oн. мeυ. deυѕ!

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Diante de uma
confusão, eu ainda
posso sentir o toque
do seu coração.
Me de uma garantia
que eu lhe darei
meu coração.
—Lady Priestly.

──────⊱◈◈◈⊰────── 

—Bom dia, dorminhoca!—Diz Ariana. Ela prepara algo na cozinha, se virando como pode.—Caramba, mas que olhos inchados.

—Ah, sim.—Digo, com uma mão sobre o cabelo inteiramente desgranhado. Então para ajudá-la, peguei do armário a louça, pondo sobre a mesa o que usariamos para comer.—É o cansaço, apenas.

—Cansaço? O que faz além de fotografar?—Ariana nunca perdia uma oportunidade de me dar uma alfinetada, principalmente pela manhã.  Eu acabei desistindo da minha faculdade, não porque eu não podia mais e sim porque eu realmente não queria mais.

Ela piscou para mim e então colocou o que preparou sobre a mesa. Eu realmente não tenho nenhum argumento. Sou uma ex-universitária, vinda de uma família de classe média, o aluguel do meu apartamente e de Ariana quem ajuda a pagar é o meu pai e eu tiro fotos para poder manter a casa junto de Ariana. Já Ariana é perfeita, está no seu último ano da faculdade, tem uma poupança relativamente alta, vinda diretamente dos seus esforços, trabalha e ainda estuda para tirar notas excelentes.

Nós duas sentamos sobre as cadeiras, Ariana esperava algo dito por mim, mas então eu me servi de café e fiz o que ela tanto me pede com seus olhos, para ter mais uma vez um diálogo cansativo entre nós.

—Você poderia simplesmente fingir que somos duas universitárias e que nós estamos sempre em festas nas repúblicas dos caras?—Sugiro. Ela apenas nega com a sua cabeça, em sinal de repreensão, porque tenho uma amiga tão certinha?

—Poxa, Demetria. Tu tens tudo pela frente, mas acabou desistindo por preguiça?—Disse, poxa. Preguiça?—Sabe que o teu pai ficaria desapontado.—Realmente, mas ele não precisa saber.

—É, eu sei.—Digo já emburrada, eu tenho algo dentro de mim que infelizmente é extremamente orgulhoso e não aceita algo vindo como uma crítica.

Eu admito que ela tem toda a razão, internamente, mas admito. Fotografar é legal, eu gosto, mas eu não tenho uma freguesia alta, não vou me manter a vida inteira com a foto e já basta o fardo do meu pai ter que me ajudar com o aluguel, justo depois o papo de que eu queria ser independente e viver dos meus esforços.

Ela me olhou com seus olhos abençoados, tão angelicais impossíveis! Com seu sorriso confortante, pegou-me a mão e continuou a prosseguir.

—Olha, eu não quero que se sinta sobrecarregada. Você não sou eu e eu não sou você, portanto, faça o que bem entender da sua vida, mas tenha certeza de cada passo.—Sorri sem mostrar os meus dentes, ela fala como a minha mãe as vezes.

—Eu agradeço. Prometo tomar um rumo na vida.—Daquele jeitinho meigo, um largo sorriso se alastrou em seu rosto, deixando as covinhas nas suas bochechas a mostra. Ela é tão linda!

—Eu vou indo então.—Ariana falou, pegando a sua bolsa que estava sobre a guarda da cadeira.

—Mas já? Você nem comeu direito.—Vejo ela levantar, se preparando para explicar pela milésima vez, mas eu poupei o seu tempo.—Vida de universitários é assim.—Repito o que constantemente ela diz.

—Acho que podemos pedir uma pizza mais tarde.—Sugeriu.—Tô sem saco para cozinhar.—Ela se aproximou e beijou minha testa.—Até mais.

—Até. Qualquer coisa liga ou manda uma mensagem.—Então ela joga um beijo e vai embora. Ariana literalmente é a minha mãe, mas só que viva e jovem.

A manhã passou muito rápido, já é uma hora e trinta minutos. Estou aqui, ainda de pijama, forçando as minhas visitas por não estar usando o meu óculos de grau e sentindo uma tremenda dor de cabeça. O sofá é extremamente confortável, eu gosto de ficar aqui, comendo uma porcaria industrializada enquanto edito algumas fotos no Photoshop, fica artificial, mas os clientes gostam.

Quando vou conferir os meus e-mails, como sempre, me deparo com uma penca de spans e algo que me chama a atenção pelo título.

Acho que pode te interessar...

O que poderia me interessar? Enfim, poderia ser mais um spam, mas leio ali o nome do respetivo e-mail:

N.Jrenaissance@artglobalized.com

N.J em maiúsculo, só me faz pensar em uma pessoa. Não crio expectativa, mesmo que imaginasse quem seria, tanto é que fechei o meu notebook e prestei mais atenção no que eu comia, que já está frio.

Diante de um conflito interno, decidindo abrir ou não abrir. Poderia ser algum árabe que teria traduzido uma frase qualquer para por como título ou a oportunidade da minha vida... É mais válida a parte onde o árabe traduz a frase.

Então eu o abri, esperei ele ligar para que eu possa então digitar a minha senha e por fim a tela mostrar o meu correio, mas quando levei a seta em cima do email, meu celular vibrou. O visor mostrar o nome de Ariana, então a atendi, com medo que possa ter ocorrido alguma coisa com a minha amiga, raramente me liga.

—Oi, está tudo bem?—Pergunto de imediato.

—Está sim.—Ouço a voz dela ofegante e também o ruído dos carros atrás.—Acho que em breve chegarei, quer alguma coisa do mercado?

—Não quero nada, mas obrigada.—Digo.

—Já almoçou alguma coisa saudável?—Ela me perguntou, então olho para o meu prato com yakisoba, que provavelmente está vencido e lhe respondo.

—Claro! Só há comida integral no meu prato.

—Se eu não te conhecesse tão bem, acreditaria.—Então porque você perguntou, Ariana?

—Ok então, era só isso?—Pergunto.

—Sim, até logo.

—Beijos.—Ela desliga.

Então novamente eu me pego olhando para a caixa de correio e me sinto extremamente ansiosa. Caramba! Qual o motivo de tanta idiotice da minha parte? Não é nenhum monstro de sete cabeças.

Clico duas vezes sobre a mensagem e então a mesma carrega, aproximo as letras, já que meu óculos não está aqui.

  Boa tarde, Demetria.

  Acredito que deva lembrar-te de mim. Você não pode imaginar o tamanho do meu constrangimento referente a noite anterior. Aquele senhor não deveria ter insultado a senhorita de tal maneira.

  Diante a alguns contatos, consegui localizar um meio de te convidar para um jantar, como uma forma de me desculpar com o seu constrangimento e também para que possamos nos conhecer melhor. Talvez até mesmo retratar de onde paramos a obra da mulher desiludida.

  Agradeço por seu tempo.

—Nicholas Jonas.

Oh. Meu. Deus!

Notas:
Capítulo pequeno de novo pq n vi sinal de vida de poc nenhuma.
Até a próxima.

𝐒 𝐔 𝐁 𝐌 𝐈 𝐒 𝐒 𝐀  -Versão NemiOnde histórias criam vida. Descubra agora