ᴘ ᴀ ᴛ ʀ íᴄ ɪ ᴏ

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É tão ridículo quando
Vejo ele caído por mim,
Mas tudo isso 

muda quando nos
Tornamos refém do
sentimento. 
—Lady Priestly.

──────⊱◈◈◈⊰──────

Eu havia recentemente saído de um ensaio, nada tão grandioso...apenas mais uma garota completando seus quinze anos de idade. Pago Photoshop praticamente para essas meninas espinhosas.

Desmonto o meu equipamento e peço  para que JP leve até o meu apartamento, que Ariana o receberia. Então eu fui embora do meu estúdio...quis dizer, estúdio de uma amiga.

Essa era mais uma das minhas metas para esse ano, arranjar um dinheiro para que eu possa ter o meu próprio espaço. Eu tenho um equipamento de segunda mão, mas serve, preciso  mesmo é de um estúdio com muita luz.

Assim que sai do prédio, caminho em direção à uma confeitaria não muito longe daqui. No céu tem nuvens carregadas e extremamente cinzas, à previsão marca um grande temporal para essa tarde e eu só tenho cartão de crédito, não conseguiria pagar o taxi.

Pensei em ir até o banco, mas prefiro evitar a chuva e de brinde uma pneumonia. Como estou com fome, vou até a confeitaria, assim que entro sinto o calor do local, que cheira também a cobertura de chocolate.

Sento e logo sou atendida, peço uma fatia de bolo acompanhado com chocolate quente. Enquanto espero, folheio o jornal que trouxe debaixo do braço, lendo as notícias do dia.

Na primeira página, o que me chamou a atenção, diz "O casamento do ano!" Incrível como jornalistas gostam de ser amadores...
"A atriz Luice Jonas está prestes a casar com o jovem britânico Tom Beals".

Logo após ter lido a manchete completa na página indicada, pude confirmar que é a irmã de Nicholas. Pelo jornal mostra o seu enorme sorriso junto de seu noivo, um lindo casal!

Eu daria o máximo de mim para que essas fotos fiquem perfeitas! Eu vejo isso como uma porta para o reconhecimento. Eu não fotografo mal, pelo contrário...meu portfólio é perfeito!

Sou tirada dos meus pensamentos com o sino da porta que acabara de tocar, olho em direção e vejo Patrício entrar pela porta, todo atrapalhado com o seu guarda-chuva. Patrício sorriu e caminhou em minha direção, assim que largou o seu guarda-chuva em  seu devido lugar, veio com aquele sorriso de surpresa, o mesmo da vez em que eu voltei para Seattle.

Patrício é o meu amigo que enriqueceu do empreedorismo dos pais, eles possuem uma linha de açougue pelo estado, que por sinal vai de bem a melhor.

—Oi, Demetria.—Patrício sentou, ajeitando o óculos e pondo seu celular sobre a mesa.—Que coincidência te encontrar aqui.

—Coincidência? —Digo deixando o jornal sobre a mesa.—Por que?—Olho para ele, aguardando uma resposta.

—Eu queria te convidar para um jantar beneficente... será leiloado uma guitarra do David Gilmour, fiquei até de te ligar.—Ele disse. Eu me senti constrangida pelo convite, eu e Patrício nem somos tão íntimos assim, quero dizer...um dia fomos. Ultimamente ando recebendo muitos convites... Só o que me falta vir Slash e me convidar para escalar o Monte Everest.

—Olha, eu adoraria ir mas...—Eu fui interrompida por ele.

—Por favor, só aceito sim como resposta. —suspiro frustada, eu não gosto dessas coisas importantes, não gosto de ter que ser sempre a gentil e sorridente Demetria. Ele percebeu que me senti um tanto incomodada, pois ficou vermelho rapidamente.—Desculpa pelo convite inesperado, mas é que eu gostaria de levar alguém legal comigo.— Ou melhor dizendo; alguém para ser o seu troféu. Patrício arrumou o seu óculos, então abaixou a cabeça, me fazendo revirar os olhos, ele ficou constrangido.

