Insano- Entre o Amor e a Loucura. *Série Amores Tatuados*- Livro 2

capítulo 15

*Doutora ON*

Não acredito que estou chorando. Limpo meu rosto rápido, mas ele segura minha mão.
- Porque está chorando? Eu machuquei você?- Me levanto pegando as roupas no sofá, mas ele me puxa para o seu colo. Suspiro quando ele segura meu rosto me fazendo encara-lo. E me perco nesse azul límpido.

-...Não vou solta-la se você não me dizer o que aconteceu...porque você chorou?- Abaixo o olhar, mas ele mantém meu queixo erguido. Eu sei que ele é teimoso e não vai desistir de querer saber.

- Não é nada de mais, tá legal! Eu...eu só, aff como dizer isso sem inflamar o seu ego?- Suspiro e ele rir. Lhe dou um tapa no peito, mas ele pega minha mão e beija.

- Se tem haver com meu ego, então não lhe machuquei...mas quero saber mesmo assim...- Ignoro o seu pedido e faço impulso para sair do seu colo, mas ele me trava.

- Ok. Eu...eu nunca havia agido tão perigosamente, nunca havia pensado só em mim, e no que eu realmente queria, sempre fiz a vontade dos outros para vê-los felizes, mas hoje me entreguei não porque você me atacou...

-Ataquei!?- ele rir, eu mordo sua mão o fazendo gemer.

-...Deixe eu terminar já que comecei...bom...fiz porque eu quis, fiz porque a vida é minha e acabou! Pelo menos uma vez não faz mal a ninguém, por mais que eu sabia que não deveria ter feito. Agora é tarde para lamentar...agora me solta!- Empurro seu peito para me afastar, mas ele não deixa.

-...Gosto de ter feito parte disso, desse seu empoderamento, porque não pensou assim antes? Poderíamos estar aproveitando a um bom tempo.- Mais que safado! Empurro ele que me solta rindo.

- Safado! Saiba que...não vai se repetir, como disse é só por essa noite.- Ando para o banheiro e o ouço assobiar.

- É o que vamos ver...continua rebolando essa bunda para mim que te fodo no banheiro.- Bato a porta e tranco. Respiro fundo me recostando nela. Pai amado! O que foi aquilo!? Não chorei só pela aquilo, mas pelas emoções de satisfação e puro prazer que me invadiam como uma avalanche. Confesso que estou com medo. Ele me fez sentir coisas que nenhum homem até hoje me fez sentir. Como isso é possível? Uma única foda? Esquece! Foco Gessica...você matou sua vontade, amanhã vai olhar para ele e não sentir nada, nem vai lembrar. Ahh Deus quem eu estou tentando enganar?

- Gessica burra! Burra!- Me encaro no espelho maquiagem borrada, mais vermelha que um camarão cozido. Foco nos meus lábios inchados, aliso eles e lembrar a forma como ele me beijou me faz sorrir. Não!

-...Para de rir sua idiota! Aquele pedaço enorme de mal caminho vai foder com sua vida e nem todas formas serão boas... então chega de fogo, você é forte e vai vencer seus impulsos. É isso.

Termino de me ajeitar e saio do banheiro com a maior cara de paisagem. Ele está sentando no sofá e me encara com um sorriso sinico. Me sento em minha cadeira, mas encarar ele e o sofá me faz lembrar de tudo e com detalhes. Balanço a cabeça e o ouço rir alto.
- Qual é graça? Também quero rir.- O encaro séria, ele apenas finge passar um zíper na boca.

- Ótimo, por hoje é só...digo, aff não teve consulta nenhuma e...

- Na verdade teve sim, a doutora consultou muito bem meu corpo inteiro, e ai doutora qual é seu diagnóstico?- Pego uma caneta e arremesso nele que agarra ela. Argh! Esse ordinário está de zoação.