Capítulo 7

142 1 1.5K
                                    

Nina

Ouvi gritos de puro pavor vindo de tudo quanto é canto, até mesmo dos soldados, enquanto eu mesma observava, embasbacada, as línguas laranjas amareladas que saiam de mim.

Se você acha isso estranho, então veja só: depois daquele primeiro momento, não senti calor. E quando olhei para minhas mãos, elas ainda estavam com cor de pele, e não vermelhas, nem chamuscadas.

Na verdade, foi... Bem legal!

De repente, um dos soldados jogou em mim um vaso com flores da minha mãe. Fiquei ensopada e as chamas desapareceram.

Perto de onde os soldados tinham me largado, os capangas de Park Jimin estavam pisando nas chamas das cortinas e tambem em alguns pontos chamuscantes do carpete.

Logo em seguida, o próprio Jimin, que aparentemente tinha saído correndo da casa durante minha imolação, reapareceu à porta com o rosto levemente verde. Ele apontou um dedo trêmulo e magrelo para mim.

- Viu? Viu? Viu? - ele berrou com a voz rouca - Prendam a menina! Atirem nela se tiverem que fazer isso. Façam o que for preciso!

De repente, fui tomada pela sensação horrível, dessas de dar nó no estômago, de que aquela noite teria sido inevitável e que já estava programada para fazer parte da história da minha vida.

Não tinha a menor ideia de por que estava pensando naquilo nem do que significava exatamente.

Continua...

Bruxos e BruxasOnde histórias criam vida. Descubra agora