O novato da minha sala

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Era fácil compreender minhas expressões, eu sempre estava de cara fechada.

A tão famosa Universidade Cristal, não era assim tão famosa. Talvez as histórias contadas a respeito dela seria pura mentira. Mas porém, o cordão que meu pai havia me dado...( como eu sinto sua falta pai...), bom quando eu completei dezesseis anos meu pai havia me dado um cordão de cristal, que mais se parecia o fractal de gelo. Ele me dissera que iria me proteger, sabe lá do que. Então desde desse dia eu não o tirava do pescoço. Por parte eu gostava do presente e por outra, nunca se sabe né, até porque de coisas estranhas eu intendo bem.

Por mais que aquela Universidade fosse grande e cheia de pessoas totalmente vazias, eu conhecia todo mundo dali. Era impossível chegar um novato sem eu saber ou ter visto entrando no portão. Sempre fugi de grupinhos, na verdade eu nunca me encaixei, eu gostava disso. Não existe amigos. Ninguém se importa com você, então nem fazia falta não ter amigos. A7, podiam dar um nome melhor pra aquele lugar. Ex: Sala dos condenados a sofrer eternamente num rio de sangue e fogo que arde e queima. Tai um nome que eu acharia interessante pra minha sala.

- Essa sala deveria se chamar de Sala dos condenados a sofrer eternamente num rio de sangue e fogo que arde e queima...

Quem disse isso?

Levanto a cabeça para observar o ser que acabara de tirar as palavras do funda da minha mente. Um garoto com idade na casa dos 20, moreno mas parecia mais com pardo (odeio cores), ele tinha um cabelo cacheado e cortado baixinho dos lados, o que o deixava bonito. Seus olhos eram...eram...eram azuis e as pupilas...era no formato de...

- Bo-Bo-Borboletas...- ótimo agora ele ta me encarando. Senti que meu rosto estava corando. Abaixei a cabeça e entrei para sala antes que ele falasse qualquer coisa.

De fato o novato me chamara a atenção, rhum. Isso não importa. E para melhorar a situação embaraçadora de a poucos minutos, a professora Margaret pede para o novato se juntar comigo até ela arrumar livros para ele. Ele exalava um cheiro de margaridas brancas cultivadas em jardim. Como eu sei? Margaridas brancas era a flor preferida dela, então eu acabei sabendo distinguir seu cheiro. E eu já o odiava por isso.

- Meu nome é Matheus. - notei que ele estendia a mão para mim, apenas acenei com a cabeça.

Ah, eu quero entrar dentro da terra. Aquela de fato era a pior aula que eu já tinha passado em todos esses anos. Porque eu? Há várias pessoas nessa sala. E também tinha muitas garotas asanhadas. Doidas para saber sobre o novato.

- Não vai me dizer teu nome? - ele ainda esperava uma resposta. Mas tudo que tinha em mente era de onde ele tirará aquele nome da sala.

- Como? Digo, de onde tirou aquele nome? O da sala? - pergunto-o olhando fixamente para o meu caderno.

- Há. Foi facial, qualquer um colocaria aquele nome na sala. E também tem tudo haver com a sala, entende?

Aceno positivamente com a cabeça.

TRILIMMMM

Aquele era o momento, aula havia acabado, pelo menos uma delas. Mas eu não voltaria mais ali. Iria para casa.

- Meu nome é Valentin. - disse e logo em seguida dando-lhe as costas.

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OLÁ PESSOAS DA TERRA E DA LUA. EY VENHO EM PAZ.

Boa noite amores. Tão gostando de Valentin? Cara a vida dele tq uma bosta né....ah mas vai melhorar...

DEEM OS SEUS PALPITES! QUEM SÃO OS PAIS DIVINOS DE VALENTIN SALVARORE?

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