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14 novembro, 2016.

— Obrigado por vir.

— Preciso dizer... Estou me sentindo desconfortável.

— Eu também.

— O que queria falar que precisava ser pessoalmente?

— Callie... — suspirou. — Eu sou culpado.

— O que?

— Eu sou o culpado pelo acidente.

— Do que você está falando, Chandler?

— Mingus... Eu... Eu sabia que ele estava bêbado. Ele e todos os garotos. Eu deveria ter impedido... Ou deveria ter ido junto.

— Chandler não foi sua..

— Foi. Eu liguei para a minha mãe. Eu sou o culpado.

— Não! Não é.

— Se eu tivesse impedido o Mingus de ir embora naquele estado... Ambos estariam comigo.

— Oh, Chandler. — a menina se aproxima. — Você tem tido esse pensamento durante todo esse tempo?

— Minha mãe está morta, Callie.

— Eu sei. Eu sei disso, querido.

— O meu melhor amigo... O meu melhor amigo está em uma maca de hospital à mais de um ano.

— Ele vai acordar.

— Não... Ele me odiaria se acordasse.

— O que? — pergunta confusa.

— Tudo o que fiz com vocês... Eu  processei sua família... Mingus não tinha carteira de habilitação e mesmo sabendo que não era ele quem dirigia eu aleguei que o carro era dele. Todo dinheiro que vocês perderam..

— Isso não importa. — ela diz. — Nada disso vai importar quando ele acordar.

— Ele vai saber das mensagens que te mandei.

— Eu não vou dizer.

— As mensagens que mandei pra ele... Todos os dias durante uma ano.

— Chandler...

— Se eu... Se eu tivesse impedido...

O garoto começa ter uma crise. Sua respiração começa falhar.

— Chandler!? Chandler o que está acontecendo?

— A-ataque de pânico.

— O que? O que eu devo... O que eu devo fazer?

O garoto estava tentando respirar naturalmente, mas a crise estava forte.

— Ok. Pense em coisas felizes! An... Família.

Ele a olhou bravo.

— An, família não! Droga. — falou nervosa. — EU NÃO SEI O QUE FAZER!

A menina agarrou o rosto do garoto e selou um beijo nos lábios do rapaz que permaneceu com os olhos abertos e ficou assustado.

Eles se afastaram...

— Como... Como fez parar?

— Eu li em algum lugar... Que prender a respiração pode parar um ataque de pânico e quando... Quando eu te beijei...

— Eu prendi a respiração.

Os dois ficaram se encarando por alguns minutos...

— An... Eu... Eu preciso ir. — a loira diz. — V-você... Está bem?

— Estou.

— Ok. Eu vou indo...

A garota vira de costas e começa caminhar até a rua.

— Callie. — grita.

— Sim!?

— Obrigado.

**

callie: você está bem?

chandler: sim.

callie: desde quando tem ataques de pânico?

chandler: desde o acidente.

callie: ah..

callie: não foi sua culpa, chandler.

chandler: eu sei que foi.

Chandler ficou off-line.

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a referência de stydia rsrsrs

Memories ➸ Chandler Riggs [TERMINADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora