ALEGORIA PLATÔNICA

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Já fomos homens das cavernas,
Mas o homem que sabe, que sabe
Ainda lapida as mesmas ideias,
Agora somos homens em cavernas.

Virem suas próprias lanternas,
Quero enxergar além destes ideais,
Superficiais transbordam irracionais.
Cansei de viver as sombras dos meus pais.

Homo sapiens do paleolítico,
Carregam a falta de senso crítico.
Maior que o câncer que nos assola,
É a ignorância que nos ignora...

Bem ignorado então!
É o ser ignorante cercado de ilusão,
Que se disfarça de razão.
Você sabe quantos são?


No meio da aglomeração,
O aglomerado é partido,
Dividido em partidos,
Separando os indivíduos

Sem considerar as individualidades,
Que compõem essa orquestra...
Orquestrada pela nossa sociedade,
Decadente descendente da miséria.

De cada miserável humilhado.
Miseravelmente descartável.
Sobre o descarte do algoz,
Uma fera corpulenta e feroz!

Sente fome que se fomenta,
Pela nossa fome.
Amplificada pela inanição,
De um terço da população.

Será que ninguém enxerga,
Alguém consegue ver?
Eu só vejo sombras sobre a parede
E estou prestes a enlouquecer...

não sou poeta, sou um não filósofoOnde histórias criam vida. Descubra agora