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Rafael se levantou quando ela se aproximou, com um sorriso nos lábios.

_Bella... você está linda.

_Obrigada.

Ela descansou sua mão contra seu peito quando ele se inclinou para plantar um beijo gentil em seus lábios.

Olhando para ele, ela deixou escapar: _Você os fez fechar o restaurante esta noite?

Ele riu, se movendo ao seu redor para puxar a cadeira para ela.

_Sim, eu fiz.

Inclinando a cabeça para trás, ela olhou para ele.

_Por quê? Você sabe quanto dinheiro eles vão perder por fechar?

Ele ainda estava sorrindo quando ele tomou seu lugar em frente a ela.

_Não se preocupe. Eles foram mais do que compensados."

Ok, essa não tinha sido a resposta que ela esperava.

_Por quê? Por que fazer isso quando somos só nós?"

Ele recostou na cadeira, observando-a. O olhar dele a fez estremecer. Na maioria das vezes era fácil esquecer o que ele era, que ele era um shifter e abaixo do homem bonito habitava uma besta primal, um predador, mas não agora. Agora, o leão a observava, sem intenção de fazê-la se sentir uma presa. Sua presa.

_Eu queria ter a certeza de que não seríamos interrompidos.

Ela congelou, observando-o com cuidado.

_Por quê?

Esta noite já tinha tomado uma curva acentuada à esquerda do que ela esperava. Antes, eles sempre faziam parte de um grupo, sua atenção em outros assuntos além dela... até que chegava a hora de sair e eles estavam por conta própria, claro.

Então era somente a paixão crua e a fodia em qualquer superfície à mão, porra.

Mas isto tinha todas as características de... um encontro?

Ela piscou, ainda segurando seu olhar e correu através do ambiente.

Localização romântica, checado.

Iluminação suave, checado.

Totalmente sozinhos, checado.

Ele moveu-se e colocou um arquivo na mesa na frente dela. Reconhecimento encheu-a imediatamente. Merda, era o arquivo que ela tinha levado para o Tony e estupidamente deixou lá.

_Quer explicar isso, Bella?

Sua expressão era dura e inflexível quando ele empurrou o arquivo para ela. Porcaria, porcaria, porcaria. Por que ela não tinha pensado em pegar a maldita coisa quando ela tinha deixado o seu escritório? Seu olhar desviou-se para o arquivo e de volta outra vez e receio teceu para baixo da coluna dela.

Era isto, este era o ponto quando a bolha estourou, ele perdeu a paciência, e terminaria seu tênue arranjo. Ela soubesse que era bom demais para ser verdade... Homens como ele não corriam atrás de mulheres como ela. Nunca.

Merda, onde estavam seus homens?

Suor frio rolava sobre a sua pele.

Será que ele a mataria e a Edu, agora?

Estranho, ela sabia que ele poderia...que ele deveria...mas ainda assim ela não podia vê-lo como esse tipo de homem.

_Não é nada

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_Não é nada.- Ela pegou o arquivo da mesa e colocou-o entre a perna e o lado da cadeira. _Só eu sendo boba.

_Você está mentindo.- A expressão dele suavizou um pouco, um sorriso flertando com o canto de seus lábios. Tomando um olhar para ele.

_Não precisa. - Ela balançou a cabeça, pegando o copo de água cheio do lado da mesa. _Como eu disse, era só eu sendo boba. Esqueça isso.

O sorriso lhe deu esperança.

Talvez ela pudesse convencê-lo a esquecer o arquivo e seu conteúdo e poderiam continuar como estavam. Porque ela não queria que eles terminassem.

Mesmo se fosse um romance de fantasia baseado em fumaça e espelhos... uma garota podia fingir, certo?

Ele se moveu, se levantando da cadeira em um movimento tão cheio de graça felina que ela não poderia se ajudar, e assistia hipnotizada.

Andando em volta da mesa, ele apoiou uma mão nela e dobrou dois dedos sob seu queixo para fazê-la olhar para ele. Ele segurou seu olhar com o dele próprio.

_Bella, olhe para o arquivo.

Era uma ordem. Sem opções, ela pegou o arquivo e o colocou na mesa na frente dela. Suas mãos tremiam quando ela abriu e espalhou os documentos. Um pequeno murmúrio escapou de seus lábios.

Estava cheio de correções por toda a página em negrito e caneta vermelha.

_Mas isto...- Seus olhos se arregalaram quando percebeu o que eram os ajustes. _Não, isso não é certo. Isto...

_Cancela sua dívida comigo.- Sua voz grave soou ao lado dela quando ele estendeu a mão e pegou a mão dela fazendoa girar em seu acento. _Com uma condição.

Ela estava sonhando. Ela tinha que estar.

Sua respiração veio forte e rápida, em algum lugar entre o pânico e alívio quando ele chegou no seu bolso e pegou algo.

_Que é?- ela perguntou confusa.

O que mais ele queria dela? Ele já tinha seu corpo...

Uma faixa fria escorregou em seu dedo anelar, deslizando depois da primeira junta. Ele torceu para revelar um diamante.

_Que você se case comigo.

Oh... porcaria...

Sua mão livre pulou até cobrir sua boca, sua capacidade de falar subitamente esquecida. Instantaneamente, os olhos dela fixos com o seu, buscando a confirmação que ele tinha dito a ela o que pensava que ele tinha dito.

_A relações públicas da empresa diz que preciso de uma esposa.- Ele empurrou o anel passou a segunda junta do seu dedo, segurando a mão dela, como se para admirar a maneira que brilhava na luz. _Disse que me faria mais respeitável para o público. Então... case comigo e sua dívida será cancelada.

Ele queria casar com ela...

No início seu coração pulou, mas então ele rapidamente desceu quando ela processou o que ele disse. Ele queria casar com ela porque ela lhe devia e ele precisava de uma esposa.

Levantamento do queixo dela, ela manteve sua expressão neutra.

_E se eu disser não?

Ele piscou quando ele retomou a seu lugar, surpresa mostrando em suas feições. Ele obviamente não esperava que ela dissesse não.

_Porque diabos você recusaria? Certamente ser minha mulher é melhor do que ser minha puta?  

Propriedade do rei.Onde histórias criam vida. Descubra agora