Eu o amava

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31 de dezembro 
23:58 da noite

-Ei Troian! - Minha melhor amiga, Josie, me chamara. -O relógio já vai bater meia noite.

-Ah, é. - Digo e em seguida bebo um gole de meu copo d'água.

-Qual vai ser a sua promessa esse ano? - Ela me olha, esperando alguma resposta.

-Não é bem uma promessa. É mais um desejo. - Meus olhos focavam um lugar bem longe dali.

-Ah sim. Então, qual é o seu desejo?

Olho para Josie antes de voltar a encarar o nada.

-Bem... Eu quero ser feliz... Eu quero viver bem, sabe... - Olho no fundo dos seus olhos azuis que me encaravam com atenção. -Eu quero viver!

Meus pensamentos foram interrompidos por gritos da contagem regressiva.

"5. 4. 3. 2. 1. FELIZ ANO NOVO!"

-Feliz ano novo, Josie! - Sorrio.

-Feliz ano novo, Troian! - Ela também sorria. -Acho que alguém gostou de você... - Ela aponta para um cara alto que me olhava atentamente.

Ele sorri para mim e eu sorrio de volta.

-Vá falar com ele. - Ela me empurra de leve.

-O quê? Não mesmo!

-Vá! Eu a conheço, Troian. Sei muito bem que você quer.

Ela me conhece tão bem.

-Ok, ok - Levanto e vou em direção ao homem que me olhava.

-Olá - Ele me diz.

-Oi - Digo tímida.

-Como se chama?

-Troian. E ti?

-Brandon.

-Belo nome - fixo os olhos no chão, tentando manter um sorriso que não mostrasse o quanto eu estava nervosa.

-Belo sorriso. - Ele diz e eu sinto meu rosto arder. Sabia que estava tão vermelha quanto um tomate.

. . .

Brandon era ótimo! Gentil, carinhoso, cavalheiro... Tudo o que uma mulher poderia querer. Bem, era o que eu achava que ele fosse.

-Me dê uma cerveja. - Brandon me ordena.

-Levante e pegue! - Grito.

Ele cerra os punhos e se aproxima de mim.

-Você não quer que eu machuque o seu rostinho lindo. Quer? - Ele diz em um tom agressivo.

Levanto do sofá e vou em direção à cozinha. Quando passo em sua frente ele bate em minha bunda. O olho com desdém e ele ri.

Eu me sinto inferior a ele. Sou completamente submirssa. Ele manda, eu faço! Eu até já tentei acabar com tudo isso, mas algo em mim não deixava. Eu o amava! E me sentia tola por isso. Amar alguém assim significava não ter respeito por mim mesma. Significava não ter autoestima e amor próprio. É claro que eu sabia disso! Mas eu preferia continuar sendo uma tola.

Talvez fosse o destino. Talvez eu esteja destinada a permanecer ao lado dele. Destinada a ser uma vadia!

Se meu pai estivesse vivo ele não se orgulharia de mim, assim como minha mãe não se orgulha. Não a culpo, eu dou motivos para tal. Se eu a tivesse ouvido apenas uma vez tudo teria sido diferente...

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