido, e isso é surpreendente, considerando o fato de que já saí com muitas mulheres em minha vida.

Quando amanheceu, eu decidi ir ao café da esquina, no caminho, fumei cerca de três cigarros, o que significava que eu estava nervoso, e eu sabia exatamente o motivo.

Ele irá atrás dela, assim como de todos que eu já ousei me aproximar.

Mas dessa vez, eu não posso deixar, eu não vou permitir que algo aconteça á Emma, nem que pra isso eu precise tomar medidas drásticas.

Ao chegar no café, estava vazio, me sentei no mesmo lugar de costume, e observei as ruas da janela que se encontrava ao meu lado. Neve começava a cair, o que era um tanto estranho, pois não aparentava estar tão frio lá fora.

A garçonete trouxe meu café, extra forte, já que não tinha dormido nada na noite passada, desviei meus olhos da janela por um milésimo de segundo, apenas para agradecer, quando tornei a olhar, estremeci por completo, ele estava alí, sorrindo como se estivesse em um parque de diversões, que nesse caso, era minha vida.

Observei-o por alguns minutos, algo estava muito estranho, ele estava planejando algo, e com toda certeza não era nada bom.

Ele se virou, e eu entrei em choque ao ver a faca em seu punho, processei a informação por alguns segundos, ele estava indo ao lado oposto do costume. O lado da casa de Emma.

Eu já não respondia por mim, foi como se tudo a minha volta estivesse em camera lenta, parecia que estava em uma corrida contra o tempo, e de certa forma, eu estava.

Corri dali sem ao menos tocar no café, nem ao menos me importei em esbarrar em alguns estudantes na porta do café, só tinha uma coisa em meus pensamentos, ele não poderia até ela, eu não vou permitir, nem agora, nem nunca, nem que para isso eu tenha que pagar com minha vida.

A

cada passo, o medo me consumia.

"- E se eu não chegar a tempo?" Era a única coisa que se passava na minha cabeça até o momento, eu não poderia perder ela, não assim, eu não posso deixar.

Assim que cheguei em frente a sua casa, suspirei em alivio ao ver ela dançando e cantando pela janela do segundo andar, por um momento esqueci do que realmente vim fazer, e a admirei durante alguns instantes, até que a mesma sumiu da janela, suponha que tenha descido para o primeiro andar.

Sorri ao lembrar da cena que aconcia a pouco.

Ao me virar, meu sorriso morreu, senti sua respiração em meu rosto, eu estava apavorado, mas não iria demonstrar, não agora.

Ele sorriu, e olhou atrás de mim, antes de conseguir me virar, senti braços me segurarem, enquanto eu tentava me livrar dos dois, fui arrastado para um lugar afastado, onde nunca tinha ido, não consegui ver o que estava a nossa volta, assim que um soco atingiu meu estômago, perdi o ar instantaneamente, enquanto tentava me recuperar, mais socos e chutes eram distribuídos por todo meu corpo. Eu estava caído, sangue escorria em meu rosto, estava cuspindo sangue, o sabor de ferro invadiu minha boca. Os dois que antes estavam me segurando, me levantaram do chão, e com dificuldade, vi seu semblante sério, cuspi sangue eu seu rosto. Seu olhar agora era de ouro ódio.

- Me mata, mas deixa ela em paz. - falei com dificuldade, e ele riu, como se eu tivesse contado uma piada, segurou em meu rosto, e olhou dentro dos meus olhos. Ódio. Era isso que ele estava sentindo, era perceptível, e ele não ia deixar barato.

- Acha mesmo que manda em mim, Dylan? - há tempos eu não ouvia sua voz, rouca, como se não falasse a tempos, sem que eu me desse conta do que viria a acontecer, senti uma dor aguda, ele me esfaqueou.

- Acho bom você não me desafiar de novo, pois não vou ter piedade. - ele disse sorrindo, enquanto limpava a faca em minha camiseta, eu ainda estava pasmo, a dor agora já se tornava insuportável, vi ele fazendo sinal para os dois que me seguravam, e eles me largaram, após um tempo, só eu estava ali. Gastei as últimas energias que eu tinha, indo até a casa de Emma, assim que consegui chegar a sua porta, eu batia descontroladamente, a música ainda estava alta, e meu medo de que ela não me escutasse era grande, minha visão já estava ficando turva, e assim que ela abriu a porta, não entendi o que ela disse, apenas apaguei.

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Obrigada pelos votos e comentários ♥️
E sobre o atraso, desculpem, é que eu fiquei muito atarefada semana passada, e não consegui fazer a continuação do ponto de vista do Dylan.
Não desistam de mim ♥️😂

Sad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora