Charlotte e Benjamin

1.4K 250 13
                                    


Charlotte

Por um momento, entre a consciência e a inconsciência, achei que estivesse sonhando com beijos em meu pescoço e rosto, até que ouvi aquela voz que reconheceria em qualquer lugar.

— Bom dia, meu amor.

Senti as mãos de Benjamin descerem lentamente pelo meu colo, seus dedos ousados tocarem meus seios e descerem até a minha calcinha. Ali, ele tocou demoradamente em meu clitóris com o polegar, acendendo meu corpo e despertando-me de uma vez só.

— Bom dia, esposo tarado — murmurei em meio a uma risada, mas abrindo-me toda para ele. Benjamin tinha esse efeito sobre mim e sobre o meu corpo.

— Desculpe-me se sou tão apaixonado pela minha esposa que não consigo ficar ao lado dela sem tocá-la. — Ele segurou uma risada. — Se quiser, posso parar agora mesmo o que estava fazendo. — Ele ia tirar a mão de mim, mas, claro, não deixei.

— Nem pensar! — me virei para ele, colocando meu corpo sobre o seu. — Agora que começou, vai ter que terminar.

Ele riu e me puxou mais para cima dele. Senti sua ereção pressionar a minha barriga e, assim que seus dedos colocaram minha calcinha de lado, a posicionei em minha entrada e gememos juntos ao senti-lo penetrar a minha vagina. Me sentei sobre seus quadris e olhei em seus imensos olhos azuis, sentindo meu coração disparar feito um louco no peito.

Ainda era um tanto surreal acordar ao lado de Benjamin, sendo beijada e amada por ele. Mesmo depois de mais de sete anos ao seu lado, sendo tão feliz, eu ainda me perguntava se não estava apenas sonhando com um futuro impossível. Mas então, eu o sentia assim, dentro de mim, vivo e pulsante, sentia seu amor, sentia seus olhos sobre mim e sabia que era verdade. Aquela era a minha realidade.

Me movi em cima dele, sentindo seu pau tocar em todos os lugares que me enlouquecia. Em um impulso, ele se sentou na cama e me puxou com força sobre seus quadris, beijando minha boca, meu pescoço, dizendo em meu ouvido o quanto me amava e o quanto eu era dele. Bem, ele também sabia o quanto era meu.

Olhando em seus olhos, senti meu baixo ventre se contrair, aquele comichão gostoso passar pelo meu corpo, até que explodi em um orgasmo que me deixou fora de órbita por longos segundos, sentindo-o me acompanhar. Quando nos acalmamos, senti suas mãos sobre meu corpo, meu rosto e seus lábios sobre os meus.

Foi justamente neste momento que o nosso reloginho resolveu acordar. Pela babá-eletrônica, ouvimos o choramingo baixinho de Alice, nossa pequena de dois aninhos, que já dormia sozinha no quarto ao lado.

— Tão pontual como sempre — Ben sorriu entre os meus lábios.

— Pelo menos hoje ela não nos interrompeu em um momento importante... — ri junto com ele.

— Graças a Deus!

Nós nos levantamos e em meio a mais uma "discussão" sobre quem iria vê-la para o outro ir tomar banho, seguimos os dois para o quarto do nosso pacotinho de amor. Alice já estava em pé no berço, com uma carinha de sono. Manhosa, esticou os bracinhos, como se soubesse que iríamos disputar para pegá-la.

Benjamin foi mais rápido e a pegou no colo. Deu um beijo em sua bochecha e eu me estiquei para beijar o outro lado do seu rostinho. Ela sorriu alegremente para nós dois e, de repente, disse bem alto:

— Vamos montar a ávole de Natal!

Debatendo-se, ela saiu do colo de Benjamin e começou a correr pelo corredor.

— Mocinha, espera! Vamos tomar banho primeiro, tomar café da manhã, depois iremos montar a árvore — fui atrás dela, pegando-a no colo.

— Não, mamãe, vamos agola, puh favor — pediu em sua língua infantil, colocando as mãozinhas na frente do rostinho. — A Hannah, a Evie, o Tommy e o vovô estão me espelando pra montar a ávole!

O Natal da Família Andrigheto DomaschesckyOnde histórias criam vida. Descubra agora