Trapdoor

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Ele apenas acorda cedo todas as manhãs. Ele veste seu uniforme e sua máscara, e sai como se estivesse tudo bem. Mas tudo é apenas teatro.

As vezes seu nome poderia ser Cara Embaçada, pois apesar de ter uma face, não é verdadeira, e seu nome? Ele apenas usa um que já está enterrado.

As pessoas acham que ele está bem, mas seus pensamentos não são mais tão claros. "Está tudo bem? Precisa de ajuda?" Ele gostaria que o perguntassem, mas as pessoas estão muito ocupadas sendo hipócritas e egoístas com si mesmos.

Maldita geração tóxica, pensava.

Ele está petrificando em sua cama todas as noites, com apenas o interior de seus olhos para o fazerem companhia e seus pensamentos sobre se a vida vale a pena.

"Olhe ele!" São o que as pessoas em seus trabalho dizem quando o veem andar em sua frente. "Ele nem deveria está aqui! Olhe para ele, já deve estar morto por dentro!" Uma mulher falou quando ele passou por sua sala.

"Só gostaria de ser reconhecido como um ser humano", ele pensa com lágrimas nos olhos, fechando a porta de sua pequena cabine.

Sua morte já deveria o ter presenteado, pois ninguém mata um homem mais rápido que sua própria cabeça, mas ele ainda está aqui.

Todos estão se reunindo. Oh não! Eles acham que a vida desse homem é um grande espetáculo. Elas estão em sua volta, o julgando e caçoando-o!

Por favor me tire daqui! Isso é o que eu quero agora, pois essa vida não merece ser desperdiçada.

A noite, ele volta para sua casa muito decepcionado, mais ele foi apenas dormir em sua cama. E foi quando aconteceu, em seu sono uma luz brilhou, um sonho.

E agora ele e eu sabemos, que ele ainda está vivo, e que as pessoas não precisam se importar, já que estão muito ocupadas indo sozinhas ao inferno.

Escrita por: AninhaCampos17

Coletânea de Contos - Twenty Øne PiløtsOnde histórias criam vida. Descubra agora