▫Capítulo 1▫

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— Tá achando que isso é alguma exibição pra ficar parado que nem estátua no caminho, idiota? - Disse (berrou) um garoto alto, moreno e com um uniforme que me fez ter certeza de que ele é um atleta, urg.

     E aqui estava, em meu primeiro dia na universidade e já discutia com um babaca qualquer, poderia ficar pro terceiro dia - Já seria aceitável - Mas nãaao, sempre vai ter algo conspirando nessa vida contra minha pobre e pura alma. E o idiota não colaborando com meu primeiro dia está me estressando mais. Grr.

     Atleta, tinha que ser! Só pensam em correr que nem loucos por aí sem nem se preocupar em quem vão atropelar grr. Pisaria nele se não fosse tão pequeno, deveria morder a canela mesmo mas não posso ficar causando no primeiro dia.

— Olha aqui seu babaca! - Me exaltei. — Eu não estava parado que nem uma "estátua numa exibição" por mais que eu seja uma obra de arte, você quem decidiu passar por cima de mim com toda essa sua brutalidade de jogadorzinho do campus!

— Obra de arte? Esquisitinho desse jeito? Hahaha! - Riu de mim na cara de pau. — Além de desaforado, nem tem sequer um espelho em casa. Coita... AÍ! - Chutei sua canela. — SEU BAIXINHO ATREVIDO!!

— Olha esse tom com que fala comigo! Não sou seus coleguinhas, palhaça. Desaforado é você e eu tenho espelho sim, é por causa dele que sei o tamanho da beleza que possuo. Além de babaca, nem usa uns óculos pra dizer algo assim.

     O maluco ficou nervoso e levantou a mão, ele me bateria e eu iria perder mais uns 20 centímetros de tão achatado que ficaria. Olha o tamanho da mão daquele brutamontes.

— Soo? - Fui salvo pois o maluco ficou com a mão parada no ar enquanto olhava para meu amigo. Tempo o suficiente para que eu pegasse meus papéis que estavam no chão e corresse para longe dele e perto do meu salvador.

— Lu! - Abracei ele.

— O que você faz a...
— Não estamos atrasados? Vamos! - Paguei sua mão e corri sem deixa - lo terminar sua previsível frase.

     O doido lá ficou olhando pra gente com cara de bunda provavelmente se perguntando o que estava acontecendo, mas eu nem queria que ele voltasse ao normal hehe já estava bem longe dele com Luhan - também sem entender nada - em direção ao nosso bloco.

— Desculpe de fazer ficar atrasado! Perdi a noção da hora.

— Na verdade o primeiro turno acabou de acabar, eu já assisti. - Me senti traído, e aquele papo de "amigos para todas as situações"? — Mas o que fazia com aquele garoto?

— Ah... Aquele idiota esbarrou em mim e ainda queria ser o certo da história. Vê se pode! Babacão, bunda mole. - Luhan riu das minhas ofensas super ofensivas. — Tá rindo do que traidor? Judas acadêmico!

— Dramático, só acho que seja difícil  a bunda dele ser mole já que o uniforme entregue que ele seja um atleta, atletas não tem a bunda mole.

— Por que a bunda dele é tão interessante pra você? Você não era descente e comportado? - Luhan corou.

     Luhan sempre foi o mais quieto do nosso bondezinho de amigos constituído por dois más elementos - eu e Sehun - e ele fazendo o papel do tímido que se você for estranho e dizer "oi" ele cora. Preocupante, já falei pra ele ir num psicólogo porque isso nem é mais normal.

— N - não a - a - acho interessante... Só estou... T - te corrigindo. - Disse.

— Hm tá bom, você não mente mesmo. - Luhan sempre foi uma alma muito certinha, não confiaria nele se não o conhecesse a anos, logo chamaria ele de sonso e perguntaria o que ele esconde. Mas não, ele é só tímido e super educado.

Um Diferente Clichê ×kaisoo×Onde histórias criam vida. Descubra agora