— Uii amô não fala asi nawn! - Me remexi na cama e estranhei lembrar da voz de Luhan a essa hora da manhã... — Uii amô não fala asi nawn! - De novo? Será um sonho?
Por mais que achasse que fosse um sonho, meu corpo insistia em estar cansado e eu não acho que você fiquei cansado sonhando então abri meus olhos - comprovando que não estava sonhando - e acabei rindo por lembrar que aquele era meu novo toque de chamada, alarme e tudo.
— Aí, aí, Luhan é tão santinho que é a primeira vez em que eu vejo meu alarme funcionando de verdade, só porque foi a voz dele. - Tirei minha coberta já sentindo um arrepio com o vento gélido que passou por meu corpinho e já fui colocando meu pé no chão pronto pra sair da caminha.
— Eeee acod... - Coloquei os dois pés no chão e senti minha canela ainda dolorida - Não muito mas como fui pego de surpresa gritei: — AAH! MINHA CANELA, CACETE!!
— MENINO, XINGA MAIS UM PALAVRÃO E EU TE BATO! - Gritou a tenente minha mãe do corredor e eu quase, quaaase me esqueci que morava com ela, as custas dela, com ela pagando minhas coisas... Quase esqueci, pensei que já fosse independente e pagasse minhas contas
— Desculpa! - Gritei.
— Sai desse quarto e vai logo tomar banho e lavar essa boca suja pra ir estudar e ser alguém direito pra me dar orgulho.
— Vish. Não trabalho sob pressão, não. - Sussurrei pra mim mesmo.
Já estava a uns sete minutos no banho - que eu contei mas não sou de exatas então... - E decidi sair antes que a tenente me chamasse de novo, decidi que hoje eu tô na paz de Cristo.
"Tirando essa dorzinha de cabeça que só não virou ressaca porque eu tô acostumado e tomei um comprimido."
— Eae family friend, beleza? - Disse entrando na cozinha com minha cara de boa gente que sou e minha mãe me olhou como se eu fosse um maluco e meu irmão riu (?).
— O Soo nem sabi fala hahaha. - Meu irmãozinho disse enquanto balançava de um lado para o outro sua colher cheia de um creme estranho que eu julguei ser sua comida.
— Olha quem fala...
Depois do café minha mãe me fez levar meu irmão para creche porque estava ocupada demais com assuntos de trabalho, então tive que levar o "trapolho" e aturar suas crises de perguntas sobre tudo no caminho, claramente eu chegaria atrasado de novo. Pelo menos a culpa não é minha dessa vez.
— Pronto. Entregue em segurança, agora... - Quando estava prestes a me despedir dele, vejo sua mão estendida e ele me olhando. — O que foi?
— Cadê o dindin do lanche? - Cara, eu me senti usado por uma criança.
— Que papo furado é esse, moleque? Mamãe não te deu, não? - Ele abaixou a cabeça e fez que não. — E você espera que eu dêdo meu?
— Sim Kyung! - Eu o encarei pois ele queria usar seu carisma. — Soo? Kyungie? - Já estou levemente impressionado porque ele não erra mais meus apelidos e ainda aprendeu a usar como modo de persuasão, o que minha mãe ensina pra ele?
Como eu estava bem atrasado já, decidi que iria fazer sua vontade só dessa vez e lhe dei o dinheiro que ele tanto pediu e o mesmo sorriu e me agradeceu com um "valeu coruja" - apelido dado graças ao tamanho de meus olhos - e entrou na creche me deixando com a curiosidade do porque minha mãe não deu dinheiro pro menino.
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Um Diferente Clichê ×kaisoo×
RandomDizem que quando você se encontra muito com uma pessoa aleatória em determinados lugares é porque ela talvez fará parte da sua vida, seja como grande amigo ou qualquer outra coisa, só basta trocarem suas primeiras palavras. Tipo nos filmes quando se...