Capítulo 2

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Eram seis horas quando Eloisa acordou com um risinho no rosto

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Eram seis horas quando Eloisa acordou com um risinho no rosto. Esticou os braços e passou as mãos por toda a cama espaçosa. Ela estava vazia.

Respirou fundo, sentindo profundamente o aroma unicamente de erva doce o que a certificou de que estava sozinha, dormindo em seu quarto.

O risinho no rosto só poderia ter sido resultado de um sonho.

Aquela sensação de prazer ela conhecia bem, vinha sempre quando Eloisa Ramalho saía para as suas aventuras sexuais. Para Elô, sobrava mesmo a dor das investidas selvagens e arriscadas que a pop star se submetia.

O seu estômago roncou alto. Um vazio com uma leve dor a lembrou de que precisava comer alguma coisa. Apesar de ser muito cedo para o café da manhã e ainda se sentir muito sonolenta, ela decidiu descer da cama e tomar nem que fosse um copo de leite.

Bastou começar a se mexer, contudo, para sentir uma dor forte nas partes íntimas. Ela deitou-se novamente.

Aos poucos a sua memória foi retomando parte da noite anterior:

Uma sensação de solidão invadiu o seu coração e a dor que sentia já nem era tão forte comparado à tristeza.

A sua vida estava tomando um rumo que nada tinha a ver com ela. Aquela Eloisa Ramalho não tinha a ver com ela.

A música era tudo em sua vida, mais que trabalho, era a sua alma, mas estava pagando um preço alto demais para viver aquele sonho.

Flashes da noite anterior começaram a passar pela sua cabeça, a sua memória estava voltando. Ela, contudo, tinha dúvida se queria mesmo saber a verdade.

Mas era necessário!

Para se concentrar, contudo, precisava estar bem, então antes, devia tomar mais um remédio, passar a pomada nas partes íntimas e comer alguma coisa.

E foi o que fez, nessa ordem.

Meia hora depois, Elô voltava para a cama, sentindo apenas um incômodo ao andar, mas já sem dor e sem fome.

A sensação de angústia, contudo, continuava ali, ainda mais forte, apertando o seu coração.

Deitou-se na cama, o mais confortável que conseguiu, de olhos fechados, respirou três vezes, tentando dar ritmo à sua corrente sanguínea e controlar a ansiedade.

Depois focou em se lembrar de tudo o que aconteceu no dia anterior.

A noite anterior...

Sentada na cadeira diante do espelho, a imagem de Eloisa Ramalho refletia à sua frente.

Apesar de ser a companheira de anos, ainda assim, Elô não estava totalmente acostumada com sua presença. Tinha sempre a impressão de que ela estivesse lhe espiando ou julgando.

Entre o real e o surreal - O jogo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora