A viagem perturbada

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Não achei que Long Island ficava tão longe.

Reviro meus bolsos até encontrar meus fones, era meu passatempo favorito. Gostava de escutar músicas quando viajava. A música sempre foi meu refúgio, procurava me esconder entre a melodia e as notas agudas. Matheus estava dormindo ao meu lado, totalmente recuperado dos ferimentos. Graças a uma "ambrósia", assim como ele diz.

" A thousand years"

Era a música, que se encaixava perfeitamente naquele momento. Onde por segundos que seja, eu queira que fosse congelado...congelado...isso me fez querer gritar, havia voltado para o passado novamente, e sem querer as lágrimas escorrem pelo meu rosto...tento abafar o choro, mas foi em vão...

- Hey...o que foi? Eu to aqui. - se olhos...seu jeito...de alguma forma me reconfortava. Encosto a cabeça em seu ombro. Ele não diz mais nada, talvez surpreso. Talvez com medo de dizer alguma besteira. Apenas ficou em silêncio. Essa era a melhor resposta.

Quando eu percebi era tarde de mais...

Havia pegado no sono. Que parecia que eu tinha virado a nova bela adormecida. Mas porém, não acordei com um beijo do príncipe encantado. E sim de cara com o vidro da janela do ônibus. Passei a mão na testa, ai que delícia, sangue. Havia feito um corte bem na minha testa, e estava escorrendo muito sangue. Peguei na minha mochila uma camiseta que eu nem lembrava ter colocado ali, fiz uma tira de pano com ela e amarei para estancar o sangue. Até então eu não tinha me dado conta, Matheus estava desacordado na poltrona ao lado.

- Que merda é essa? Matheus? Matheus, acorda. Vamos, precisamos sair daqui. - ele estava inconsciente. Ótimo, como eu vou tirar um brutamontes desse tamanho daqui de dentro? Fácil? Ahahaha. Tive que buscar forças lá do além para conseguir arrasta-lo para fora do ônibus.

- Que linda essa cena! Dois semideuses! Ora, ora, ora...vejamos o que temos aqui. - aquela voz, a mesma que falara comigo na árvore onde meus pais...antes sendo apenas voz, agora tomara forma, BEM NA MINHA CARA, seu dedo fino e gélido, roçava meu queixo me deixando imóvel. Seus olhos...era como se eu já estivesse visto eles...mas em um outro corpo...papai! - Porque você sente compaixão por esse ser insignificante? O que ele significa pra você? Você tem o coração mole igual a seu pai...isso me da nojo.

- O que V O C Ê sabe sobre meu pai? - meu sangue ante frio, quase congelado, agora mais parecia com fogo. Podiam me xingar de todos os palavrões que existisse na face da terra. Mas por Zeus, não menciona o nome do meu pai ou xingue ele. - o gato comeu sua língua?

- Você é corajoso Valentin, não teme a morte?

- Porque temeria? Se já estou morto por dentro!

- Rhum. Sinto muito. Você não vai se adaptar no lugar onde você esta indo. Você ta se saindo muito bem. Deixe seus poderes explodirem quando se sentir pressionado ou com raiva!

- É mesmo... - assim como ela havia dito. Não hesitei nem mais um segundo. Disparei saraivadas de fagulhas congeladas contra ela... Porém, ela se transformara em neve antes mesmo de ser atingida. Me deixando ali, com uma pessoa inconsciente em meu colo. - Você não sabe nada a meu respeito...

- Ai...Valentin?

- Oi oi oi. Eu to aqui. Esta se sentindo melhor?

- Mais ou menos, o que aconteceu? Porque eu estou cheio de neve? Estamos no outono... - e agora? O que vou dizer?

- Fomos atacados... e pelo que eu notei, era traços de uma deusa. Mas eu não tenho certeza.

- Deusa? Mas a única deusa que pode conjurar neve é Quione! Mas ela não atacaria nós semideuses. Ela tem uma filha que salvou o acampamento junto com seus amigos. Quione não seria capaz de se revoltar contra o olimpo novamente.

- Pera ai! Que acampamento você está se referindo?

- Eu achei que já sabia para onde estamos indo em Long Island, estamos indo para o acampamento meio sangue! Para pessoas como nós dois.

- Intendi...eu acho. Consegue andar?

- Oh. Perdão. Sim consigo sim. Estamos perto já. - Matheus consegue se levantar, com muito esforço mais consegue. Duvido que conseguiremos chegar ainda hoje em Long Island!

- Vamos então?

- Vamos. - como sempre ele disfarçando a dor com um dos teus sorrisos nostálgicos.

Essa viagem vai ficar pra história.

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Help help help. Ma genti. Que cap.

Sorry pelo tamanho. Ultimamente mal consigo pensar em coisas criativas. Kkkkk. Bjs. Continuem lendo. Pfv.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2018 ⏰

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