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27 outubro, 2016.

— Estou nervosa.

— Você está tremendo... Se acalme. — pegou na mão da morena.

— Boa tarde, Callie. — o doutor falou assim que chegou. — Oi, Katelyn.

— Oi doutor Michael. — Callie respondeu. — Ela pode entrar?

— Vou conversar ali na recepção. — falou. — Seus pais...

— Estão no trabalho.

— Ok. Bom.

**

— Você pode entrar agora. — o médico falou.

A morena respirou fundo e deu um abraço na loira.

Quando ela entrou e se deparou com o garoto deitado naquela maca, desacordado e todo entubado era inevitável não chorar.

—Hey... — falou com uma voz suave enquanto se aproximava. — Eu estava com saudades.

Sua respiração estava ofegante e literalmente conseguia sentir seu coração perto da boca. Parecia que ia sair.

— Me desculpe não vir antes. — segurou na mão do garoto. — E-eu... Deveria ter vindo antes, mas... Estou aqui agora.

Ela deitou no peito do loiro e deixou várias lágrimas caírem.

— Por favor, Mingus... — soluçou. — Eu preciso de você.

Estava acariciando o rostu do garoto com toda delicadeza e medo também.

— Não me deixe. — sussurrava.

A garota ficou alguns minutos deitada no peito do menino.

— Eu estou esperando por você, meu amor. — sorriu. — Alguns... Alguns dias após o acidente...

Ela parou de falar quando as lágrimas tomaram conta de seu rosto.

— Alguns dias depois... — continuou. — Foram desavaziar seu armário. — suspirou. — É, sei o que tá pensando.

A garota começou rir com lágrimas nos olhos.

— Como podem desavaziar se você vai voltar, né? Eu tentei dizer isso para o diretor... Mas você o conhece.

Se lavantou e novamente pegou na mão do garoto.

— Quando estavam limpando... Chamaram seus pais e entregaram tudo para deles. Callie, que a propósito cresceu muito... — sorriu. — Ela encontrou... Ela encontrou uma caixinha. Você tinha.. Você tinha comprado um colar para mim e escrito um bilhete.

A garota mexe em sua bolsa e pega um papel.

— Por onde eu vou eu carrego esse bilhete. — sorriu e respirou fundo. — O colar também... Não sai do meu pescoço. Mingus, droga! — começou chorar fortemente. — Eu realmente preciso de você.

A garota voltou a se deitar no peito do garoto.

— É engraçado... Mesmo você estando desacordado... Mesmo com os barulhos dos aparelhos e mesmo você precisando deles para respirar... Eu consigo ouvir seu coração e sua respiração.

— Kat... — Callie entrou no quarto. — Precisamos ir. — falou segurando as lágrimas.

— Venha aqui, Callie. — a chamou.

— Por que?

— Seu irmão gostaria disso. — sorriu. — As duas mulheres da vida dele.

A loira se aproximou.

— Oi, insuportável. — sussurrou.

Katelyn riu.

— Oh, eu sinto tanta falta dele. — a morena falou.

— Eu sei. Eu sinto também. — abraçou a outra.

Ambas seguraram na mão do garoto.

— Fique bem, meu amor.

— Fica bem, insuportável. — tentou sorrir. — Ou eu vou acabar pegando seus jogos pra mim.

Katelyn riu e abraçou a menina.

— Ele vai ficar bem, Callie. Eu sei disso.

— Ele vai. — sorriu. — Especialmente depois de você ter vindo.

— É...

Callie se afastou para que Katelyn pudesse se despedir do garoto e logo as duas foram embora.

Memories ➸ Chandler Riggs [TERMINADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora