5°Capítulo

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Resolvi esperar Isabella aqui em baixo, pois, ela estava demorando demais.
Falei para ela descer quando terminasse, e bem já fazem uns 30 minutos, comecei a pensar que ela estivesse morta dentro daquele banheiro.
Escutei um barulho na escada, era ela. Isabella trajava uma calça branca e uma blusa de manga branca também, o cabelo em um coque.
Estava fazendo muito calor e ela me aparece com uma blusa de manga e calça. Ela realmente tentava se esconder ao máximo, mostrando o mínimo de pele possível.
Revirei os olhos.

- Por Deus! Quando eu estiver com tempo iremos comprar roupas novas para você. Acha que está onde? Em um convento de freiras? - perguntei a ela.

- Não. - disse ela rude me olhando nos olhos, não evitei sorrir. Me aproximei dela a encostando na parede.

- Isso foi rude, doce. Fale assim comigo novamente que irei te castigar, querida. - disse cheirando o seu pescoço, fazendo o meu nariz roçar na sua pele macia, ela se arrepiou, fechou os olhos e virou o rosto, ela estava simplesmente nervosa com a minha aproximação.
Sai de perto da garota, se não iria fazer besteira. - Bom, imagino que esteja com fome. Fiz um lanche. Sei que está na hora do almoço, mas não tem nada aqui para fazer um descente, terei que fazer compras. - disse a olhando, ela assentiu.

- Hum... Mestre? - perguntou ela me olhando, esperando a minha permissão para falar.

- Sim?

- O senhor que cozinha? - perguntou ela olhando para baixo e mordendo os lábios vermelhos.

- Sim. - digo dando de ombros.

- Por que não as empregadas? - perguntou ela com curiosidade.

- Gosto de cozinhar desde muito pequeno, então prefiro eu mesmo fazer minhas refeições e agora as suas também. - disse a ela, ela estava corada e apreensiva com alguma coisa, como se quisesse perguntar algo. - Mais alguma coisa? - pergunto a ela, tentando a fazer falar.

- Posso pedir algo ao Senhor? - perguntou ela me olhando nos olhos e depois desviando.

- Peça. - disse a ela, que estava passando as mãos pela calça nervosa.

- É... O senhor poderia me ensinar a cozinhar? - perguntou ela como um pimentão.

- Olhe nos meus olhos. - ordenei, ela discretamente encontrou o meu olhar. - Agora peça novamente.

- O senhor poderia me ensinar a cozinhar? - perguntou ela me encarando.

- Sim, posso. Na real, eu já iria ter que te ensinar mesmo, porque toda submissa tem que aprender a cozinhar para o seu dono. - disse, ela me olhou triste. - Bom, depois vejamos isso. - disse a ela. - Vá comer! Quando terminar vamos ao shopping comprar roupas e outras coisas para você. - disse a olhando esperando a sua confirmação, na verdade, eu não precisava de uma, mas gostava de ver ela me chamando de mestre.

- Sim, mestre. - disse ela sem saber o que fazer.

Ela não conhecia a casa, até porque eu a deixava trancada o dia inteiro, então provavelmente ela não sabe onde é a cozinha.

Peguei um sino e toquei.

Rose chegou na mesma hora.

- Rose, leve a Isabella até a cozinha. Tem um sanduíche em cima do balcão, espere a garota comer e a leve para o quarto, pegue uma roupa fresca que ela não morra de calor como ela está agora. Ok? - disse a Rose detalhando tudo o que era para fazer, ela assentiu.

- Como quiser, senhor. - disse ela sorrindo.

Fui até Rose e lhe distribui um beijo em sua testa. Logo subindo para me arrumar também.

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Isabella narrando

Ele falava com a Rose sobre mim como se eu não estivesse presente, reparei também que ele tinha um carinho enorme por ela.
O Ettore me assusta com algumas das suas aproximações repentinas.

Eu não tinha saída, era aceitar que meu pai me vendeu e que estou sendo treinada para ser uma Submissa. Odeio o Ettore.

- A senhorita deve estar se perguntando como um homem arrogante e egocêntrico, tem um carinho desse por uma empregada. - disse a mulher sorrindo, assenti. Na verdade, fiquei surpresa com o ato do Ettore.

- Bom, minha jovem, o meu menino não é tão ruim quanto você pensa. Ele é só do jeito que é, às vezes ele pode ser frio, mas é o jeito dele, acredite, eu o conheço desde muito pequeno, tenho ele como um filho para mim. O jeito que ele é, é consequência do seu passado. - disse ela me olhando.

- Mais e a mãe dele? - perguntei curiosa, já que tinha percebido que aqui era só eu, ele e alguns empregados.

- Sobre isso, só cabe a ele contar ou não. - ela sorriu simpática, retribuo. - Agora coma minha filha, não vamos deixa-ló esperando. - disse ela me entregando um prato com o sanduíche. Rose tem um tom maternal que acredito que seja pela idade mais velha. Aquela senhora era a melhor pessoa que eu havia conhecido até ali.

O sanduíche estava realmente ótimo, meu estômago estava rocando, mas o sanduíche que Ettore fez me deixou completamente satisfeita.

Rose me levou para o quarto e já tinha uma roupa separada em cima da cama, era uma blusa branca tomará que caia e um Short curto cinza.
Eu sabia que tinha sido Ettore que havia separado essa roupa, talvez seja uma boa ideia usar roupas frescas já que desde quando cheguei, evitei mostrar o meu corpo.
Estava morrendo de calor com aquela calça. Rose mandou eu tomar um banho e me arrumar rápido, porque Ettore já tinha lhe pedido para me apressar.

Sai do banheiro. Rose ainda estava lá, mas estava ocupada demais arrumando meu guarda-roupa. Então eu me vesti rapidamente. Resolvi deixar meus cabelos soltos, eu sempre fui acostumada com ele solto mais que amarrado.

- Rose, terminei. - disse, ela parou de arrumar o guarda-roupa e balançou a cabeça.

- Está linda, minha menina! - disse ela fechando o guarda-roupa, corei.

- Obrigada! - agradeci a ela encarando o chão.

- Vamos! Senhor Ettore está te esperando. - disse ela abrindo a porta me dando passagem para sair.

Ettore estava sentado na poltrona bebendo algo.

- Aqui está senhor. - disse Rose se referindo a mim.

- Obrigado. - disse Ettore e Rose saiu.

- Bem melhor agora, assim você não morre de calor. - ele me analisou de cima a baixo parando em meu cabelo. - Venha até a mim. - mandou ainda me olhando. Exitei, pois, estava com medo. - Estou mandando, Isabella. - disse ele me olhando e levantando uma sobrancelha.

Fui até ele em passos lentos.

- Vira. - mandou, eu exitei, mas virei.
Senti a sua respiração próxima a minha orelha, me assustei quase me afastando, mas ele segurou em meus ombros.

Narração de Isabella off





Continua...

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