Garotos como o Patrício, não podemos falar com franqueza que se ofendem e não podemos falar com muita suavidade que pensam em segundas intenções. Assim me complica! O ego dele é fragilizado de mais!

—Ok, eu vou. — retiro o meu oculos e passo a mão sobre o rosto, mas que saco! Logo coloco as mãos sobre a mesa e ele me olha rapidamente, deixando transparecer um enorme sorriso.

—Muito obrigada, Demetria. Eu não sei nem como agradecer...Eu...nossa!—Reviro os olhos sem que ele perceba.

—Não precisa agradecer, só começa do ponto de chegada ao ponto de partida.—Digo com franqueza, ele me olhou vacilando, eu conheço garotos como o Patrício. Ele realmente é um tonto fodido, mas de ingênuo ele não tem nada.

—Eu precisava da sua ajuda...—Patrício falou sem jeito.

—Bom, isso estou vendo.—Digo a ele, que logo prossegue.

—Preciso que se passe por minha namorada, só por hoje. —Ele disse normalmente, como se fosse algo comum a se propôr.

—Como?—imediatamente pergunto. Mas o que esse homem tem na cabeça?

—Que seja a minha namorada, só por hoje.

—Tá, isso eu entendi. Mas o que você tem na cabeça? —franzi o cenho. —Isso é maluquice e falta de amor próprio, porque olha...—Eu dizia tudo muito rápido, isso não fazia sentido. Patrício me interrompe e então passa a falar:

—Dem, 100 dólares por hora.—Patrício foi direto ao ponto e acabou por perder  o senso de vez! Mas o que importa se eu serei bem recompensada? Ok, ambos perdemos a razão, mas hoje em dia recusar dinheiro é para quem realmente não tem senso.

—Isso é extremamente ridículo!—Deixei claro, agora falando com tranquilidade.

—Eu sei, eu sei.—Ele falou.

—Mas eu aceito. Não por ser uma picareta, mas porque estou precisando.—como eu disse, uma das minhas metas é conseguir o meu estúdio e quem sabe conseguir comprar os meus equipamentos novinhos em folha.

—Ok, é...Dem, você sabe que pode contar comigo, eu te ajudo no que precisar.—Sorri com ironia. Então com desdem eu lhe respondo:

—Para ser a sua "Refém"? Nem fodendo.—Eu sinto que preciso ser dura com Patrício, não pelas mágoas do passado, mas porque se não ele se "escala" por cima de você, ele acha que com o dinheiro dos pais dele, pode comprar a vida das pessoas. —Patrício arrumou a sua cadeira e então pigarreou, pôs as mãos sobre a mesa, assim como eu e mudou de assunto.

—Eu preciso de uma namorada sorridente, ousada, que me de beijos e ande de mão dada comigo.—Reviro os olhos e seguro a cabeça  com as duas mãos. Aí Patrício! Você e ridículo, mas estou precisando do dinheiro.

—Ok, a quem temos que impressionar?—Eu pergunto.

—Aos meus pais e a minha ex-namorada que está prestes a se casar.—A pronto! Patrício sempre tão espertinho! 

—Tá, ok.—Digo sem pensar, porque se o fizesse, desistiria na hora! Eu nunca fui interesseira, gosto da vida que levo, mas preciso de dinheiro para os meus futuros projetos.

Eu e Patrício já tivemos uma relação, foi a muito tempo! Ainda eramos bem jovens. Eu fui a primeira mulher dele, eu tirei a inocência de Patrício e eu gostava dele, mas dizem que homem demora mais para amadurecer.

Patrício nunca foi o poço de responsabilidade e depois que descobriu o sabor do desejo, não quis mais parar. Eu fui traída por esse idiota, não foi uma e nem duas vezes, mas como uma jovem normal, que tenha saúde mental , eu simplesmente desisti desse relacionamento e segui a minha vida.

N/T:

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⏰ Última atualização: Oct 15, 2019 ⏰

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