Meu coração batia tão rápido que cheguei a achar que infantaria, aconteceu tudo tão rápido que eu nem conseguia parar para pensar um pouco, eu só queria saber uma coisa, se meu pequeno príncipe estava bem. Foi tudo tão rápido, aconteceu tão derrepente que eu demorei um pouco para voltar aos meus sentidos e finalmente acordar o Baek e lhe dar a noticia de um modo que não o afetasse tanto quanto estava me afetando.
No fim minha tentativa foi falha, como eu lhe diria algo tão serio sem que se afetasse?
Já estava na sala de espera a um bom tempo, Baekhyun dormia encostado no meu ombro, Junmyeon aparecia e desaparecia pelos corredores, ele estava tão preocupado quanto eu. Sehun jazia sentado do meu lado, seus olhos vermelhos denunciavam sua angustia, e eu juro que quero dizer algo para lhe acalmar, mas como posso fazer isso se nem eu mesmo estou calmo?
As noticias ainda eram as mesmas desde que chegamos. Mi Ah não sofreu nenhum arranhão por estar presa na cadeirinha, o único a sofrer mais foi o meu pequeno príncipe, havia sido uma batida na frente do carro e o motorista foi o que mais sofreu danos, tudo que sabíamos era que; Meu príncipe estava em uma cirurgia e dependendo de seus resultados ele poderia sair paraplégico ou morto. E eu não sei o que é pior, sinceramente.
- A Min Ah, ela está na casa da sua mãe? - Passei minha mão pelo cabelo do garoto assustado ao meu lado, lhe fiz um carinho reconfortante, eu sei o quanto está sofrendo, Baekhyun desmaiou de tanto chorar e desde que chegamos ele está apagado. - Eu preciso levar o Baek para casa, mas não posso ir embora antes de saber como nosso Lu está.
- Ele é forte, ele vai ficar bem... - Eu vi nos olhos de Sehun esperança e ao mesmo tempo algo como desespero, lembro de como esse garoto corria atrás do Hannie, chegava a ser irritante e eu quase não deixei que namorasse com meu pequeno, mas como um pai descolado que sou e uns tapas básicos vindos do Baekhyun, lhe dei minha bênção. Eu só não sabia que eles fosse tão apressados e em um ano de namoro se casaram, bem prematuro, eu sei, meu coração quase parou quando soube dessa noticia. Bons tempos. - No que está pensando.
- Em como eu te odiava. - Sorri para o mais novo, ódio era um sentimento muito forte, eu nunca odiei o Sehun, eu só não gostava dele perto do meu filho. - Você era um garoto chato, insistente, irritante, stalker... - Fiz uma careta e pela primeira vez naquele fim de tarde vi o garoto sem expressão sorrir, senti como se minha missão no mundo estivesse cumprida. - Essa sua falta de expressão também me irritava e dava medo, ainda dá...
- Você gostava e ainda gosta de ler as expressões das pessoas, não é? - Ele dizia baixinho, eu quase mandei ele falar mais alto porque minha audição não era mais lá essas coisas, mas estamos em um hospital. - E como eu não tenho... Pare de me julgar! - Sinto muito, mas eu estava o julgando mesmo. - É de família, são todos assim e fique sabendo que o Lu se apaixonou por mim por causa disso, porque diz ele, que eu pareço um nerd metido a bad boy, e eu não sei se acho isso bom ou não...
- Sempre achei que o Hannie fosse meio louquinho... Agora tenho minha dúvida sanada. - Fechei os olhos balançando minha cabeça para cima e para baixo.
- E qual é? - Perguntou, curioso.
- Meu Hannie é louco. - Abri os olhos sorrindo, voltei a fazer carinho nos cabelos negros do meu genro e o vi respirar fundo. - Está com fome? - Ele balançou a cabeça negando e foi minha vez de suspirar. - O Baek vai acordar cheio de dor, mas se eu levar ele para casa, ele vai brigar comigo... Baixinho difícil... - Deixei um beijinho na testa do meu bebê que ainda dormia encostado no meu ombro.
- Porque não o senta no seu colo?
- Porque se ele acordar no meu colo... Quando esse baixinho acordar, meu coro vai ficar quente. - Fiz minha melhor cara de triste e o garoto ao meu lado sorriu compadecido a minha dor. - O que foi? Pare de rir da minha possível dor. O Baek nunca gostou de sentar no meu colo ou me beijar em locais onde tinha pessoas que pudessem nos julgar, ele sempre teve medo de que acontecesse alguma coisa ruim, e eu não tiro sua razão.
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Who Are You
Romance- Quem é você? Essa foi à frase que mais doeu ouvir em toda minha vida. Eu o tinha por perto, mas ao mesmo tempo tão distante... Eu poderia ser seu herói, cuidar de si, fazer de tudo para que ficasse saudável, feliz, vivo... Mas ele não sabia qu...