CAPÍTULO 2

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Julho, 2010

Quando vocês estão apaixonados, ou já se apaixonaram, vocês pensam ou pensavam nessa pessoa 24 horas por dia? Ou então... 12 horas por dia?
Se não... bem, eu não sei o que dizer.

E se sim, ótimo, eu não sou a única pirada nesse mundo.

Eu adorava ser pega por mim mesma pensando em Zayn. Era tão constante.

Podia estar comendo, assistindo um filme, ou então andando pela rua, que ele sempre aparecia no meu pensamento. Seja por causa da saudade, por algo que me lembrou a ele, ou por nada, ele simplesmente aparecia. E meus lábios rapidamente se curvavam em um sorriso singelo. Eu era louquinha de pedra por ele.

Quando cheguei em casa naquela tarde de quinta—feira, depois de ter dado uma volta de bicicleta pelo bairro com Danny, eu vi a placa do correio levantada. Havia chegado correspondências, e quando eu vi, a minha carta da Universidade chegou.

Era de Oxford, eu pensei que ela não chegaria, já que estava atrasada a algumas semanas. E eu acabei pensando que eles não tinham enviado a carta pelo motivo de recusa.

Subi correndo para o meu quarto, e eu só conseguia pensar em Zayn e no resultado. A gente tinha combinado de abri—las, todas elas, só que era uma pena Zayn não estar ali para abrir a última comigo.

Os meus pais estavam na cozinha, já Will eu não tinha a noção de onde. Provavelmente no seu quarto, fazendo um total de nada.

Abri a porta do meu quarto correndo, e pulei em cima da cama, aproveitei para apanhar meu celular na mão e discar o número de Zayn, que eu já sabia de cor.

Tocou uma, duas, três vezes, mas ele não atendeu. Esperei mais alguns segundos para ligar de novo. E nada.

Estava difícil falar com o Zayn. Só nessa semana, falei com ele uma vez, e foi por mensagem. Era difícil não pensar nele todos esses dias. Quando ele estava aqui na casa ao lado, era fácil, eu o chamava pela janela que dava para o quarto das suas irmãs, e ele vinha correndo, e ali ficávamos horas conversando, até ele dar a volta e me encontrar no quarto.

Dessa vez, o Zayn estava em Londres.

As gravações do programa começou ha alguns dias atrás, e foi preciso ele ir.

No começo foi difícil, Zayn foi sozinho e então ele me mandava mensagens e falava comigo pelo menos três vezes ao dia, então agora eu imagino que ele tenha feito amizades novas. Isso era bom. Ele estava tão nervoso, conhecer pessoal novo seria bom pra ele.

Agora eu também me encontrava no mesmo estado que ele de antes. Nervosa.

Sem esperar ele atender o telefone, eu abri a carta assim mesmo. Meus lábios inferiores estava sendo apertado pelos meus dentes, e a minha bendita mão tremia.

Oh, cacete!

Logo no topo da folha, estava escrito "Carta de Aceitação ".

E conforme eu continuava lendo, os meus olhos já não seguravam mais as lágrimas.

No último parágrafo, eles diziam para eu comparecer e finalizar a minha matrícula, antes das aulas começarem, em Setembro.

Meu corpo inteiro caiu na cama, as lágrimas rolavam e ergui os braços, tentando ligar para Zayn novamente.

Tocou, e novamente ele não atendeu.

Fiz uma careta, desconfortável com aquilo. Eu queria que ele fosse o primeiro a saber.

Respirei fundo, e eu não saberia lhe dizer a cara que fiz naquela hora. Eu estava radiante e um pouco tristonha por Zayn não estar perto ao celular.

always you || zjmOnde histórias criam vida. Descubra agora