— Uma tal de Detetive Normani me ligou, disse que era amiga da Camila. — Iniciou Hernandez, enquanto sua filha se perdia em pensamentos.
— Hm.
— Bom, ela trabalha no Departamento, e eu não me lembro da Lauren ter mencionado o nome dela em nenhum momento. Precisamos ter cautela. —
— Sim.
— Pedimos para Camila não falar nada sobre a investigação, mas se ela compartilhou a informação com essa mulher, talvez ela seja de confiança. — Ponderou Jerry.
— É.
Enquanto conversavam, Allyson estava claramente preocupada e desatenta, alisando o dorso da mão com a cabeça baixa.
— Você tem certeza de que está bem? — Perguntou seu pai, percebendo a angústia da filha.
— Não se preocupe, pai. Estou bem. — respondeu Allyson, ainda com um semblante cabisbaixo.
Hernandez se aproximou e tocou seu queixo com carinho, incentivando-a a levantar o rosto.
— Quer me dizer alguma coisa?
Allyson desviou o olhar, relutante em compartilhar o que realmente tinha acontecido.
— Não. — Respondeu, tentando evitar o assunto.
— Eu estava esperando você me contar o que de fato aconteceu, mas estou agoniado demais para esperar. — Desabafou, demonstrando estar ansioso por respostas. — Como aconteceu essa picada? Porque não tem a menor possibilidade de eu acreditar que, do nada, entrou uma viúva negra aqui e te picou. — Questionou ele, cético.
Allyson desvencilhou o rosto das mãos do pai.
— Não comece com as suas teorias.
Jerry suspirou frustrado.
— Allyson, não tente me fazer de bobo. Estamos em uma região árida, quase sem nenhuma ocorrência de acidentes com aranhas. — Argumentou ele, preocupado com o que a filha poderia estar escondendo.
— Pai, não precisa fazer disso uma investigação jornalística. — Retrucou a mulher, irritada. — Já falei que estou bem e não quero mais falar sobre isso. — Nesse momento, ela não comentaria nada com o pai sobre o que tinha acontecido. Sabia que ele faria um escândalo e tentaria protegê-la, mas, nesse momento, ela não estava interessada em desviar o foco. Ela tinha sim ficado amedrontada, e a sensação de medo e a dor excruciante que sentiu lhe deixou em choque. Porém, estava mais concentrada em tentar se lembrar das palavras de Veronica e da história que ela contou sobre Alina. Tinha certeza de que a mulher tinha lhe falado mais coisas do que conseguia se lembrar. Por isso, precisava pensar sem desviar o foco para outras banalidades.
— Tudo bem, vou respeitar o seu espaço por enquanto, apenas por enquanto. — respondeu seu pai, com firmeza, deixando claro que o assunto não estava encerrado.
— E essa Normani. — Tentou desviar o assunto. — Quando estão planejando se encontrar?
— Ainda não sei. — Falou seu pai, incerto. — Primeiro quero conversar com a Camila para saber mais sobre essa mulher, e então depois marcamos um encontro.
Allyson assentiu, demonstrando compreensão.
— Qualquer novidade, você me fala. — Pediu ela, caminhando até a escrivaninha para pegar sua bolsa.
— Aonde você vai?
— Tenho coisas para fazer.
— Sim, como se deitar e descansar. Esqueceu que estava no hospital?
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Até Algum Dia...
Любовные романыComo eu resumiria a história da humanidade? Eu diria que, em todos esses anos de existência, o ser humano ainda não aprendeu a ser humano. "Até Algum Dia" é uma história envolvente que mergulha no mundo sombrio da corrupção e traição policial. Laur...