Propriedade do rei.

2.

_Chris e Niko querem sair de seus contratos.

Bella Santoni suspirou com o anúncio de seu irmão e olhou para onde Eduardo estava perto da porta. Sua expressão refletia sua própria frustração e encolheu os ombros.

_Eles dizem que não vão obedecer uma mulher. Então querem sair.

Ela mordiscou seus lábios com o pensamento que surgiu em sua mente e esfregou seus olhos.

No mundo dos clubes paranormais de luta dominado pelos homens, o fato de que ela esteve dirigindo o clube há anos junto com seu pai não importava para estes idiotas. Para eles, o mero fato de ela ser mulher significava que era incapaz de comandar qualquer coisa diferente de uma cozinha. Não importava o que ela tinha feito, tudo com que eles se importavam era que não tinha um pau entre suas pernas.

Rafael não se importava que não tivesse um pau e bolas. Na verdade, ele tinha gostado que não. A ideia surgiu em sua cabeça antes que ela pudesse afastá-la e teve que parar por um momento para ordenar seus pensamentos.

Rafael Vitti, o Rei, era dono de todos os clubes de luta na cidade e os governava com um punho de ferro. Então, quando seu pai tinha fugido com o dinheiro dos últimos três meses, deixando-a e Edu para lidar com as consequências, ela esperara que ambos acabassem em uma cova rasa em algum lugar fora dos limites da cidade.

Não esperava que Rafael lhe oferecesse um acordo; pagar a dívida ... em sua cama.

Ela não esperava concordar. Mas então, Rafael era quente como foda, e até agora, uma transa não tinha sido suficiente.

Ela olhou para a escrivaninha em que se sentava. Ele a tinha levado ali. Memórias eróticas de algumas noites atrás a assaltou e ela sugou uma respiração enquanto o calor rolava através de seu sistema.

Merda ... Ela estava ferrada.

Inspirando ar lentamente em seus pulmões, ela afastou as lembranças de sua mente e focou sua atenção em seu irmão.

_Bem, tecnicamente, eles não trabalham para uma mulher. Seus contratos são com a Lua Escarlate.- Ela indicou o cômodo ao redor deles e, por extensão, o clube além.

O clube que sua família tinha mantido funcionado anos antes de seu pai ter fugido com sua "secretária" e colocar tudo em risco.

Era bom que Rafael tinha visto que eles não tinham nada a ver com isso ...

A expressão pouco confiante de Edu disse-lhe que não estava convencido.

Merda, o senso comum era tão raro aqui que deveria ser classificado como um super poder.

Com outro suspiro, ela levantou-se da cadeira em frente da mesa, abandonando seus relatórios. _Reúna os homens. Vejo que terei que fazê-los ver uma dose fria de lógica.

Passando por ele, ela atravessou o clube, seus saltos sem fazer som no tapete.

Finalmente o piso não fazia barulho mais, não desde que ela o arrumou no mês passado. Não foi uma grande reforma, mas pelo menos os seus clientes estavam em um estabelecimento mais confortável.

Ela contornou o ringue no centro do clube e dirigiu-se para as portas na parte de trás do edifício. Em noites de luta, era onde os lutadores faziam sua entrada e conduziram aos vestiários e local de treinamento perto do porão. Agora, porém, as bandeiras estavam todas para baixo, e as paredes estavam nuas.

Ela atravessou as portas, forçando Edu a se apressar para alcançá-la.

Ela podia não ser uma Shifter, mas ela era mais forte e mais rápida do que um ser humano normal. A genética sempre aparecia de alguma forma. Seus saltos soaram nas escadas enquanto ela os precedia. Dentro de um minuto ela estava caminhando para a sala de treinamento, lutadores pausaram os golpes quando a viram.