25 novembro, 2016.
— Oi. Está aqui faz tempo?
— Um pouco. — o garoto responde.
— O que está acontecendo?
— O que?
— Você querendo ver o Mingus... Me ver.
— Sinto que preciso pedir desculpas pessoalmente para vocês dois.
— Você não... Você não precisa. — sorri fraco. — Chandler, é compreensível.
— Eu fui um cretino, pequenez.
— "Pequenez" — ela sorriu. — Senti saudades de ouvir isso.
— Eu provavelmente vou me arrepender pela minha vida toda o que fiz com você, com sua família...
— Relaxa! Você estava assustado, com raiva...
— Nada justifica. Eu pagarei vocês de volta. Eu nem... Eu nem queria aquele dinheiro, eu só... Só queria vingança.
— Eu sei. Eu entendi isso.
— Pode me perdoar?
— Chan, fica tranquilo.
— Eu vou devolver o dinheiro para vocês.
— Você... Você poderia fazer outra coisa.
— O que?
— An... Desde o processo... — suspirou. — Perdemos muito dinheiro e as contas do hospital foram ficando cada vez mais alta...
— Eu pago. Eu pago o hospital.
— Você tem certeza?
— Não seria justo se não pagasse. Eu peguei o dinheiro... Eu... Enfim.
— Meus pais, especialmente minha mãe não pode sonhar com isso.
— Faço por anonimato.
— Ok. Obrigada. Realmente muito obrigada. — sorriu.
— Pequenez... Você pode dizer à ele que eu sinto muito?
— Eu aposto que ele também sente.
— Ele vai melhorar? Eu sei que... Que ele piorou.
— Ele já está estável novamente. — sorriu. — Só que... Não temos previsão de quando ele pode acordar ou se ele vai... Acordar.
— Oh, Callie. — ele abraçou a garota que começou chorar. — Ah, desculpe. — se afastou.
— Tudo bem. Tudo bem, Chan.
— Como você consegue ser tão legal comigo?
— Eu entendo sua dor.
— Entende? Como você consegue entender?
— Eu perdi o meu irmão também. Não literalmente, pelo menos não ainda. — suspirou. — Mas junto do acidente teve consequências... Minha mãe... Minha mãe não conversa mais comigo, meu pai evita estar presente em um cômodo onde eu estou... E eu não sei o que fiz... Eu não sei o que fiz pra eles.
— Todo esse tempo eu fiquei focado na minha dor e me esqueci da sua.
A loira permanece em silêncio.
— Eu devia ter protegido você... Eu devia ter te protegido ao invés de ter te atacado.
— Não é sua função me proteger.
— É. É sim!
— Que?
— Uma vez eu estava...
O menino foi interrompido pelo barulho do toque do celular da garota.
— Onde você está, Callie?
— Oi, mãe.
— Onde você está?
— Hm, estou com a Lauren.
— Venha pra casa, agora!
— Mãe eu vou..
— AGORA!
A mulher desligou o telefone na cara da menina.
— Preciso ir pra casa.
— Ok.
— Tchau, Chandler.
— Tchau..
VOCÊ ESTÁ LENDO
Memories ➸ Chandler Riggs [TERMINADA]
أدب الهواةAll these precious moments that we carved in stone Are only memories after all _______________ Leia também minhas outras obras: lights on / photograph / when the party's over mais histórias disponíveis no meu perfil. me encontre nas redes sociais:...