-Iani, como você tá?- pergunta um homem alto, musculoso, de olhos castanhos e uma expressão aparentemente preocupada
Olho pro lado e vejo uma mulher de meia idade, dormindo no sofá minúsculo e meu coração se aperta sem ao menos saber o por que. o aparelho ao meu lado começa a apitar imediatamente quando o homem de olhos castanhos se aproxima ficando proximo ao meu rosto.
- não chega perto de mim!- ordeno enquanto os aparelhos apitavam e a mulher que estava dormindo acorda assustada vindo em minha direção,
- meu amor- ela fala com lágrimas nos olhos e meus aparelhos começam a fazer um barulho constante ficando normalizado e de alguma forma aquela mulher que não sei quem é me acalma - como você está querida ?- pergunta com a voz embargada
- eu vou chamar um médico -o homem fala saindo quando me ver assustada.
- quem é você?- pergunto com dificuldade, minha garganta arranhando, para a mulher que arregala os olhos, sua expressão de surpresa me faz imaginar que devia a conhecer mas eu nao consigo e quanto mais eu tento mais minha cabeça dói, sinto agora minha garganta ralha e eu acabo tossindo
- como assim quem sou? - se possível a mulher estava pior que antes agora suas lágrimas desciam sem parar me causando um aperto no coração.
Minha cabeça esta confusa e eu não faço ideia de onde estou, é tudo branco e tem uma merda de aparelho apitando em cada batimento meu.
- você não se lembra de mim?- pergunta quase que desesperada num sussurro , seu nervosismo me deixa nervosa.
Eu estou assustada, confusa e minha cabeça doí dando pontadas que me fazem fechar os olhos fortemente.
Meus aparelhos começaram a disparar novamente e um outro homem todo de branco, aparentemente com seus 40 anos, aparece correndo pra dentro do quarto em um rompante
- finalmente acordou!- falou dando um sorriso simples mas parou ao ver os aparelhos disparando- respira, não pode ficar nervosa- fala calmo mas é em vão, quando o homem de mais cedo volta, eu não lembro quem ele é, mas não me sinto bem perto dele por algum motivo que ainda nao consigo lembrar.
-quem são vocês? Quem sou eu?- pergunto e a última coisa que vejo é o médico desesperado chamando uma enfermeira antes de apagar.
