III. Seguirei as estrelas

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ANTERIORMENTE EM BONS SAQUES PARA VOCÊ:

— Você tinha razão, Helena, ele cumpriu sua promessa. — Sorrio enquanto pego um casaco de couro. — Voltou para me buscar.

Helena me olha boquiaberta.

— Seu pai é um pirata? — gagueja.

— Não pude dizer, eles iriam me matar se soubessem, me desculpe. — Sorrio. — Ah, na verdade ele é o capitão!

Salto pela sacada e começo a correr pela cidade em chamas, de volta para casa

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Salto pela sacada e começo a correr pela cidade em chamas, de volta para casa.

O salto machucou um pouco a minha perna mas nem isso era capaz de acabar com a minha determinação, continuo correndo pelo jardim do palácio sem me importar em olhar para trás, sem me importar que minha morte poderá ser iminente quando eu puser os pés para fora daquele portão. Respiro fundo ainda junto ao portão de metal e então crio coragem e sigo em frente, ignorando os gritos da população, ignoro os corpos no chão, as pessoas feridas ou pedindo ajuda. Não posso decepcioná-lo, tenho que seguir em frente. Guardas passavam por mim como se eu fosse invisível e por um momento penso em James e se ele está a salvo, e se ele estiver ferido? Corro mais rápido para tentar afastar meus pensamentos.

Um pedaço de madeira desaba de uma casa e quase cai em cima de mim, caio no chão e fico lá até me recuperar do susto. Mais gritos e tiros, eles estão por toda parte. Consigo me levantar e um pirata está parado em minha frente, provavelmente olhando meus brincos. Recuo até uma parede empurrar meu corpo para frente. Ele era horrível, cheio de cicatrizes e não tinha um dos cinco dedos da mão direita. Tenho poucos segundos para pensar, vejo alguns barris de cerveja ao meu lado e os empurro com a perna em direção ao pirata. E então corro.

Queria dizer que fazemos parte de uma mesma família, entretanto pessoas devem dizer qualquer coisa para ficarem vivas, não creio que ele acreditaria em mim.

— Pai! — berro.

A fumaça faz meus olhos lagrimejarem, olho para baixo e vejo que minha perna está sangrando. Não me lembro do momento em que me machuquei, preciso continuar, ele não vai ficar para sempre.

— Katherine?— Uma voz masculina me chama.

Olho para trás e vejo James, com uma espada na mão pronto para agir. Ele não está com chapéu e seu uniforme está todo sujo de fuligem, seu peito movimenta-se rápido demais, indicando que ele está ofegante. Seu uniforme é igual ao do guarda que me resgatou quando tinha treze anos, porém, só ele me fez sentir segura.

— O que faz aqui? Não é seguro, venha vou lhe levar até o rei. — diz segurando meu antebraço.

Cravo meus pés no chão.

— Não posso! Tenho que encontrar o meu pai. — grito acima dos sons de tiro.

— Ele vai te achar, mas precisa estar a salvo para isso!

Bons saques para você (AMOSTRA)Onde histórias criam vida. Descubra agora