Alma Gêmea

136 25 463
                                    

"Podemos nos encontrar numa pizzaria hoje depois do seu trabalho? Preciso te contar umas novidades." Karoline me mandou esta mensagem pelo Whatsapp.

"Claro! Tem uma ótima aqui perto. Vou te mandar o endereço." Mandei o endereço para ela logo em seguida.

As horas passaram-se rapidamente e já estava na hora de me encontrar com ela. Passei no banheiro do meu trabalho  para colocar um batom. Sou enfermeira de um hospital particular da Itália.

"Já estou em frente a pizzaria te esperando." Karoline mandou.

"Estou indo." Enviei e saí do banheiro.

Quando saí do hospital, fui andando apressadamente em direção à pizzaria, vi o Rafaello na porta do estabelecimento e fiquei o olhando sem saber o que dizer porque estava completamente surpresa.

"Você  está linda!" Rafaello me disse quando se aproximou de mim.

"Obrigada. Eu preciso encontrar com a Karoline, ela disse que já estava aqui, preciso achá-la. Você marcou com alguém aqui?" Perguntei com um tom de curiosidade.

Ele me mostrou o celular da Karoline. "Com você. Usei o celular dela porque  fiquei com medo de você não aceitar sair comigo." Rafaello disse.

"Mas posso negar agora." Dei de ombros.

"Você irá?" Ele me entregou um lindo buquê de flores.

"Isso é um golpe muito baixo!" Me controlei para não sorrir.

"Você ainda não me respondeu." Rafaello disse.

"Já que você está aqui, vamos entrar sim." Sorri. Ele sorriu em resposta.

Entramos na pizzaria e escolhemos rodízio ao invés de comermos uma simples pizza.

"Então, o que você gostaria de conversar comigo? Não precisa se explicar pelo que houve na festa, você escolheu um caminho ruim, algo que eu não quero para mim e por isso não quero ficar com você." Disse com o coração partido, mas eu não me vejo ficando com um mafioso, embora me veja ficando com ele. Se ele deixasse de ser da máfia, eu ficaria com ele, mas acho que jamais ele faria isso por mim.

"Queria apenas a sua companhia. Jogar conversa fora. Eu sei que é difícil alguém aceitar o que eu sou, por isso nunca namorei."

"Se é só isso, tudo bem. Só espero que ninguém atire em mim aqui por eu estar com você." Disse.

Sei que não deveria ter falado isso, mas se ele acha que não sairemos da amizade porque não ficarei com ele por ele ser da mafia, por que ele não fica comigo e abandona a máfia? Ele não deve me amar.

Fiquei irritada e cometi a infantilidade de provocá-lo, mas a verdade é que ele mexe com o meu psicológico de uma forma única.

"Te defendo com as minhas armas e dou a minha vida pela sua, você não vai morrer."

"Você está armado?" Perguntei  com um tom de surpresa na voz.

"Uma Glock e uma 38. Essa faca aqui também pode ser uma arma em potencial." Ele sorriu e o sorriso dele me arrepiou toda. Senti medo. Me endireitei desconfortavelmente na cadeira.

Amores da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora