Capitulo 2

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João começa a se aproximar de mim.
Minha boca sela com a sua.

-Você tá maluco garoto?-empurro o mesmo.

-Para de se fazer de difícil, sei que você é uma vadia!

Não penso duas vezes e dou-lhe um tapa em seu rosto, o garoto, que antes estava determinado, agora está com o rabo entre as pernas.

-Se você falar isso mais uma vez eu quebro teus dentes, nunca, nunca mesmo me subestime. Sou capaz de muitas coisas!-digo e subo as escadas.

Entro no meu quarto e tranco a porta, vai que esse maluco tenta entrar aqui.
Até parece mesmo! Acha que tá podendo, eu sei muito bem o que eu quero e com certeza não é ele!
Penso tanto que acabo adormecendo.

(...)

Alguns meses depois:

Agora são 6:45, estou indo para a faculdade. Passo por uma favela, um morro bem colorido, parece muito interessante viver por ali.
Um cara que estava em cima de uma moto percebe que eu estava observando.

-Morro bonito não é dona?

-Sim-sorrio.

-Essa quebrada encanta qualquer um. Da uma visita em algum baile. Teremos um amanhã, ali na quadra, cola lá.

-Ah, queria muito ir, mas tenho que estudar para provas, estou indo pra faculdade.

-Ah entendi, quer uma carona? Chegamos lá bem rápido.

-Não devo aceitar caronas de estranhos-sorrio tímida.

-E eu por acaso sou estranho dona? Tamo batendo mó papo. Sobe aí logo mina, relaxa que eu sou de boa.

-Como é seu nome?

-Igor, mas pode me chamar de Grego, não gosto muito desse nome. Muito mauricinho.

-Ah entendi, o meu é Morgana, mas pode me chamar de Ana se quiser.

-Beleza Ana, sobe aí.

Subo na moto e ele me da um capacete.
Quando chegamos em frente a faculdade eu desço da moto.

-Obrigada pela carona.

-De nada Morgana, que horas sai?

-12:47, vai vir me buscar?-sorrio.

-Vou sim, quero te levar pra conhecer a quebrada lá. Se você se encantou, precisa conhecer mais.

-Uau, você é maravilhoso assim mesmo ou eu to sonhando?

-Como assim mina? Tá louca?

-Não, é que você é bonito, forte, cheiroso e ainda gosta de dar carona. Devo estar sonhando mesmo.

-Deve ser por isso que me nomearam de "príncipe do morro".

-Como assim?

-Sou o chefe do morro princesa. Mando em tudo lá.

-Ah entendi. Deixa eu ir "príncipe" to atrasada.

-Deixo sim, só me dá um abraço aqui.

-Ok-digo me aproximando.

Sinto vontade de beija-lo. O perfume dele me enfeitiça.
Sinto seu rosto perto do meu e não me contenho, planto um beijo demorado em seus lábios.

-Sabia que você não ia resistir.

-Engraçadinho, nem nos conhecemos direito. Me deixe ir.

-Espera, só deixa eu matar sua vontade.

Ele se aproxima e me beija. Aquele beijo que você chega perder o rumo e esquecer seu nome.
Me afasto e dou um sorriso torto.
Viro e ando em direção a faculdade. Esse Grego tem cheiro de encrenca... quero!

O príncipe do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora