Garota Linda

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Então, demorei? Espero que não muito, eu estava meio atolada de serviço essa semana no trabalho, senão teria postado antes. Mas segue um capítulo lindíneo pra vocês, tomara que gostem. 😘😘😘

Ps.: De vez em quando vai aparecer a sigla SM, que significa Sugestão de Música, mas é apenas uma sugestão, cabe somente a vocês ouvirem ou não, fiquem totalmente a vontade 😉
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Narrador

Normani acordou cedo para ir trabalhar, apesar de ser uma bailarina incrivelmente talentosa ainda não tinha condições de viver disso, então não poderia descuidar das despesas de sua família, que se resumia a seu pai, sua mãe e sua irmã mais nova, Nina, de dezessete anos, que acabara de ser aceita em Princeton, Harvard e Stanford, seu pequeno gênio, como Normani gostava de chamá-la, o peito da mulher inflava de orgulho sempre que pensava na irmã.

E pensar que já trocou as fraldas dessa menina, e pensar que ela mesma havia escolhido o nome da irmãzinha quando nasceu, uma diva da música, Mani tinha apenas nove anos quando Nina veio ao mundo, mas já tinha um enorme sentimento de proteção em relação à linda garotinha negra de olhos grandes e brilhantes que foi apresentada a ela numa manhã de domingo.

- Bom dia amor, dormiu bem? - Normani perguntou à sua irmã que tomava café da manhã, seus pais chegaram logo em seguida, prontos para saírem, era sempre assim, todos acordavam muito cedo e já tinham seus objetivos traçados, mesmo que alguns deles não pudessem ser concretizados.

- Dormi sim Mani, e você? - Nina sorriu e mordeu um pedaço de pão.

- Muito bem. - ela sentou e se serviu de café bem quente. - Bom dia mãe, pai.

- Bom dia meus amores. - Sua mãe, Andrea, beijou as duas e sentou para tomar café da manhã.

- Bom dia princesas. - Seu pai, Derrick, sorriu e sentou à mesa. - Eu acho que hoje vou conseguir alguma coisa, o Senhor Wong do restaurante chinês ficou de ver uma vaga de garçom pra mim. - ele disse esperançoso.

- Eu vou até a associação de moradores, Betina acha que consegue uma vaga para mim na cafeteria.

- Espero que consigam. - Nina os olhou com um sorriso um pouco triste.

Tem sido assim durante algum tempo, é estranho quando alguém perde o emprego depois dos cinquenta anos de idade, é jovem demais para se aposentar, mas ao mesmo tempo velho demais para trabalhar. Existe uma certa resistência dos empresários em contratar pessoas de mais idade, talvez pelo fato de serem mais velhos e adoecerem com mais frequência, ou não queiram lidar com problemas com a previdência, pois não é permitido demitir pessoas que faltam apenas dois anos para se aposentarem, é compreensível, porém cruel. A família de Normani está enfrentando essa crueldade no momento.

- Vocês vão conseguir, mãe, pai, eu acredito em vocês. - Normani os encorajou.

- Eu acho que estou para conseguir uma vaga de auxiliar administrativo. - Nina anunciou. - Será muito bom para juntar um dinheiro antes de ir para a faculdade no ano que vem.

- Que bom filha, onde é? - Derrick sorriu.

- Naquela loja de bicicletas, Dino Bikes.

- E você filha, algum outro emprego em vista? - Andrea olhou para Mani, e a mais nova respirou um pouco mais fundo, ela sabia que isso seria o início de uma conversa desagradável, porém recorrente.

- Não o quê você espera mamãe. - Normani respondeu calmamente e tomou um gole de café.

- Esse emprego de balconista de mercadinho não é para você Normani, você é inteligente filha, podia se formar numa ótima universidade.

The Tiny DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora