Como tudo começou

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Valentin Salvatore. Esse é o nome de um ser horrível. E esse ser Sou eu.

Estava um lindo dia la fora, havia muitas crianças mais ou menos da minha idade correndo e pulando na rua da mi...na rua da frente. Eu odiava tudo isso, odeio sorrisos, felicidade alegria, odeio minha vida. Isso é tudo culpa minha se eu...se eu fosse normal, nada disso teria acontecido. "Era 21 de março de 2017. Essa data eu queria poder esquecer de vez. Era um dia comum, eu e meus pais fomos fazer um piquenique, era normal irmos até um campo para sentar de baixo de uma das arvores mais lindas. E pra melhorar, era outono a minha estação do ano favorita. Gostava de outono porque as árvores ganhava um tom alaranjado, que as deixava maravilhosas. Isso foi no ano passado eu tinha apenas 17 anos. Estava ansioso para o nosso piquenique, eu queria mostrar algo legal paro os meus pais. Eu tinha medo do que eles iam dizer, talvez me chamariam de aberração ou pior dizer que eu tinha feito pacto com o coisa Ruim. Meus pais eram tudo pra mim e eu tudo pra eles, até porque eu era filho único do casal Salvatore. As vezes penso que foi melhor assim, o fato de eu ser filho único. Talvez seria mais fácil conviver com apenas uma aberração em casa. Já estava na hora. Fomos de carro até o começo do campo, depois subimos a pé. A nossa árvore ainda continuava no mesmo lugar, só que mais linda. De baixo dela, forramos a nossa toalha, colocamos as coisas certinho. Olhei para o horizonte, como era lindo aquele lugar, depois olhei para minha mãe, ela era o ser mais doce e gentil desse universo. Seu vestido rodado cor de pêssego deixava sua pele ainda mais clara. Seus olhos azuis iguais aos meus, era um imenso oceano. Meu pai... Ah meu pai. Um homem alto magro, um tom de pele moreno claro, ele era extremamente protetor as vezes isso me incomodava, hoje eu sinto falta. Seus olhos eram escuros, cabelo grisalho. Ele era bonito. Tomara que eu herdo a beleza dele também. Estávamos todos sentado sobre a toalha, eu estava super nervoso. E. Se não funcionar? E se der errado? Essas perguntas foram tomando conta de mim.

- Pai, Mãe? - foi no impulso, já não aguentava mais. - Eu preciso mostrar uma coisa pra vocês! Mas antes de tudo eu amo muito vocês.

- Oh filho nos também te amamos muito, mostre logo o que você queria mostrar! - meu pai sempre me passou confiança. Eu amava isso.

- Eu posso conjurar neve...

- Que? - os dois falaram juntos.- Você está brincando com a nossa cara!

- Não! Eu posso sim...olhem..- virei a palma da mão para cima, para que observassem melhor. Consegui. Conjurei uma pequena nevasca. Eu sabia que ia ficar surpresos.

- PARE COM ISSO! - meu pai...era a primeira vez que ele gritava comigo. Minha mãe ficava observando, porém, sua cara era uma mistura de medo com desespero. - Pare já com isso.

- Eu...Eu não consig...- a nevasca estava ficando mais forte. A temperatura em nossa volta caiu de repente. Já não era neve, eu já não estava mais controlando-a. A neve virou agulhas de gelo, muito afiadas. - CUIDADOOOOO...PAPAI, MAMÃE...- era tarde de mais, o que eu fiz. As agulhas saíram do meu controle, atingindo meus pais. Eu os matei. Eu sou um monstro. Deixei a dor tomar conta de mim, dos meus olhos já não sai apenas lágrimas mas fractais de gelo. Eu já não me importava. Havia destruído minha família. Por consequência da minha tolice. Não sabia quanto tempo ficará chorando mas ao chocar meu rosto com os corpos dos meus pais, mesmo estando inconsciente eu senti algo frio e duro. Eu havia feito um caixão de gelo."

Era outono. Eu passei a odia-lo.

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